Celebrando o Natal



Quando estiveres celebrando o natalício do Messias recorda que Ele deixou-se imolar para que todos tenham vida, e a tenham em abundância.
O banquete proteico fortalece o corpo sólido, o licor estupefaciente satura a sensibilidade pensante em projeções desconexas de euforia ou de melancolia.
O corpo é uma benção a ser reverenciado a todo respirar. Cuida-o - cuidando do corpo cuidarás da conexão com tua própria alma. A alma é a inquilina na transitória morada corpo.
Celebrando o natalício do Messias lembre-se que Ele deixou o corpo no madeiro afrontoso, dediquemos a Ele os sentimentos de alma para alma:
No amor incondicional,
No acolhimento indistintamente,
No lenitivo aos prantos anônimos,
No brilhar do sorriso na sombra da tristeza,
No clamor em prece no chão da marquise,
No cobertor aos que tem o relento como cobertura,
No leito de agonia e dor, o lenitivo de um pensamento,
No coração transfigurado, subjugue a si mesmo,
Repleto do amor do aniversariante a nossa sintonia estará Nele e Ele estará em nós.

Espírito Fabiano
19/12/2017 – 02h30min – Dan

PS

O Passe

Todo o encanto dos ensinos espíritas, oriundo da fé racional considerando o potencial do magnetismo pelo passe, desaparece ante as ginásticas pedantes e caricatas de tratamentos “espirituais” ultimamente praticados em algumas instituições espíritas mal administradas.

Dos muitos disparates que já ouvi nas hostes espíritas de Brasília, um deles é que a aplicação do passe quando “concentrado” (concentrado???….!!!) e muito demorado pode causar “congestionamento fluídico” (congestionamento fluídico???…!!!) e com isso o assistido pode se sentir mal (sentir mal???…!!!) Acredite se puder!
Ora, na aplicação do passe oferecido numa casa espírita bem dirigida, os Benfeitores manipulam e espargem os fluidos exatamente na quantidade necessária para cada assistido, nem mais, nem menos. Nunca em excesso.
O passe não poderá, em tempo algum, ser aplicado com movimentos bruscos, com malabarismos manuais, estalos de dedos, cânticos estranhos e, muito menos ainda, com passistas incorporados com “aconselhamentos” para o assistido.
Por conseguinte, na aplicação do passe não se fazem necessários a gesticulação violenta, a respiração ofegante ou o bocejo contínuo, e que também não há necessidade de tocar o assistido. A transmissão do passe dispensa qualquer recurso espetacular.
São ridículas as encenações preparatórias com as mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para “melhor assimilação” fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante – só servem para achincalhar o passe, o passista e o paciente.
A transfusão sanguínea promove a renovação das forças biológicas. O passe é transfusão de energia psíquica e magnética. A diferença é que os recursos sanguíneos são extraídos de um reservatório limitado, mas os elementos psíquicos são retirados do reservatório interminável das forças espirituais.
A transfusão ocorre através do períspirito, órgão sensitivo do Espírito, que interage de forma profunda com o corpo biológico, razão pela qual as energias psíquicas, transmitidas pelo passe e recebidas inicialmente pelos “centros de força”, alcançam o corpo físico através dos “plexos”, proporcionando a renovação das células enfermiças. As energias psíquicas poderão ser espirituais, considerando o magnetismo advindo dos desencarnados que participam dos processos, e fluidos humanos, através do magnetismo animal pertencente aos passistas encarnados.
O passe é prece, concentração e doação. A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, consegue o passista duas coisas importantes: primeiro, expulsar da mente os sombrios pensamentos remanescentes da atividade comum das lutas materiais diárias; segundo, sorver do plano espiritual as substâncias renovadoras a fim de conseguir operar com eficiência em favor do próximo.
Por questão de bom senso, o passe deverá sempre ser ministrado de modo silencioso, com simplicidade e naturalidade. Todo o potencial e toda a eficácia do passe genuinamente espírita dependem do espírito e da assistência espiritual do passista e não apenas do passista. Jesus utilizou o passe “impondo as mãos” sobre os enfermos, a fim de beneficiá-los. E ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram largamente nos tempos apostólicos.
Vale relembrar aqui que apesar dos estranhos passistas que criam confusões ao aplicarem o passe, reconhecemos que muitos encarnados e desencarnados são beneficiados pela transfusão dos fluidos psíquicos, pois sabemos que é manifestação do amor de Deus, esse sentimento sublime que abarca a todos e os alivia.
Importa-nos lembrar, porém, um pensamento de Chico Xavier: o passe, tal como terapia, não modifica necessariamente as coisas, para nós, mas pode modificar-nos a nós em relação às coisas.



Jorge Hessen

PS

O Presente do Lauro


Entrega dos presentes de Natal, emoldurado pela alegria das crianças. 



Fotos





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Reclamações e Vitimismo











Por Marco Milani *
           
Reclamar é uma atitude humana. Alguns reclamam mais, outros menos. Alguns com razão aos olhos do próximo, outros com razão somente aos próprios olhos.
Ao nos manifestarmos sobre o que acreditamos ser necessário e correto, exercemos o livre-arbítrio e buscamos o aprimoramento de determinado contexto, entretanto, nem sempre o que reivindicamos guarda relação com a justiça e com a verdade. Em nosso acanhado nível evolutivo, não é raro observarmos o orgulho e o egoísmo motivarem essas manifestações.
Uma forma orgulhosa e imatura de posicionamento é culpar terceiros pela situação em que o reclamante se encontra. Os outros seriam os responsáveis diretos pelas infelicidades e desconfortos percebidos. Se não fossem aquelas pessoas, tudo seria diferente...
O centro espírita não está imune desses comportamentos, pois não é o rótulo que determina o comportamento dos frequentadores.
Podemos encontrar queixosos recorrentes que alegam ser vítimas de dirigentes, por não terem suas ideias e propostas revolucionárias acatadas na casa espírita. Algumas queixas podem ser justas e outras não.
Muitos reclamantes se consideram perseguidos e vítimas das circunstâncias por não terem todos os seus desejos satisfeitos.
Alguns potencializam suas queixas nas redes sociais, tentando cooptar simpatizantes em causa própria. Acusam dirigentes de entidades espíritas de impedirem o desenvolvimento do espiritismo no Brasil e no mundo, por não lhes oferecer a tribuna para se apresentarem ou por não obterem espaços privilegiados em eventos para venderem os seus livros.
Mas críticas a dirigentes existem desde os primórdios do espiritismo, pois Kardec mesmo foi chamado de centralizador e acusado por adeptos místicos de impedir que 'novos ensinamentos', obtidos sem qualquer critério metodológico sério fossem inseridos no corpo doutrinário. Um desses queixosos foi o advogado Jean-Baptiste Roustaing, que afirmava ter recebido 'novas revelações', mas como se mostravam bem distante do bom senso e da coerência doutrinária foram justificadamente rejeitadas por Kardec.
Nos dias de hoje, basta um clique para se fazer circular eletronicamente textos elaborados com as mais variadas intenções, sendo cômodo para algumas pessoas simplesmente se afirmarem vítimas injustiçadas de malvados dirigentes de centros espíritas, que tolhem suas maravilhosas iniciativas. Servindo-se do discurso acusatório atual, Roustaing chamaria Kardec de conservador, retrógrado, reacionário e outros adjetivos da moda.
Certamente, todos erram e podem melhorar. Portanto, o diálogo respeitoso e racional sempre será o melhor caminho para os esclarecimentos necessários às partes envolvidas em divergências de ideias. As conquistas morais, entretanto, não são obtidas por reclamações ou vitimismo, mas por trabalho e mérito.

*Economista e professor da Unicamp. Diretor do Departamento do Livro da USE Regional SP.

Publicado no Jornal Correio Fraterno – Edição 477 setembro/outubro 2017.


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Crianças do Irmão Lauro na Sitiolândia



Passeio das crianças na Sitiolândia – 02/12/2017








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A responsabilidade na escolha do dirigente espírita

Jornal Verdade e Vida - JUNHO/JULHO 2016
por: Francisco Rebouças

É inadmissível que em pleno século XXI, há exatos 159 anos após a codificação da consoladora e esclarecedora Doutrina dos Espíritos, que à frente dos destinos de qualquer de nossas  instituições, estejam dirigentes absolutamente despreparados para exercer tão importante função, que exige antes de qualquer outra coisa preparo e competência.
Para o desempenho de tão delicada missão, indispensável se torna que essa escolha se proceda levando em consideração critérios que justifiquem a escolha daqueles que realmente se mostrem mais preparados para os respectivos encargos tais como: Reconhecido conhecimento doutrinário sedimentado no intelecto e no coração, conduta reta, sensibilidade para lidar com pessoas e problemas, excelente relacionamento com os demais frequentadores da instituição e total desinteresse por evidência pessoal entre tantas outras indispensáveis posturas.
É desaconselhável a escolha de quem quer que seja, sem essas características indispensáveis para o bom exercício de tão espinhosa e trabalhosa função, simplesmente por ser nosso amigo particular, nosso parente, por ser bonito e bem sucedido na vida material, por ser falante, por ter prestígio, etc.
Torna-se indispensável antes de qualquer indicação de nossa parte, uma séria e sincera reflexão sobre os efeitos danosos que uma escolha irresponsável poderá produzir de negativo à causa maior que professamos e à casa que frequentamos.
Sabemos que as atividades executadas na seara espírita, são realizadas em sua grande maioria pelo trabalho voluntário, onde todos indistintamente, sentem-se chamados a prestar colaboração nos serviços de caridade, oferecidos pelas casas espíritas.
Indispensável por isso mesmo, que o dirigente seja alguém portador de qualidades positivas para por sua vez, ajudar na capacitação dos demais trabalhadores antes de encaixá-los sem qualquer tarefa, informando-lhes das responsabilidades que estão assumindo, para que esses trabalhadores não procedam como “turistas”; que agem sem regularidade ou assiduidade,
aparecendo para o trabalho quando desejam, procedendo como se estivessem fazendo um favor ao vir dar uma “mãozinha” no dia em que acham conveniente fazê-lo.
• “Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo ao bem quanto possuem.
• Difunde a humildade, buscando a vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.
• Propaga a fé, suportando os revezes de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza infatigável e quem te observar crescerá em otimismo e confiança.
• Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, auxiliando sem desânimo e aparando sem reclamar, e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.
• Planta a bondade, cultivando com todos a tolerância e a gentileza e os teus associados de ideal encontrarão contigo a necessária inspiração para o esforço de extinção da maldade.
• Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever cumprido e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da ociosidade.
• As boas obras começam de nós mesmos.
• Educaremos, educando-nos.” ¹
A Doutrina Espírita nos solicita uma conduta operante, uma participação responsável, e uma assiduidade que tornará a tarefa passível de ser realizada com êxito, pois, ser espírita é também ter responsabilidade, pessoal, familiar, social, ser honesto nos propósitos de melhoria interior, procurando tirar proveito de mais esta bênção que a misericórdia divina nos está concedendo, de estudar, trabalhar e assumir tarefas, como forma de nos tornarmos úteis e de executar a parte que nos cabe na obra da criação.
Necessário se faz que o dirigente da casa espírita seja visto e respeitado pelos demais como aquele que tem a responsabilidade maior. E, por essa razão precisa estar atento aos possíveis desajustes que venham a ocorrer em qualquer atividade ou tarefa, sejam no âmbito administrativo ou religioso da Instituição, para a devida conscientização dos demais trabalhadores.
Para isso precisa ele ser portador e elevada moral sedimentada nos postulados da doutrina, conduta exemplar, presença constante nos trabalhos desenvolvidos pela instituição, empenho na resolução dos problemas que lhe sejam apresentados, tornando-se exemplo para os demais tarefeiros da casa. 
Urge entender que o posto de dirigente, não pode ser ocupado por quem não tenha a necessária estrutura que o cargo requisita, em termos de responsabilidade e competência, já não podem ser tolerados os despreparos das pessoas que envergam sobre si a responsabilidade de presidir, conduzir, decidir rumos e encontrarem soluções para os desafios da missão.
Assim sendo, na escolha dos nossos dirigentes, é preciso que tenhamos o devido cuidado de escolher com responsabilidade os companheiros de lide espírita para o exercício de comando das casas espíritas, para que não nos tornemos indiretamente responsáveis pelo mau  desempenho das atividades em nossas casas religiosas, e também não venhamos a nos arrepender tardiamente, de uma escolha impensada irrefletida, irresponsável, pois a tarefa espírita cristã não comporta improvisos.
Os dirigentes limitados e despreparados serão os primeiros entraves de que as instituições sérias terão de se ver livres.

Bibliografia
1 – Xavier, Francisco Cândido –

PS

Fotos - Almoço Beneficente

Terceiro almoço beneficente do ano do Grupo da Fraternidade Irmão Lauro. Agradecemos todos que compareceram e os trabalhadores que se envolveram de corpo e alma para realização e sucesso desse caloroso evento.












PS

Você já dormiu ou bocejou durante uma palestra ou estudo espírita?

                     




Qual a origem da sonolência ou bocejo durante uma palestra?

Com certa freqüência, observamos alguns irmãos envolvidos pelo torpor enquanto assistem a uma palestra. Vários são os motivos que podem nos induzir ao sono nestas ocasiões. Com a finalidade de colaboramos para que a palestra atinja o seu objetivo de maneira ampla e proveitosa, destacamos abaixo alguns destes motivos, que julgamos ser útil a sua identificação e correção, obviamente dentro das possibilidades:

·  Alimentação excessiva ou "pesada" antes da reunião
·  Cansaço físico ou mental após um dia de trabalho
·  Desinteresse pelo tema abordado
· Influência espiritual para impedir o esclarecimento do encarnado – (Hipnose Espiritual Interna, segundo tese do Espírito Manoel Philomeno de Miranda)              
· Desdobramento do encarnado (Onde são realizados trabalhos ou estudos em outros planos, raríssimos casos, os quais ocorrem com médiuns, por exemplo).
·  Palestra extensa, onde a exposição ultrapassa o tempo determinado
·  Falta de coerência e objetividade
·  Monotonia do orador

Neste último item, destacamos o uso de uma linguagem entediante; o volume baixo demais da voz; dicção sem muita clareza; utilização de discurso decorado ou com leitura muito prolongada; divagações com fuga do tema central e finalmente, falta de domínio sobre o assunto.

É fundamental que se realize um esforço para corrigir estas situações que colocam em risco a seriedade do trabalho que é produto do estudo e dedicação do palestrante. Aos ouvintes, é necessário manterem-se alertas nestas ocasiões procurando evitar as condições que favoreçam o sono durante o aprendizado da doutrina. Ainda que o assunto a ser explanado seja do nosso total conhecimento, aproveitemos a oportunidade de expandir - através de outros enfoques e idéias doutrinárias de organização diferente da que temos - o desenvolvimento intelectual e aprimoramento espiritual.

Fonte: Jornal Correio Espírita

PS



O tumulo *












O tumulo é o berço da vida, 
que se arroja das sombras para a luz.
 Caso a morte te amedronte,
 tenha receio da vida,
pois assim, como a viveis,
despertarás do berço tumulo em radiante alegria
ou em lágrimas amargas de arrependimento.

Pense nisso e viva sempre!

Aqui ou acolá a vida eclode no amor.

Fabiano

Psicografia recebida 02/11/2017- Dan - reunião do Grupo da Fraternidade Irmão Lauro.

*Tumulo vem do verbo tumular. O mesmo que: encovo, enterro, inumo, sepulto.


PS

Os Espíritos no dia de finados



Os Espíritos acodem nesse dia de finados ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer (LE, 321).

De acordo com alguns historiadores, o dia consagrado aos mortos originou-se dos antigos povos da Gália (atual França), os quais, então conhecedores da indestrutibilidade do ser, honravam os Espíritos e não os cadáveres, como, infelizmente, se faz na atualidade.

Esse dia, popularmente chamado de “finados”, é uma tradição mundial, cuja origem se perde na noite dos tempos, e que revela a intuição do homem sobre a imortalidade da alma. Finado é o particípio passado do verbo “finar”, que significa o indivíduo que morreu, findou, faleceu.

Trata-se de uma cultura adotada por todos os povos e quase todas as religiões. Esteve inicialmente muito ligada, na Antiguidade, aos cultos agrários ou da fertilidade. Acreditava-se que os mortos, como as sementes, eram enterrados com vistas à ressurreição. Em vista disso, o primitivo dia de finados era festejado com banquetes e orgias perto dos túmulos, costume disseminado em várias civilizações do passado.

Após a morte do tirano Mausolo, rei de Cária, antiga região da Ásia Menor (377 a 353 a.C.), sua esposa Artemísia determinou a construção de um enorme edifício, ricamente enfeitado, para abrigar o corpo do soberano. Esta construção ou monumento funerário é considerado uma das maravilhas do mundo antigo, dentre as quais despontam as Pirâmides do Egito, que até hoje constituem morada dos restos mortais dos antigos faraós.

Daí surgiu a palavra mausoléu para identificar os sepulcros de grandes proporções.

Entretanto, somente no final do século X é que foi oficializado pela Igreja de Roma o “culto aos mortos”, com o nome de “finados”, destinado precisamente aos Espíritos que estariam no “purgatório”.

Para o Espiritismo, este é um dia como qualquer outro, uma vez que a ida ao cemitério é a representação exterior de um fato íntimo. As pessoas que visitam um túmulo manifestam, por esse costume, que pensam no Espírito ausente, embora muitas o façam apenas para se desincumbir de mais uma “obrigação social” no calendário humano.

Para homenagear o ente querido que partiu antes de nós, não é preciso, necessariamente, ir a cemitérios, via de regra repleto de túmulos caiados, tétricos e poídos, porque lá repousa apenas o envoltório do Espírito (corpo físico).

O que sensibiliza o Espírito não é propriamente a visita à sepultura, mas a lembrança fraterna e a prece sincera daquele que ficou na Terra, o que pode ser feito a qualquer momento e em qualquer lugar. Por isso, o dia de finados não é mais importante, para os desencarnados, do que outros dias. A diferença entre o dia de finados e os demais dias é que, naquele, mais pessoas chamam os Espíritos pelos pensamentos.

O costume de as famílias sepultarem os restos mortais de seus membros em um mesmo lugar é útil do ponto de vista material, entretanto, para as Leis Divinas, essa cultura nenhum valor tem, do ponto de vista moral, a não ser tornar mais concentradas as recordações dos parentes.

O Espírito que atingiu um determinado grau de perfeição, despojado que se encontra das vaidades terrenas, compreende a inutilidade dos funerais pomposos, que servem mais aos que ficam do que aos que partiram.

Muitas vezes, o Espírito assiste ao seu próprio velório, não sendo raro as decepções que experimenta, ao se defrontar com alguns visitantes falando mal do “extinto”, contando piadas ou em conversas sobre negócios regadas a bebida alcoólica, sem qualquer respeito pela memória do recém-desencarnado. Mais decepcionado este fica, ainda, quando assiste às reuniões dos herdeiros, disputando, em brigas acirradas, a divisão dos bens do espólio.

As imagens e evocações das palestras dos presentes incidem sobre a mente do recém-desencarnado, o qual, na maioria das vezes, por ausência de preparo espiritual e desconhecimento das Leis Naturais, embora morto biologicamente, ainda não se desligou, mentalmente, dos despojos, o que lhe traz muito sofrimento, inclusive sensações desagradáveis, perturbações e pesadelos, dificultando ainda mais o seu desenlace (ver, no it. 7.4.7, a diferença entre desencarnação e morte biológica). O fato é que a menção do nome do próprio falecido e de outros mortos transforma-se em verdadeira invocação, atraindo-os ao ambiente em que nos encontramos (consultar cap. 14, da obra Obreiros da vida eterna, do autor espiritual
André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, um caso prático de evocação inconsciente ocorrido num velório).

Qual, então, deve ser a nossa conduta, nessas ocasiões? A mesma postura de respeito que devemos ter para com qualquer pessoa encarnada. Uma prece sincera, um pensamento simples, mas bondoso, endereçado aos entes que partiram, valem mais do que mil coroas de flores e solenidades fúnebres.

Todavia, não nos esqueçamos de que mais importante não é o comportamento nosso na hora da desencarnação de um ente querido, ou no momento de nossa própria morte física, mas sobretudo a conduta que devemos ter durante toda a nossa existência física, pois que, sendo Espíritos imortais, nossa vida é uma constante preparação para a morte, razão pela qual é preciso viver bem para morrer bem.

 Christiano Torchi


PS

Levanta-te e Caminha!


Ante aos primeiros alvores da manhã, o céu parece um alegre e tranqüilo mar róseo-pálido – sorrindo palpitantes melodias no trinar dos pássaros...
Florescem lírios nos pântanos tristes...
Sorrisos e hinos de alegria transbordam no coração das matas...
Murmuram preces as cascatas e os riachos desfilam felizes na quietude dos prados...
O bailado das flores embalsama de perfume a brisa numa suave carícia...
O mar canta sinfonias majestosas na paisagem azul de intraduzível beleza...
A alegria vibra na alma da natureza...
Assim, desperta o dia entre gorjeios de amor...
Só o coração do homem palpita triste, e em pranto mergulhado nas sombras do mal e da dor...
Homem, desperta para o Bem e conquista tua alegria nas luzes da Fraternidade, alvorada cintilante, que envolve todos os corações na divina orquestração do Senhor...
Levanta-te e caminha!

Espírito João Cabete  - Dan 


PS

03 de Outubro






PARABÉNS!!!  FELIZ ANIVERSÁRIO. OBRIGADO POR TUDO!!! MUITA LUZ!


                                                     03 DE OUTUBRO.


"A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros."

CB

Pensamento


Pensamento, reprovação,
matizam o templo;
A criança busca Jesus,
O pensamento:
- Temos que tomar alguma atitude.
A criança chora,
O pensamento a põem para fora,
tumultua a assembléia.
A criança chora,
A criança busca Jesus.
O pensamento se esfumaça,
A criança chora,
A criança busca Jesus
Sua esperança, grito, é o choro,
Que alimenta sua alma.
Que o pensamento,
Misturou à falta do
“Deixai vir a mim os pequeninos
A criança chora,
A criança incansável chora,
 busca Jesus...


Espírito José Grosso – Dan -13-09-17


PS

Espíritas Escravizados a símbolos, mitos e fantasias?




Muitas Instituições Espíritas mantêm práticas e/ou discussões estéreis em torno de assuntos como: “crianças índigos”, “Chico é ou não é Kardec?”, “ubandismos”, “ramatisismos”, “apometria”, “cromoterapias”, “militância na política partidária”, “desobsessão por corrente magnética (com direito a choques anímicos)" e tantos outros inusitados "ismos" e "pias". Alguns confrades creêm que a apometria vai revolucionar o universo da "cura espiritual". Pasmem! Ora, quem estuda com seriedade os livros de Kardec sabe que a cura das obsessões não se consegue com o toque de mágica apométrica.
Sabemos que foi descomunal o esforço de Allan Kardec para legar à humanidade uma doutrina imune a esses atavismos, vícios religiosos e dogmas de toda natureza. Todavia, como as pessoas são pouco entusiasmadas para o estudo metódico e sério, inventam e impõem práticas bizarras, evocam os “benzedeiros do além” para que venham completar esse vácuo causado pala ausência absoluta de bom senso.
Estamos fazendo, no Brasil, um Espiritismo à moda brasileira. Os centros espíritas praticam um “Espiritismo à moda da casa” (para todos os gostos). Há confrades que insistem em usar trajes especiais nas instituições. Porém, sabemos que o Espiritismo não adota indumentárias especiais, nem enfeites, amuletos, colares, vestes brancas (“significando o bem”) ou vestimentas pretas ou vermelhas (“significando o mal”). Os trabalhadores cônscios da realidade Espírita trajam roupas normais, de forma simples, até porque a discrição deve fazer parte dos que trabalham para o Cristo.
Há médiuns que se ajoelham diante de imagens “sagradas” e de determinadas pessoas; mantêm-se genuflexos e beijam a mão dos responsáveis pela Casa Espírita, como forma de reverenciá-los; benzem-se; fazem sinais cabalísticos; e outros, por incrível que pareça, proferem palavras esquisitas (mantras) para evocar os Espíritos. Isso é compreensível nos terreiros, mas jamais numa casa de orientação espírita.
O misticismo, a mistificação, a mitificação de entes do além e a introdução de práticas atávicas à doutrina têm se tornado comuns para muitos desavisados “espíritas” que, pela leitura de obras “mediúnicas” vazias de conteúdos dignificantes, perdem a capacidade de análise dos fatos e evocam o posicionamento dos “desencarnados” para todas as situações, deixando de ter uma opinião firme e lógica necessária, ou, como diria o mestre Lionês, uma fé raciocinada!
Como se não bastasse tudo isso, encontramos os idólatras, tais como os “divaldistas”, os “rauteixeiristas” e outros. As pessoas estão endeusando esses companheiros justamente por desconhecerem como é a programação espírita desde o século XIX. Alguns inclusive espelham-se de tal maneira nesses oradores que copiam até o timbre, a forma de falar e os trejeitos, sendo vergonhosamente materializados nas palestras públicas, cujos temas também são plagiados. Pois é! Há palestrantes que promovem, das tribunas, verdadeiros shows da própria imagem, mise-en-scène, esta também protagonizada pelos ilustres diretores de instituições doutrinárias que não abrem mão do uso do pomposo “Dr.” antes do nome.
A questão é: como evitar esses disparates? Como agir, com tolerância cristã, ante os Centros mal orientados, com dirigentes alienados, com médiuns obsidiados, com oradores “show-men”? Enfim, como agir, diante dos cegos que querem guiar outros cegos?
Para os espíritas light (mornos bonzinhos) é interessante a prática do "lavo as mãos" do "laissez faire", "laissez aller", "laissez passer". Porém, os Benfeitores espirituais são peremptórios e nos advertem que cabe a nós a obrigação intransferível de SALVAGUARDAR os ensinamentos de Allan Kardec, pelo exemplo diário do amor fraterno e pela coragem do diálogo elevado.
Os Centros que praticam as inócuas terapias ou rituais aqui descritos têm liberdade para fazê-lo, porém não deveriam utilizar o termo espírita nas suas diretrizes. O bom senso obriga que os seus estatutos sejam modificados. Há aqueles que vão inventando “guias” para servirem de embaixadores junto aos espíritos superiores para cuidarem dos seus interesses, assim na terra como no além. Será que as peregrinações para lugares “sagrados” como Uberaba, Salvador, Niterói, Paris etc, não se constituem, na essência, como romarias, trazidas dos atavismos de outros credos?
Os Códigos Evangélicos nos impõem a obrigatória fraternidade para com os confrades equivocados, o que não equivale a dizer que devamos nos omitir quanto à oportuna admoestação, para que a Casa Espírita não se transforme em usina de zumbis.
O que se percebe frente ao que está acontecendo é que muitos “espíritas” estão tão escravizados a símbolos, mitos e fantasias quanto os irmãos de outras crenças místicas. Faz-se necessário, então, que as instituições kardecianas busquem uma melhora qualitativa no âmbito da divulgação, assistência social e formação doutrinária, oferecendo tanto aos principiantes quanto aos demais trabalhadores da instituição uma informação segura, sustentada nas obras basilares sistematizadas por Allan Kardec, a fim de que a Doutrina dos Espíritos possa seguir incólume, livre de sincretismos e perigosíssimas promessas de cura, oferecendo placebos desobsessivos, sem o respaldo dos Bons Espíritos.

Jorge Hessen