Almoço Beneficente



 All rights reserved Patricia Sophia

Evangelizador, o esquecido

Muito se tem falado ou escrito sobre evangelização. É evidente que tais abordagens são relevantes. Essas abordagens sempre se consubstanciam na pedagogia acadêmica desenvolvedora do intelecto e da lógica, utilizando os recursos do hemisfério direito e esquerdo, a qual exige que os princípios espíritas a ela se submetam. No entanto, a pedagogia espírita além de aprimorar o saber acadêmico é uma pedagogia voltada ao espírito, é essa pedagogia a ser difundida  no âmbito da evangelização as  crianças em suas faixas etárias.  
Pouco se tem falado do evangelizador, é este ponto que iremos focar. Na casa espírita em geral,  o evangelizador e a evangelização não são reconhecidos na relevância que deveriam, são esquecidos, porquanto outras atividades ofuscam-lhes a extraordinária importância na reeducação dos espíritos.
O evangelizador, para sua excelência no ensino dos princípios espíritas,  precisa, no estudo das obras kardequeanas, vivenciá-las nas atividades doutrinárias da Casa Espírita onde está vinculado. Compreender que se tornará o modelo do evangelizando, o qual se encontra na faixa etária de mabealidade, onde  o aprendizado cognitivo reterá valores  valiosos na sua constituição psíquica e na sua personalidade, valores que o acompanharão durante a vida.
O evangelizador é um emissário do mais alto, em tarefa de direcionar a mente infantil na valorização e entendimento de sua existência. Naturalmente, o evangelizador se defrontará com suas limitações e adversidades, inerentes a todas criaturas, mas seu entendimento e vivencia da Doutrina Espírita o fortalecerá, superando suas próprias limitações.
Assumir a tarefa de evangelizar exige desprendimento e  exercício constante de amar, e muitas vezes esse amar refugia-se no seu âmago  solitário.
Há momentos em que o evangelizador desanimará e se perguntará: Será que vale pena? A essa pergunta, os Benfeitores Espirituais responderão no mais íntimo de sua alma: Prossiga! Avance ante as dificuldades, pois dia virá que ouvirás a voz do meigo nazareno dizendo-te: Assenta-te a minha direita, és meu filho dileto!     

Dan  - Grupo Lauro    

Ante o Mundo Infantil










Ante o mundo infantil,
Dá, Senhor, que possamos abrir as
Portas libertadas
As crianças de todo o mundo
Paz e felicidade perfeita.
Que os homens de boa vontade
Se ergam para o trabalho
Em prol dos pequeninos
Que gemem e sofrem por toda parte
Desesperados e aflitos!
Senhor, que em face de tua Glória
Encontremos forças em nós mesmos
Para reerguer a mente infantil
Perdida no tumulto da vida humana!
E, possamos arrastar conosco
Todos os indecisos e todos os maus,
Todos os indiferentes e todos os bons
De maneira que vivendo-Te, cada hora,
Guiando às criancinhas
Possamos abrir na Terra
As portas de Teu Reino Imortal
Para sempre

Espírito Scheila

Postado por Patricia Sophia



Como funciona a nossa vida

                                

A Terra é um mundo governado por um Deus de amor e misericórdia, no qual todas as coisas concorrem para o bem dos que se conformam com as com as Suas eternas leis.

A rigor, não existe a morte. A vida futura é uma continuação da vida presente, como cada dia é a continuação daquele que o precedeu. O sono a que chamamos morte, não é mais que um repouso transitório, cujo despertar é, por certo, incomensuravelmente mais glorioso que o alvorecer da aurora mais brilhante da Terra. Em todos os casos em que a vida seja bem empregada, a mudança a que os homens costumam chamar-morte- é a última e melhor graça que Deus as criaturas neste mundo.

A fase terrena da vida é uma preparação essencial para a vida futura. Seus direitos peculiares e suas necessidades não podem ser desprezados sem prejuízo da felicidade e do desenvolvimento do homem, neste mundo e no outro. Mesmo seus gozos, aceitos com moderação, são prelúdios da ventura de uma situação mais elevada.

A fase da vida que se segue à transformação – morte é no seu rigoroso sentido, o complemento da precedente. Ela apresenta a mesma variedade de distrações, deveres, gozos correspondentes, dentro de certos limites, aos da terra, porém muito mais elevados, e seus habitantes mostram a mesma variedade de caráter e inteligência, obedecendo, como os homens daqui, à lei do progresso. Libertado dos liames corporais, sua vista é mais extensa, suas percepções mais apuradas, seus conhecimentos espirituais são maiores, seu critério mais esclarecido e seu progresso mais rápido que o nosso. Muito mais lúcidos e desapaixonados que nós, eles são, contudo também falíveis; governam-nos as mesmas leis gerais da natureza, porém modificadas pela sua libertação corporal, o que não gozavam aqui.

Nossa situação aqui determina nosso estado. As habituais sugestões, os impulsos dominantes, os sentimentos ternos de toda a vida, em uma palavra, o amor espiritual ou o poder do amor, decidem suas condições ao entrar no outro mundo e não os artigos escritos do seu credo e os erros acidentais da vida.

Não conquistaremos o céu, seja pela fé, seja pelas obras, nem seremos condenados ao inferno em determinado dia de Juízo Final.
No outro mundo gravitaremos para a posição a que fizemos jus na vida terrena; ocupá-la-emos, porque para ela nos preparamos.

Não há mudança instantânea de caráter quando deixamos a presente fase da vida. Nossas virtudes, nossos vícios, nossa inteligência, nossa ignorância, nossas aspirações, nossas baixezas, nossos hábitos, propensões e, mesmo prejuízos, tudo isso segue conosco, modificado sem dúvida, pelo fato do corpo espiritual emergir, despindo seu invólucro material, contudo essencialmente o mesmo, quando a morte nos chega.

Os sofrimentos ali, natural consequência dos maus atos e pensamentos aqui, variam tanto de caráter e gradação como os gozos; mas são mentais e não corporais. Deles ninguém escapa a não ser somente, como na terra, pela porta do arrependimento. Ali, como aqui, o desgosto por uma falta cometida e o desejo de uma vida corrigida são as condições indispensáveis, prelúdio do adiantamento para um melhor estado de coisas.

No outro mundo, o amor é preferível ao que neste chamamos ciência. Ali, os atos de benevolência valem muito mais que as profissões de fé; a simples bondade está acima do poder intelectual; os humildes são exaltados; os mansos entram em sua herança; os misericordiosos obtêm misericórdia. Os melhores habitantes daquele mundo são caridosos com a fraqueza e compassivos com o pecado; perdoam os irmãos que erram e nunca os abandonam, mesmo que pequem até setenta vezes sete vezes. Ali, respeita-se o sentimento e não a pessoa; o amor próprio é censurado e o orgulho é calcado.

A confiança e a simplicidade são os estados da alma, em que os homens podem melhor receber as benéficas impressões espirituais e a melhor preparação para aportarem ao outro mundo.

Extraído de: Robert Dale Owen -  Te debatable land between this world and the next-1877
      

   

Anjos e Demônios

Causa estranheza que a maioria dos estudiosos, dirigentes, palestrantes, escritores e os desencarnados fogem de certos temas, talvez por desconhecimento, ou preconceito, ou por sua origem religiosa. O fato é que não é comum o estudioso, dirigente, palestrantes, enveredar na atmosfera do espírito doutrinariamente nos temas: das drogas e drogados, do sexo e da sexualidade e quando o fazem, o fazem de maneira superficial, optam em temas como: Perdão, caridade, bondade, amor, etc., temas, em geral adornados pelo próprio entendimento pessoal.
Agem como se esses temas drogas, sexo e sexualidade do dia-a-dia tanto de encarnados como desencarnados, o sejam das trevas... podem até ser, mas, não em sua maioria.
Os desencarnados na erraticidade ainda se ressentem dessas sensações. (Sensações, Percepções e sofrimento dos Espíritos - cap. VI de O Livro dos Espíritos)
O Espiritismo não crê (o explica) em anjos e demônios, o espiritismo crê em Espíritos (homens) encarnados e desencarnados, com virtudes, deficiências, sensações, dores, gozos e prazeres, são espíritos em busca do equilíbrio.
Os succubus e íncubos são uma lenda medieval, que simbolizam os “demônios” fêmea e macho. É uma lenda originada na idade média, a qual “explicava” especialmente aos incautos os malefícios do sexo, essa lenda foi grandemente divulgada pelos que se perfilaram ao celibato.
O fato é que succubus e incubus como  demônios não existem. Na verdade são espíritos vinculados a energias sexuais descontroladas. Há alguns que erroneamente os denominam de obsessores, se assim o fosse sete bilhões de encarnados seriam obsessores, mas, como? Se sendo uma lei natural, a energia inata que se manifesta no Espírito, essa poderosa energia “vital” a libido se propaga no perispírito e culmina no corpo de uma forma fisiopsiquica.
Sexo é bom e nobre. E apesar de possuir como principal função a geração de outras vidas, não se pode circunscrevê-lo a mera procriação da espécie, nesta tese ultrapassada do “crescei-vos e multiplicai-vos,  ao quais muitos adeptos igrejeiros do Espiritismo ainda se ambientam.
O sexo nas espécies é mecanismo antiqüíssimo cuja energia é a motriz criadora de todo o universo.
A bactéria para transferir seu código de vida, desenvolve uma estrutura chamada plasmideo que funciona como um órgão sexual perpetuador da resistência. O bebê ao sugar o mamilo materno, inicia sua sensibilidade sexual através da oralidade e a própria mãe também possui prazer glandular. As chamadas estrelas, com suas explosões cósmicas, inoculam vida em outros corpos e num mecanismo semelhante à ejaculação humana fecundam espaços ínfimos que mais tarde, como num útero materno, gerarão novas vidas e formas...
A energia sexual, se assim pudermos nos expressar, está em tudo, represá-la simplesmente e o efeito da ignorância, devemos compreendê-la e dela fazermos o uso natural. Não a vulgarizemos e a julguemos a priori como obsessão. Educá-la de maneira harmoniosa nos trará prazer da alegria.
Sexo não é sensualidade. Sexo são vida e sensualidade quando equilibradas é a beleza dos valores bioquímicos e felicidade. Sexo é uma necessidade corporal, sensualidade é a energia fluido que impregna o espírito
O prazer sexual é uma energia divina, e não é essa energia que nos dá maior ou menor dignidade.  
Abismem! alguns já chegaram a idealizar um “recanto” homossexual nas Colônias Espirituais, é preciso considerar que nem todos os que sentem na erraticidade, as sensações do sexo, ou homossexuais, são espíritos decaídos, obsessores, e infelizes, ainda é o ranço do preconceito dos encarnados, tentando idealizar o mundo dos Espíritos, comparando-o erroneamente com o mundo dos homens encarnados. As forças energéticas sexuais são uma realidade, mas não será a sensação da atração energética ou opção sexual, que fará Jesus dar-nos o titulo de escolhido para o Reino de Deus, o escolhido será o que gravita na lei do amor; Reflitamos: O quanto ainda idealizamos o Mundo Espiritual com o nosso. O mundo espiritual é ainda, o que nos move para a Lei de amor, com que Deus governa o Universo. E convenhamos, nada sabemos do amor maior. Vamos reger o nosso universo interior sem crendices, preconceitos e teorias inverossímeis.   

Dan
0207/2017


O Joio e o Trigo



"Não; receio que, arrancando o joio, arranqueis ao mesmo tempo o trigo. Deixai que um e outro cresçam juntos até a ceifa; quando chegar a ocasião de ceifar, direi aos ceifeiros: Arrancai primeiramente o joio e atai-o em feixes para ser queimado; o trigo empilhai-O no meu celeiro". - Jesus.





Nem todos os Espíritos se encontram no mesmo grau de desenvolvimento.
Dos encarnados na Terra, uns são elevados, outros apenas iniciam suas provações morais. Vê-se daí não ser cabível que, para operar-se a renovação de nossa geração espiritual, se condenasse toda a geração material de que somos parte a perecer num dilúvio semelhante ao de que falam os antigos. É evidente, pois, que tal dilúvio não se deu com o caráter de universalidade que lhe atribuíram as narrações escriturísticas.
O joio cresce de par com o bom grão. Depois, em cada colheita, aquele, para se depurar, é lançado ao fogo da expiação, ao mesmo tempo que o bom grão é guardado nos celeiros do Senhor.
Desde que saiu do estado de fluidez, incandescente, a Terra tem passado por transformações sucessivas, tem sofrido renovações parciais, para o efeito de preparação e progresso graduais dos reinos mineral, vegetal e animal, mesmo do reino humano, efeito a que de futuro hão de seguir-se, por outros meios, as depurações e transformações, também graduais, dos aludidos reinos da Natureza.
Dizendo que o “pai de família” não consentira que seus servos arrancassem, do campo que ele semeara, o joio, com receio de que simultaneamente tirassem o trigo, quis o divino Mestre refrear o zelo dos apóstolos e dos que lhes sucedessem como continuadores da sua obra, os quais, levados pelo desejo de fazer progredir a Humanidade, poderiam ir longe de mais. À força de quererem reprimir abusos, poderiam chegar ao extremo de amedrontar os homens retos, porém simples, e de os afastar.
Conviria não perdessem de vista este ensinamento os que, nos tempos atuais, apregoando zelo da pureza do Espiritismo, pregam a necessidade da extinção completa, por todos os meios, dos centros onde ele é falseado e que representam o joio a crescer entre o bom grão.
Não esqueçamos nós, os espíritas, que foi invocando um zelo semelhante que a Igreja se tornou perseguidora e abriu a interminável série dos seus atentados à liberdade de pensamento e de crença, a todas as liberdades, afinal, atentados que cada dia mais profundamente a divorciaram da doutrina cristã, do espírito dos Evangelhos, para cuja interpretação ela acabou proclamando-se a única habilitada, a fim de esconder aquele divórcio.
A lição que a parábola do joio e do trigo encerra mostra que toda a ciência, para aquele que se propõe a pregar as verdades eternas, a difundir as da Doutrina dos Espíritos, a fim de que bem apreendidas sejam as daqueles mesmos Evangelhos, está em apropriá-las às inteligências que as tenham de receber. Se não for assim, um por exemplo, que teria aceitado a moral evangélica, se lha houveram apresentado sob aspecto condizente com o seu ponto de vista (e por isso é que Jesus a maior parte do tempo ensinava por parábolas e símiles), a repelirá, ou ofuscado pela intensidade da luz que dela se irradia, ou atemorizado com as grandes dificuldades que ela lhe deixa entrever.
A ceifa, de que fala a parábola, se dá na ocasião em que o Espírito volta à sua condição de origem, isto é, em que volta ao estado de Espírito liberto da matéria, por se haver despojado do seu envoltório carnal. Ao retornarem a esse
estado, eles se encontram, ou na condição de joio a ser queimado, o que se verifica pelo fogo do remorso, das torturas morais, a que se segue a reencarnação neste mundo, ou em mundos inferiores à Terra, de acordo com as tendências que revelam e com o grau da sua culpabilidade; ou na condição de trigo, caso em que passam a habitar mundos superiores ao nosso, onde continuarão a aperfeiçoar-se, a progredir.
Encarada assim, como o deve ser, a ceifa tem sido feita sempre e ainda continuará por longo tempo. Quando terminará? Quando chegar a época da ceifa definitiva. Com relação ao nosso mundo, essa época será a em que não mais se permita ao joio crescer aqui de envolta com o trigo, em que aquele será arrancado e lançado fora, isto é, em que os Espíritos que se tenham conservado obstinadamente culposos e rebeldes se verão compelidos a deixar de encarnar no planeta terreno, para o fazerem em mundos colocados abaixo dele na escala dos orbes. A Terra, então, terá passado a fazer parte do reino de Deus, o que quer dizer: ter-se-á tornado, exclusivamente, morada de Espíritos bons.
Os ceifeiros, no caso, são os Espíritos superiores, aos quais incumbe velar pelas expiações dos Espíritos culpados, na erraticidade, e classificar os que, por terem bem cumprido suas provas, mereçam ascender a mundos mais elevados do que o nosso.

Espírito Sayão
Grupo Lauro 

Intermezzo










Senhor Jesus!

Muitas vezes olhando o céu
Perguntei: para que tantas estrelas,
enfeitando esse mundo cruel
Se ninguém nota a antela?

Foi preciso transpor uma morte renascida
Foi preciso deixar a cegueira de minha consciência,
E ver em nova vida outra estrela surgida
Entendi no espírito a essência.

Somos as estrelas que levaram ouro, mirra e incenso
Ao seu berço como humildes penitentes
Clamando seu amor imenso
Envolvidos em erros reincidentes

E tu, na divina benção: disseste em oração
vocês são as estrelas de minha luz,
olhe no firmamento de seu próprio coração
Por vocês aceitei a cruz.

Ranieri
Recebido por Dan em 25/06/2017 as 03h15min








Aos Evangelizadores de Espíritos



Eurípedes Barsanulfo
Meus caros amigos!
Que Nosso Senhor Jesus envolva-nos no seu manto de luz.
Estamos diante de uma grande oportunidade; servir Jesus por meio da sublime tarefa de evangelizar.
Evangelizar com a verdade para que o pensamento estruture dentro de uma vibração amorosa. A tarefa é sublime e contínua.
Muitos espíritos são encaminhados até vocês, para que possam receber as lições do Mestre, estimulando-os a acordar, quanto antes, para seu verdadeiro compromisso.
A tarefa que compete ao evangelizador de espíritos é extremamente gratificante.
Os espíritos compromissados com a reorganização do planeta já estão na linha de frente das lides reencarnatórias, outros tantos, já se encontram entre vós. São espíritos lúcidos que aspiram receber palavras corretas, que vão auxiliá-los a fazer a ligação do seu pensamento, com o compromisso reencarnatório Esses espíritos trazem a consciência clara para absorver os ensinamentos de Jesus com veracidade.
Está em suas mãos, a oportunidade de acordá-los lentamente, reconstruindo as células mentais para a grande tarefa que abraçaram. Essa tarefa será notada pela força da simplicidade ,que vai sustentar o desejo de trabalhar na Seara do Bem. Essas ações vão contribuir com a modificação das camadas vibratórias da memória, em função da oportunidade recebida.
Esclarecei-os para que possam compreender e vivenciar as Leis Divinas, com precisão e entusiasmo. Esses espíritos serão reconhecidos pela harmonia de seus sentimentos e pelo desejo de auxiliar o próximo. Utilizarão da reflexão que os fará perceber a força do conhecimento, motivando-os a buscar no Evangelho à razão do viver.
Evangelizar Espíritos pede objetividade, prudência e seriedade. Utilizar do mecanismo sublime da arte para contribuir com a nova modulação mental, que dará uma nova expressão ao espírito.
Não vacile, não intimide diante dos conflitos que vão surgir, traga sempre para o espírito a lição do Evangelho, para que cada um possa refletir e perceber o que é necessário fazer ,para mudar o percurso mental que sofre de forma assustadora, a influência da matéria.
Planeje com criatividade projetos que vão auxiliar, não só a criança, mas a família como um todo.
Estamos juntos dos irmãos que compreenderam seu grandioso papel. Nossa missiva é sempre de mesura e entusiasmo .
O amparo amoroso de Jesus está presente no pensamento dos que desejam servir sem restrição.
Paz
Do amigo de sempre
Espírito Eurípedes Barsanulfo 
Rede Amigo Espírita

As Trevas














Levantei os braços e contemplei as trevas.
Levantei os braços e contemplei as nuvens nebulosas que passavam sem rumo, como densas naves pelo infinito.
Levantei os braços desejando apartar dos olhos toda dor do mundo.
Mas o Anjo da Noite curvou-se e falou ao meu ouvido:
- Tens que ter coragem de olhar.
- Tens que ter vontade de penetrar as trevas que envolvem a Terra.
- As vibrações pesadas e as angustias que percorrem   os continentes do mundo.
E eu desci com Ele aos abismos mais negros ainda, para saldar minhas dividas inesgotáveis.


Espírito Charles Baudelaire
16/06/17 ás 02:05 horas - Dan

O dia que José Grosso chorou












O mundo repleto de alegria
Entre sorrisos, cores, andores...
Envolvido em redemoinhos de fantasia
Instantes sem medo e dores.

Oh!  pirita a busca incessante
Ecoa a suplica do céu, o grito,
A criança no frio inclemente
Rija provação, corpo hirto.

O mundo repleto de alegria
Riso de indiferença
Surdo coração palpita e nada sentia.
Juízes da própria sentença.

É a Terra caída;  olhos úmidos
Antes de minha despedida
Do dia mais triste de minha vida.

José Grosso

Dan - 16-06-17 ás 02:30 horas



Pecadilhos, pecados e pecadozões*

Reflexão proferida na reunião de terça-feira sobre o tema: O Maior Mandamento - Cap. 15-EV.

Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhes disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40)
Fora da caridade não há salvação é a conseqüência do princípio de igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-se esta máxima por regra, todos os homens são irmãos, e seja qual for a sua maneira de adorar o Criador, eles se dão às mãos e oram uns pelos outros.

Diz o filósofo: Fácil  perdoar uma criança por medo do escuro;  maior tragédia da vida... é quando os homens têm medo da luz.

Há os  pecadilhos, que são escondidos na necesse ou mochila, e fazem parte do dia a dia: Não reconhecer suas próprias limitações, limitar os outros; na aparência, vestimentas, predileções, julgam-se melhores, e fingem o que não são, pensam que agradar a todos é uma forma de boa convivência.

Há os que cometem o pecado de aproveitarem ocasiões para distribuir, a maledicência e o ódio giratório; são os artífices dos novos sete pecados capitais: Calunia, Inveja, Sensualidade, Vaidade, Orgulho, Arrogância e Alma dolente.

Há os que são amigos íntimos dos pecadozões de se arvorarem juízes, e julgam os outros pelo seu conhecimento, e visão estrábica, inerente em si mesmo. Tentam destruir, os que já se sentem destruídos, não encontram valores e virtudes a não ser em si mesmos. Essas criaturas rotulam-se impolutas a ponto de se sentirem em “santos” e “santas”.

”Santos e “santas”, que esqueceram as mãos que lhe foram estendidas na necessidade do pão do corpo-1 e da alma-2 do dia a dia. Os pecadilhos, pecados e pecadozões estão em todos nós, façamos a diferença de não os distribuirmos aos outros, mas, se isso é ainda impossível guarde-os na sua própria necesse ou mochila.

A vida é atemporal, no entanto, de tempos em tempos age a semelhança de um hand spinner, que quando não impulsionado, para repentinamente. A vida continua se movendo e nos freara,  colocando-nos na medida exata dos nossos méritos e deméritos. Em verdade, parafraseando o grande pensador: “Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso melhor”.
“Estude a si mesmo, observando que o autoconhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.”

 Dan

Bibliografia:
Jesus
Allan Kardec: Evangelho Segundo o Espiritismo
Platão
1-A empresa ou Cia , que nos emprega.
2-A denominação religiosa em que nos vinculamos
*pecadilhos e pecadozões ,minha licença gramatical.
      

A Didática Espírita

Em 18 de abril comemoraremos 155 anos da primeira publicação do Livro dos Espíritos, inaugurando o nascimento do Espiritismo. Antes disso, é importante lembrar que, no ano de 1856, o pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail assume uma nova identidade e nasce Allan Kardec (pseudônimo adotado pelo codificador após um espírito ter-lhe revelado que haviam vivido juntos entre os Druidas, na Gália, e que se chamava Allan Kardec). Kardec não mais se dedicará aos textos pedagógicos e à leitura de livros devocionais, mas sim a outra obra que será o marco inicial de uma nova proposta pedagógica: a doutrina espírita. Kardec, no Livro dos Espíritos e em outros posteriormente publicados, organizará escritos cristãos trazidos pelos espíritos nas sessões mediúnicas com as meninas Caroline e Julie Boudin e, mais tarde, com a menina Japhet.
Nessa proposta pedagógica, o homem deixa de ser visto em sua miséria humana e é convidado a ser perfeito, buscando sua grandeza manifesta. O humano é o lugar do sagrado (o humano descortina o sagrado, essa nova luz que foi por muito tempo suprimida, ignorada e mesmo profanada, mas nunca foi destruída).
Nessa pedagogia que se cumprirá a profecia do Cristo: "Se vós amais, guardai meus mandamentos e eu pedirei a meu Pai, e Ele vos enviará um outro consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: O Espírito da verdade!”. Esse espírito da verdade simboliza o Espiritismo, o velador, que vem complementar a luz trazida pelos ensinamentos do Cristo, estabelecendo fundamentos de uma filosofia racional e humanizadora.
A pedagogia das obras básicas, sobretudo a do Livro dos Espíritos, vê o homem como uma centelha etérea, capaz de conhecer-se a si mesmo, e ensina-lhe o objetivo sublime das provas humanas, mostrando-lhe o caminho das palavras do Cristo: "Na casa de meu Pai há muitas moradas". O velador, o Espiritismo, ensina-nos a buscar o caminho para essas moradas para que, depois das provas, possamos ser recompensados nas luzes reconfortantes dos benfeitores espirituais.
 A pedagogia kardequiana, por meio das obras básicas, mostra que nenhum homem é estimulado ao bem pelo fato de conhecer a maldade, mas se esse homem souber que o  seu ser divino é essencialmente bom, terá o desejo de tornar-se bom em sua existência. Aí se revela o objetivo dessa pedagogia: tornar-se bom, contrariando a ideia anteriormente propagada que para alcançar o bem seria necessário evidenciar o mal.
Os tempos estão chegando... O homem manifestar-se-á em sua grandeza para construção de uma nova era, em que não haverá livros devocionais ou códigos de leis, pois os homens conhecerão uma pedagogia única: “amai  próximo como a si mesmo”. Nesse dia, a Terra não será mais dividida entre luz e trevas e a maldade deixará de ser veloz, pois o bem estará em toda parte, e “os instintos latentes da matéria” serão substituídos pelo amor do Cristo.
A grande pedagogia, já dizia Rivail, ou Allan Kardec, não está no conhecimento das ciências e da literatura, mas no conhecimento moral das nossas virtudes e na arte de formar caracteres para o bem.
As obras básicas, organizadas na pedagogia kardequiana, vencem a pedagogia dos livros devocionais porque não vêm representadas na figura de profetas, avatares ou magos, vem da união de várias inteligências que buscam a nossa essência espiritual.
O espiritismo, nos apropriamos das palavras do espírito José Grosso, é o grande arcano que nos aborda, como transeuntes da estrada terrena, e nos convida a conhecer a verdade das verdades: Nosso Senhor.
Busquemos, portanto, os ensinamentos trazidos no Livro dos Espíritos e nos demais livros que completam as obras básicas, de modo que possamos compreender, ainda que timidamente, que somos espíritos para vivenciarmos o bem e que estamos “condenados”  nas “cadeias” reencarnatórias à nossa transformação e, por conseguinte, à transformação da Humanidade.

Dan


Jesus continua peripatético














Quando coroinha, sempre fiquei intrigado com os dizeres: "Jesus foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica..."

Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas e nos caminhos, pregando as boas novas do Reino e indicando o remédio de todas as enfermidades morais e doenças do corpo. Jesus pede mais discípulos, para ensinarem nos caminhos a serem percorridos. Ele disse sobre o Reino do Céu: - "Se aqueles que vos guiam vos disserem: vê, o Reino está no céu, então os pássaros vos precederão. Se vos disserem: ele está no mar, então os peixes vos precederão. Mas o reino está dentro de vós e está fora de vós. Se vos reconhecerdes, então sereis reconhecidos e sabereis que sois filhos do Pai Vivo. Mas se vos não reconhecerdes, então estareis na pobreza, sereis a pobreza".

Jesus, em vida ensinava caminhando os que o seguiam caminhando, e nesse caminho as parábolas inspiradas nas paisagens e regiões, foram sedimentadas em eternizadas lições.
É afrontar a razão imaginar, Jesus tendo ensinando caminhando, esteja até hoje, sentado confortavelmente a direita de Deus. Seria o mesmo que admitir que sua missão fosse concluída.  

Jesus continua peripatético, ensinando nas regiões espirituais e nas regiões da Terra, e em sua evangelização incansável, continua ensinando aos homens onde está o reino do céu:- "O reino do céu está dentro de vós e está fora no amor próximo".
Será que nós estamos aprendendo?

Dan