O Pífio e o Janota




O sol se punha, e seus raios, mais pareciam pálpebras semicerradas.
As flores vergavam, e cabisbaixas pareciam reverenciar o astro rei.
Os pássaros em revoada recolhiam-se entre os abrigos nas arvores, a fim de fugir da noite que se aproximava misteriosa.
Foi nesse cenário, que o Pífio deixou a vestimenta terrena.
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No hospital a movimentação dos neurocirurgiões, em apressadas e seguras evoluções estimulavam o Janota vítima de súbita síncope.
A saída do médico, as convulsões de tristeza e espanto se transformaram em lamentos e lágrimas.
Foi nesse cenário que o Janota deixou a vestimenta terrena.
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Adentramos ao cenário espiritual, e observamos o Pífio recolhido por mãos bondosas e amigas, a tal ponto de se sentir possuidor de toda sensibilidade da nova situação. E foi conduzido à elevada e renomada Colônia refazimento.
O Janota caminhava sôfrego e em perturbação barôntica, era conduzido à elevada e renomada Colônia de refazimento.
Ao se defrontarem ante o portal da benemérita de auxílio aos recém-desencarnados, são recebidos pelo venerando responsável, O qual olhando seu livro luminoso, após breve silencio, sua voz amável se fez ouvir:
- Você irmão. Pode entrar.
- Eu? Pergunta o Pífio
- Sim – você.
- Você irmão pode seguir para o alojamento de “pernoite”.
- Eu? Perguntou o Janota
- Sim – você.
O Janota olhando o Pífio, em tom contrariado e reivindicativo, argumenta:
- O senhor está a cometer um engano. Eu é que aqui deveria ficar alojado.
- Me dê uma razão para isso... inquiriu o benfeitor.
- Uma? Vou dar um leque tão grande... fui educado em educandário de fino trato, conheço idiomas, países, políticos, religiosos de alta hierarquia, e entre outras coisas de vez em quando distribuía ao povaréu gêneros alimentícios. Acho que isso basta. E fitou o benfeitor com olhar vitorioso.
O benfeitor, olhando-o em profundidade, lhe diz:
- É verdade tudo está registrado no livro luminoso, porém o Pífio aos olhos do mundo e o mundo não viu o amor instintivo que devotou ao próximo em toda existência. Quando um doente, um fraco, um necessitado o solicitava lá estava ele, indistintamente prestando auxílio. E no exercício desses auxílios, passou a vida amando o próximo – Portanto meu amigo a tua educação é esmerada, porém teu coração necessita aprender a maior e mais sublime matéria no educandário da Terra – O amor.
O Pífio chorando a adentrou a Colônia.
O Janota chorando seguiu para o alojamento.
O benfeitor, olhando ao Alto, orou e abençoou os dois.

Oscar Wilde
Recebido na reunião pública no G.F.Irmão Lauro  em 12/02/1.998
     

                                                                                                       

Canto de Natal















O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.

Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.


Manuel Bandeira
Poesia extraída da "Antologia Poética". Editora Nova Fronteira - Rj, Janeiro, 2001, pág. 137.

Versos de Natal



Enquanto a glória do Natal se expande 
Na alegria que explode e tumultua, 
Lembra o Divino Amigo, além, na rua... 
E repara a miséria escura e grande.




Aqui, reina o Palácio do Capricho 
Que a louvores e júbilos se entrega, 
Onde a prece ao Senhor é surda e cega 
E onde o pão apodrece sobre o lixo.

Ali, ergue-se a Casa da Ventura, 
Que guarda a fé por fúlgido tesouro, 
Onde a imagem do Cristo, em prata e ouro, 
Dorme trancada em cárceres de usura. 

Além, é o Ninho da Felicidade 
Que recorda Belém, cantando à mesa, 
Mas, de portas cerradas à tristeza 
Dos que choram de dor e de saudade. 

Mais além, clamam sinos com voz pura:
— «Jesus nasceu! » — o Templo dos Felizes 
Que não se voltam para as cicatrizes 
Dos que gemem nas chagas de amargura... 

Adiante, o Presépio erguido em trono 
Louva o Rei Pequenino e Solitário, 
Olvidando os herdeiros do Calvário 
Sobre as cinzas dos catres de abandono. 

De quando em quando, o Mestre, em companhia 
Daqueles que padecem sede e fome, 
Bate ao portal que lhe relembra o nome, 
Mas em resposta encontra a noite fria. 

E quem contemple a Terra que se ufana, 
Ante o doce esplendor do Eterno Amigo, 
Divisará, de novo, o quadro antigo: 
— Cristo esmolando asilo na alma humana. 

Natal!... O mundo é todo um lar festivo!... 
Claros guizos no ar vibram em bando... 
E Jesus continua procurando 
A humilde manjedoura do amor vivo.

Natal! eis a Divina Redenção!... 
Regozija-te e canta, renovado, 
Mas não negues ao Mestre desprezado 
A estalagem do próprio coração. 

Cármen Cinira
Recebido psicofonicamente por Chico Xavier


Neste Natal...

Senhor Jesus, neste Natal, não quero muito,
desejo tua  branda mão e amor gratuito,
Afagando todos lares,
Com  cama ou  sem cama,  seus altares.
Enfermos e saudáveis, maus e bons,
O amor como grinalda  nos corações.
Mão que abriga ao pobre e o rico,
Mão que na  ida e na vinda, amplifico.
Nos ensina o  perdão,
Para vencer a agonia dos dias e noites,
Quem não sentiu tua branda mão,
Vive nos tormentos dos açoites.
Tudo é efêmero...
Mas Teu Natal é perpétuo,
Vive sempre em mim,
Assim, viverei sempre em Ti.
                     Grupo Lauro - Dan

Prece do Natal

Senhor Jesus!...

Recordando-te a vinda, quando te exaltastes na manjedoura por luz nas trevas, vimos pedir-te a bênção.
Revela-nos se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e aflição, quando nos envolves em torrentes de alegria.
Sabes, Senhor, que temos escalado culminâncias... Possuímos cultura e riqueza, tesouro e palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos que voam no Espaço! Falamos de ti – de ti que volveste dos continentes celestes, em socorro dos que choram na poeira do mundo, no tope dos altos edifícios em que amontoamos reconforto, sem coragem de estender os braços aos companheiros que recolhias no chão...
Destacamos a excelência de teus ensinos, agarrados ao supérfluo, esquecidos de que não guardaste uma pedra em que repousar a cabeça; e, ainda agora, quando te comemoramos o natalício, louvamos-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as portas do coração aos que se arrastam na rua!
Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso, Mestre, tão-só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros... Desprezamos a sinceridade e caímos na ilusão, estamos ricos de ciência e pobres de amor. É por isso que, em te lembrando a humildade, nós te rogamos para que nos perdoes e ames ainda... Se algo te podemos suplicar além disso, desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dás e faze-nos mais simples!...
Enquanto o Natal se renova, restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo de tua bondade sobre as nossas preces, e deixa, Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre as lágrimas de júbilo que nos vertem da alma, a sublime canção com que os Céus te glorificam o berço de palha, ao clarão das estrelas:


- Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!


Espírito  Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Antologia Mediúnica de Natal

FELIZ NATAL!

Meu amigo. Não te esqueças.                             
Pelo Natal do Senhor,
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do Amor.
Reparte os bens que puderes 
Às luzes da devoção.
Veste os nus. Consola os tristes,
Na festa do coração.
Mas, não te esqueças de ti,
No banquete de Jesus:
Segue-lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.
Toma um novo compromisso
Na alegria do Natal,
Pois o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.
Sofres? Espera e confia.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.
Foste traído? Perdoa.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.
Esperas bens neste mundo?
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada,
Há fel e desilusão.
Não tiveste recompensas?
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.
Queres esmolas do Céu?
Não te fartes de saber teus,
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.
Desesperaste? Recorda,
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.
Natal!... Lembrança divina
Sobre o terreno escarcéu...
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do Céu.
- Mas, ouve, irmão! Vai mais longe
Na exaltação do Senhor:
Vê se já tens a humildade,
A seiva eterna do amor.


Autor: Médium: Chico Xavier
Espírito: Casimiro Cunha
Data: 01/12/2000
Fonte: O Mensageiro 

Quem são os Espiriteiros?

Richard Simonett - segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Explica Richard Simonetti: "Espiriteiro é uma palavra nova que não se encontra no dicionário. Ela define as pessoas que se ligam ao Centro Espírita, mas são desligadas das finalidades do Espiritismo.Espiriteiro é o “PAPA PASSES”, que comparece às reuniões apenas para receber sua “hóstia” depuradora, representada pela transfusão magnética. Frequentador assíduo de “consultórios do Além”, grupos mediúnicos que se formam apenas para receber favores espirituais, não consegue compreender que o Espiritismo não é mero salva-vidas para acidentes existenciais nascidos de sua própria invigilância."
Vivemos dando desculpas para estudar as obras básicas, não queremos compromisso que imponha disciplinas de horário e assiduidade, alegamos absoluta falta de tempo, mas quando acontece um problema em nossa vida, seja financeiro, emocional, de saúde, etc., arrumamos tempo para buscar "passe", para corrermos atrás de "curas espirituais" ou "cartas consoladoras", nem se for em outra cidade. 
Espiritismo, não é apenas mediunismo. É estudo, vivência cristã, para nos levar à evolução. “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelo esforços que faz para domar suas más inclinações.” 
A doutrina esclarece que não retira problemas e dores do nosso caminho. Explica-nos o porquê das coisas e ensina-nos: como podemos melhorar a nós mesmo para gerarmos efeitos felizes; como prevenir e resolver problemas espirituais, desde que empreguemos vontade e esforço no sentido do Bem; ou ainda, como superar aquilo que, por ora, não pode ser mudado porque nos serve de expiação ou de prova. Como disse Bezerra de Menezes: “O estudo da Doutrina faz adeptos conscientes para a Causa. Quem se aprofunda no conhecimento da Verdade solidifica a fé.” Quem procurar o Espiritismo somente para obter cura imediata de seus males físicos e espirituais, ou para resolver de pronto seus problemas materiais, poderá ficar decepcionado.
Porque somente se realiza o que estiver dentro das leis divinas. E o Espiritismo não tem por finalidade principal a realização de fenômenos, mas, sim, o progresso moral da humanidade. Devemos socorrer os que não são espíritas e nos procuram, mas nós espíritas temos obrigação de orientá-los e ajudá-los a serem melhores também, sem querer impor a religião a eles, sem querer atraí-los com fenômenos e modismos que não condizem com os ensinamentos dos espíritos e compilados por Kardec.
Espíritas, não deixemos desviar a finalidade do Espiritismo. Lutemos pela fidelidade de seus ensinamentos. Unamo-nos e busquemos nos instruir. Espiritismo é sinônimo de trabalho: "trabalho em prol do próximo através da caridade e trabalho em prol de si mesmo através da reforma íntima."



Tenha bom ânimo



Na escola terrena, nas matérias do Senhor, poucos conseguem aprovação, na grande maioria das vezes somos repetentes.
Nos laços consanguíneos há sapiência de Deus a unir os laços indestrutíveis do espírito.
Se hoje passas por tristezas e desânimos e tens a teu lado a semente do evangelho o que seria de ti sem ele?
Anima-te. Tenha bom ânimo. Execute o melhor que puderes na tarefa que te cabe, e entregue tuas ansiedades ao médico dos médicos.
Não permitas que as tarefas de responsabilidade dos outros interfira nas tuas tudo está de acordo, o que não está é o sorriso de muitos entristecerem a poucos e o sorriso de poucos entristecerem a muitos.
Pense com bom ânimo. Reaja ás circunstancias.
O Cristo há milênios nos aguarda em bom ânimo e esperança.
Quanto a tua parte física, labor, dinheiro e sonhos, ore e aguarde.
Ao leres estas humildes palavras recolha-se em meditação e as sombras da desesperança recrudescerão lentamente.

Muita Paz

Espírito Fabiano  

Obsessão nos Grupos Espíritas

Leonardo Paixão - segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Obsessão nos Grupos Espíritas

A obsessão é um tema sempre colocado em nossos agrupamentos espíritas, no entanto, vê-se ainda, infelizmente, um desconhecimento da parte dos próprios adeptos sobre esta questão.

O capítulo 23 da segunda Parte de O Livro dos Médiuns e o capítulo XIV de A Gênese, a partir do item 45, nos trazem estudos que nos dão o conceito do que é obsessão, obsidiado e o reconhecimento de seus processos de instalação e o como agir para erradicá-lo.
Além destes livros citados há outros, claro, de Allan Kardec e obras complementares como a coleção André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda e obras de dona Yvonne Pereira, devotada médium que muito se dedicou aos obsessores e obsidiados, entre estas obras indicamos:
- Dramas da Obsessão, do espírito Bezerra de Menezes; Devassando o Invisível, inspirada por Charles, Bezerra de Menezes, Léon Denis, Inácio Bittencourt e Leão Tolstoi; recordações da Mediunidade, orientada por Bezerra de Menezes; a trilogia Nas Voragens do Pecado, O Cavaleiro de Numiers e O Drama da Bretanha, do Espírito Charles; Amor e Ódio, do Espírito Charles; Sublimação, dos espíritos Charles e Leão Tolstoi e várias obras que contém artigos de refinado valor doutrinário.
Adeptos há que se chocam ante posturas de outros adeptos que são incoerentes para com o Evangelho e a Doutrina Espírita e que se dão nos Grupos os mais diversos espalhados por nosso Brasil, esquecendo-se desta advertência de Allan Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo:
- “(...) Tampouco garantia alguma suficiente haverá na conformidade que apresente o que se possa obter por diversos médiuns, num mesmo centro, porque podem todos estar sob a mesma influência” (Introdução, item II). Todo um Grupo Espírita pode estar sob o império de uma obsessão e, para os que se dedicam aos estudos e atuam com coerência doutrinária, não é difícil perceber tal fato.

Os Espíritos têm alertado muito em suas obras sobre este processo, vejamos o que nos diz o espírito Manoel Philomeno de Miranda na obra Transição Planetária:
“... E os discípulos do Consolador, como se vêm comportando? Não existem já as diferenças gritantes em separatismos lamentáveis, através de correntes que se fazem adeptas de X, Y ou Z, em detrimento da Codificação Kardequiana na qual todos haurimos o conhecimento libertador?
Não surgem, diariamente, médiuns equivocados, agressivos, presunçosos, vingativos, perseguidores, insensatos, pretendendo a supremacia, em total olvido das lições do excelente Médium de Deus?
Por outro lado, surgem tentativas extravagantes para atualizar o pensamento espírita com a balbúrdia em lugar da alegria, com os espetáculos ridículos das condutas sociais reprocháveis, com falsos holismos (global) em que se misturam diferentes conceitos, a fim de agradar às diversas denominações religiosas, com a introdução de festas e atividades lucrativas, nas quais não faltam as bebidas alcoólicas, como os bailes estimulantes à sensualidade, com os festejos carnavalescos, a fim de atraírem-se mais adeptos e especialmente jovens, em vez de os educar e orientar, aceitando-lhes as imposições da transitória mocidade. Denominam-se os devotados trabalhadores fieis à Codificação, em tons chistosos e de ridículo, como os ortodoxos, e, dizem-se modernistas, como se os Espíritos igualmente se dividissem em severos e gozadores, austeros e brincalhões na utilização da mensagem libertadora do Evangelho de Jesus à luz da revelação espírita...” (capítulo 17 – Ampliando o Campo de Trabalho).
No capítulo 19 – Preparação para o Armagedom Espiritual, da mesma obra citada, diz Manoel Philomeno de Miranda:
- “Com certeza, embora as armadilhas perversas e as perseguições inclementes, ninguém, que se encontre desamparado, a mercê do mal, exceto quando se permite espontaneamente a vinculação com essas forças ignóbeis...
Deter-nos-emos especialmente na área do movimento espírita comprometido com Jesus e sua doutrina, alvo primordial de determinados grupos da grei autodenominada como o Mal.
Acercando-se dos médiuns invigilantes, vêm inspirando-os a comportamentos incompatíveis com as recomendações do Mestre Jesus e dos Espíritos Superiores através da Codificação Kardequiana, estimulando-os a espetáculos em que a mediunidade fica ridicularizada, como se fosse um adorno para exaltar seu possuidor.
Concomitantemente, fomentando paixões servis nos trabalhadores afeiçoados ao socorro espiritual nas reuniões mediúnicas, fazendo-os crer que estão reencontrando seres queridos de outras existências, que agora lhes perturbam os lares e facilitam convivências adulterinas em flagrante desrespeito aos códigos morais e aos do dever da família... Fascinação, subjugação que se iniciam discretamente e roubam o discernimento de muitos, constituem o jogo das Entidades insanas, aproveitando-se das debilidades ainda persistentes em a natureza humana...
Além dessas ações nefastas, trabalham pela desunião de companheiros de lide espiritual, pela maledicência e calúnias bem divulgadas, como se estivessem trabalhando para senhores diferentes e não para Aquele que deu a vida em demonstração insuperável de amor e de compaixão por todos nós.
Em determinadas situações, desencadeiam enfermidades de diagnose difícil, ocultando a sua interferência nos organismos debilitados e carentes de energias, levando ao fosso do desânimo pessoas afeiçoadas ao dever e comprometidas com a fraternidade legítima.
Na área da caridade, movimentam os discutidores que perdem o tempo entre os conceitos de paternalismo e de promoção social, olvidados do socorro que normalmente chega tarde, quando se aplicam as horas em ociosidade mental e divagação intelectual”.
  Não é de agora, porém, a investida das Trevas no Movimento Consolador, eis o que já nos colocava Yvonne Pereira:
  
-  “A obsessão merece dos verdadeiros espíritas as mais acuradas atenções. Ela já se infiltra até mesmo “no seio dos santuários”, isto é, nos templos espíritas pouco vigilantes, promovendo ciúmes entre seus componentes, vaidades, dissensões, mal-entendidos, “reformas doutrinárias“ e demais operosidades que contrariam os postulados da Doutrina, haja vista o que, no momento se passa, quando detectamos agrupamentos espíritas, dantes vistos e reconhecidos como templos, a exercerem o perfeito intercâmbio espiritual, hoje reduzidos a meros clubes onde verificamos de tudo: abusivas e inaceitáveis compras e vendas de “lanches’ e merendas, festas e cânticos, burocracia intransigente, diversões, recreios, mas não a “casa do Senhor”, de onde os Protetores Espirituais se retiram, e onde não mais contemplamos aquelas autênticas atividades próprias do Consolador, que eram o testemunho da presença do Cristo entre nós.
E não se falando da “mania”, ora em exercício, de “modificar”, “renovar” e “atualizar” a Doutrina dos Espíritos, que, pelo visto, deixou de agradar àqueles que acima dela desejam colocar a própria personalidade.
Afirmam os adeptos de tais movimentações que o espiritismo “evoluiu”, e que tudo isso não é senão o “progresso” da Doutrina. Mas tal asserção é insana, pois que a lógica e o bom senso indicam que a evolução do Espiritismo seria, em parte, a vinda de outras revelações do Alto, a comunhão perfeita do consolador com os homens, a pesquisa legítima e séria, e não a deturpação que vemos nos ambientes que devem ser consagrados ao intercâmbio com o Alto, onde consolamos os mais infelizes do que nós, e onde somos consolados e instruídos por aqueles seres angelicais que nos amam e que, há milênios, talvez, se esforçam por nos verem redimidos de tantos erros.
Certamente que muitos núcleos espíritas se conservam afinados com as forças do Alto, movimentando-se normalmente, sem as intromissões indevidas, que só podem desfigurar os ensinamentos que temos todos tido a honra de receber dos códigos doutrinários” (Cânticos do Coração, volume II, 1ª edição: CELD, 1994 no capítulo VI – O Flagelo do Século, p. 66).
O que fazer para que a obsessão coletiva não grasse em nosso Grupos de trabalhos cristãos? No livro “Dramas da Obsessão”, Bezerra de Menezes (Espírito)/ Yvonne Pereira – médium – Capítulo 3 de Leonel e os Judeus, orienta:

- “As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a serviço da Terceira Revelação.

 Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão-de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da inconsequência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.

Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida.
 Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer”.
Oração, vigilância nos pensamentos, palavras, atitudes, sinceridade e lealdade de sentimentos para com os companheiros de Causa, eis o que devemos estar a realizar cotidianamente para nossa própria defesa.

(Trabalhador espírita em Campos dos Goytacazes, RJ, colaborando com amigos de ideal no Grupo Espírita Semeadores da Paz).




Gentileza




 Você já experimentou os frutos da gentileza? No mundo em que vivemos, em que as pessoas parecem armadas umas contra as outras, em que saem às ruas medrosas, nem sempre os gestos de gentileza se fazem presentes, embora estejam se multiplicando.
Conta-se que um empregado de um frigorífico, na Noruega, certo dia, ao término do trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela.
Bastaram alguns segundos para sentir a temperatura com seu peso absoluto. Situação indescritível. Congelamento rápido. Chocante. A temperatura em torno de dez graus abaixo de zero foi mais do que sentida em graus. Ela tinha um peso físico e comprimia fisicamente.
O funcionário bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu. Todos já haviam saído para suas casas. Impossível que alguém o pudesse escutar.
O tempo foi passando. Debilitado com o frio insuportável, ele já se preparava para morrer. Que morte tola! - Pensava ele. Prisioneiro em uma câmara frigorífica.
Imagens da família, dos amigos passaram-lhe pela memória. O que podia ter feito e não fez. O que não deveria ter feito e agora se arrependia.
Depois de gritar, de recordar, ele se rendeu. Nada mais a esperar senão a morte. Terrível, por congelamento. O frio parecia lhe quebrar os ossos, congelar o sangue nas veias. Dolorido. Penoso.
Então, de repente, a porta se abriu. O vigia da empresa entrou na câmara e o resgatou, ainda com vida.
Depois de salvar a vida do homem, houve quem tivesse a curiosidade de saber por que ele fora abrir a porta da câmara frigorífica, desde que isso não fazia parte da sua rotina de trabalho.
Ele explicou, de forma simples: Trabalho nesta empresa há trinta e cinco anos. Centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias. Ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã.
E se despede de mim ao sair. Hoje pela manhã, ele disse quando chegou: "Bom dia". Entretanto, não se despediu de mim, na hora da saída.
Aguardei um tempo pois pensei que ele tivesse se detido em fazer algum trabalho extra. Contudo, como os minutos fossem se somando, de forma rápida, deduzi que algo estava errado.
Fui procurar por ele. A câmara frigorífica foi um local que me acudiu à mente pudesse ele estar. Foi assim que o encontrei.
*  *   *
Como se vê, a gentileza deixa marcas especiais nas criaturas.
Um gesto repetido todo dia, simples e que, ao demais, deveria ser nossa marca registrada de boas maneiras, salvou a vida de um homem.
Aquele homem era diferente de todos os demais. Ele fazia a diferença na vida do vigia que ficava ali, horas e horas, em seu posto de guarda.
Isso nos diz que o bem sempre faz bem a quem o pratica. Pode ter um retorno rápido, como no fato narrado. Pode ser algo que somente o tempo demonstrará.
O importante a se registrar é que a pessoa gentil cria ao seu redor um halo de tal simpatia, que contagia os demais.
Não esqueçamos disso e promovamos a gentileza em nossa vida.
Existem pequenos, simples gestos que dizem muito da nossa formação moral e interferem, positivamente, em muitas vidas.
Por isso, cumprimentemos as pessoas e incorporemos ao nosso vocabulário frases importantes, como: Desculpe-me. Olá, como vai? Obrigado. Por favor.
Palavras simples. Palavras mágicas para criar ambiente de harmonia, nos locais mais diversos.
Experimentemos!

Redação do Momento Espírita, com base em notícia internacional.
Em 07.02.2012.

Da Morte para a Vida



Abrahão Ribeiro-Foz do Iguaçu -PR - domingo, 13 de setembro de 2015

                               
“Em verdade vos digo que vem a hora, e agora é chegada essa hora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão” (João 5. 25)

 A revelação dos Espíritos compilada na Doutrina Espírita esclarece que, Jesus é o emissário direto de Deus para todas as almas que evoluem no plano astral do orbe terrestre. Aliás, o apóstolo Paulo afirmou isso: “mediador de Deus com os homens” (I Timóteo 2. 5)
  
Por que plano astral?
Porque a vida não é apenas física na crosta do planeta em um corpo de células carnais. A vida existe também nas dimensões espirituais no estado irradiante de espírito, e nessas dimensões vinculam-se as esferas espirituais agregadas magneticamente ao orbe terrestre, tipo Nosso Lar, Alvorada Nova, Portal da Luz, Seio de Abraão e outras mais onde moram milhares e milhares de seres espirituais que evoluem para o Plano Divino, a vida de natureza superior no Cosmos.
E também numa abrangência corretiva existem as dimensões espirituais - “os vales de sombra da morte” semelhantes ao Hades da parábola do Rico e Lázaro (Lucas 16. 19-31) onde vagam as almas que desprezaram, isto é, relaxaram momentaneamente as grandezas de Deus, que são os princípios naturais que regem a vida...e aglomeram-se os seres espirituais dotados de inteligencia e também detentores da imortalidade, porém que estão transitoriamente "vivos-mortos" porque jazem nas trevas da ignorância mental praticando coisas maléficas, e nesse estado retardam a sua evolução para a Vida Superior no seio imaterial de Deus. E, com a razão em trevas o ser entra nas sensações do vazio interior, perdas temporais dos sentidos que funcionam como caos do abismo mental. Foi o que sugeriu à Legião de espíritos pervertidos em coisas nocivas penitenciar ao Mestre da Luz “para que não os deixassem sucumbir no Abismo” (Lucas-8.26a31).
 E, assim se enquadra esta expressão de Jesus que os mortos ouvirão a voz do enviado de Deus e os que a ouvirem, certamente, serão despertados para uma ressurreição gloriosa com vistas ao crescimento para a Glória de Deus.
Não nos esqueçamos que Deus é Vida, e Vida eterna  e plenamente feliz. 


Extraído da ADDE - Associação de Divulgação da Doutrina Espírita.

nota do Dan: Alvorada Nova é nossa conhecida...