Almoço Beneficente 30/07/2017

Foi realizado neste domingo, dia 30 de julho o segundo almoço beneficente do ano do Grupo da Fraternidade Irmão Lauro. Agradecemos todos que compareceram e os trabalhadores que se envolveram de corpo e alma para realização e sucesso desse caloroso evento.



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“Andar com fé eu vou...”










“Andá com fé eu vou. Que a fé não costuma faiá”, diz o refrão da música do cantor Gilberto Gil. Narra a carta aos Hebreus que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Cremos que fé é a certeza da aquisição daquilo que se tem como finalidade.

Sem a fé racional, nas situações de crise, seja de ordem econômica ou agravamento da insegurança pública, as relações sociais, pessoais e familiares se deterioram. Diante das incertezas, é comum que o medo domine as mentes de uns ou de outros. Pensar que não se conseguirá enfrentar uma doença, lidar com os erros, a perda do emprego ou dos bens materiais amplia o temor de muitos. Surge o pânico nalguns ante a chegada da velhice, da solidão, da perda de um amor e assim por diante. Caminha o tímido sob as ansiedade e desconfortos psicológicos.

Os irrequietos, os estressados visitam, cinco vezes mais, médicos que uma pessoa normal. O sintoma crônico da ausência de fé e do medo estão gerando enigmas físicos e emocionais, tais como infarto do miocárdio, úlcera e insônia. Para nós, estudiosos do Espiritismo, sabemos que a solução para o enfrentamento dos embates da vida e do medo é o exercício da fé coerente, apontando-nos o rumo do equilíbrio emocional. É igualmente a certeza da reencarnação e a convicção da imortalidade que nos reforça o alimento da fé diante dos desafios do viver.

Fundamentalmente, a fé deve apoiar-se na razão sempre. Até porque a fé não é um dom fornecido por Deus para alguém em especial, nem deve ser imposta de fora para dentro. A fé é o produto da conquista pessoal na busca da compreensão do caminho correto, das verdades que permeiam a essência das próprias vidas, por meio do conhecimento, da experiência, das reflexões pessoais e pelo esforço que se faz para o auto amor e por entender que o amor é a causa da vida, e a vida é o efeito desse amor.

Na mensagem de Jesus, aprendemos a lição da fé (transportadora de montanhas) da coragem, do otimismo, do bom senso capazes de renovar nossas tendências, impedindo que o medo, a depressão e a angústia se apossem de nosso cotidiano. Até porque “a fé não costuma faiá”.

Jorge Hessen

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Crônica: Carta Estimulante












Diz você, meu amigo, que, depois de haver assistido a alguns trabalhos interessantes de materialização, passou a, registrar estranhas modificações no modo de ver. Assinalou diversas entidades momentaneamente corporificada, à frente dos olhos, e, pela surpreendente claridade que irradiavam, compreendeu a beleza da vida Quando os clarões das luzes inexprimíveis se apagaram, retomou, quase desacoroçoado, à tarefa comum. A lembrança das sugestivas revelações perdurava-lhe na memória; entretanto, a via pública pareceu-lhe mais fria e o ambiente doméstico, onde ninguém se lhe afeiçoa, as idéias, figurou-se-lhe um cárcere ao pensamento. No dia seguinte, em retomando o serviço habitual, os companheiros de luta, menos esclarecidos, eram mais duros de suportar. Deslocara-se-lhe a mente. À maneira do lenhador que examina uma central elétrica, você passou a sentir o peso do trabalho no carvão comum. Para, que alimentar o fogo, a toras, de madeira, se há força acessível e eficiente? Tedioso cansaço assomou-lhe o coração. E marcou, espantado, o vigoroso conflito entre sua alma e a realidade, através de incoercível desajustamento. Não seria razoável abandonar toda atividade considerada por inferior e partir em busca das claridades de cima? Valeria a pena prosseguir enfrentando o barro da cerâmica em que você trabalha, quando a imortalidade se lhe patenteou, indiscutível e brilhante? Todavia, é forçoso considerar que se a semente pudesse despertar ante a grandeza de uma espiga madura e não se sujeitasse mais ao serviço que lhe compete na cova lodacenta, naturalmente o mundo se privaria, de pão. O plano espiritual, contudo, não pretende instalar a fome ou a ociosidade na Terra. O Planeta é uma escola em que a inteligência encarnada recebe a lição de que necessita. Entre a maloca indígena e o castelo civilizado, medeiam muitos séculos de cultura, com experiências vastíssimas e assombrosas, e, entre o palácio dos homens e o santuário dos anjos, há que andar por numerosos séculos ainda...  O Cristianismo que você abraçou, com tanta sinceridade e ternura, permanece repleto de ensinamentos nesse sentido. Diante do Tabor, em que Espíritos bem-aventurados se materializaram, ao lado do Mestre, em transfiguração indescritível, Pedro, deslumbrado, pede para que uma choupana seja ali construída, a fim de que nunca mais regressassem ao mundo vulgar; entretanto, o grande apóstolo é arrebatado, de lá, ao torvelinho de ação rotineira, dentro do qual perdeu e venceu, várias vezes, sob o tacão de vicissitudes humanas, até alcançar a verdadeira exaltação pelo martírio e pelo sacrifício. Envolve-se Paulo num dilúvio de bênçãos, nas vizinhanças de Damasco, mas, ao invés de acompanhar o Cristo magnânimo que o abraça, de improviso, é convocado a perambular, por muitos anos, entre desapontamento e pedradas, no seio da multidão. Que mais? O próprio Mestre, no Jardim da prece solitária, sente-se visitado por um anjo divino que desce do firmamento, em sublime esplendor; todavia, longe de segui-lo em carro de triunfo para as Esferas Superiores, desce para o cárcere, sofre o insulto da turba ameaçadora, e marcha, humilhado, para a crucificação. Não transforma, pois, a excelência do estímulo revelador em desalento para o trabalho natural. Valores imperecíveis não surgem de imediato. Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma. Se os Espíritos elevados reaparecem no intercâmbio dos dois círculos de vida, a que nos ajustamos, é que se inspiram no ministério da caridade e desejam acordar os homens para mais altas noções de justiça e fraternidade, a fim de que se fortaleçam e aprimorem, perante a continuidade da vida e da individualidade, além túmulo... Se você foi chamado às tarefas do oleiro, atenda, quanto possível, ao enriquecimento íntimo, nos estudos e serviços que a nossa, Consoladora Doutrina oferece, mas não olvide os tijolos e manilhas, telhas e vasos que a sua indústria foi convidada a materializar. Institua facilidade e abundância para que os menos favorecidos de recursos e de inteligência consigam construir seus ninhos aos quais se abrigam pobres aves humanas, em peregrinação aflitiva na erraticidade. Esforce-se para que seu nome seja louvado e abençoado pelos que compram e vendem, pelos que administram e obedecem, convencido de que, se não devemos esquecer a contemplação das estrelas, não encontraremos o caminho de acesso a elas se não acendermos alguma lamparina no chão.

Chico Xavier

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Quem é amigo?











Amigo é alguém que está envolvido com os nossos ideais e serve de alavanca para que, juntos, os realizemos.

Amigo não compete: soma forças e acrescenta.
  
Amigo é alguém que tem mais ou menos o nosso ritmo e não nos deixa esperando quando o assunto é importante. Aliás, Amigo sempre sabe o que é muito importante para nós.
  
Amigo, quando não concorda ou não aprova alguma atitude que venhamos a tomar, coloca-se de forma direta, sem rodeios. Ele não some, não fica emburrado, não faz jogo nem nos dá a retaliação do silêncio indecifrável.
  
Amigo é alguém que, estando acima de nós, nos ensina com bondade e estando abaixo de nós, aprende com simplicidade. Amigo é instrutor e aprendiz simultaneamente.

Amigo entende de diferenças individuais e as respeita, sem, contudo, traçar linhas divisórias intransponíveis que causam desapontamentos e bloqueiam a livre expressão da nossa maneira de ser.

Amigo é alguém a quem confiamos desde uma confidência até um testamento.
É alguém para quem podemos ligar ou procurar a qualquer hora porque há horas na vida que não podem esperar mais um minuto.

Amigo rejubila-se com a nossa vitória e sabe tornar a nossa derrota suportável.

Para um Amigo podemos contar os nossos feitos sem que pareça arrogância ou ostentação e podemos narrar as nossas fraquezas e fracassos sem que pareça humilhação.

Quem tem um amigo assim pode dizer que encontrou um tesouro.
Os demais não são amigos. São colegas eventuais sem comprometimento e estes sempre temos às dúzias.

Se você tem ao menos um Amigo, erga as mãos para o céu pela dádiva.
Seja para ele tudo que ele é para você e um pouco mais.

Aos colegas eventuais... a eventualidade.
Ao Amigo verdadeiro, a incondicional Amizade!


Autor desconhecido

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Crônica: O Menino do Beco



Ingênuo, pensei que conhecia a criançada, que não haveria outras surpresas que aguardassem um gentílimo amigo de estripulias no aprendizado cristão.

Era um sábado, como outro qualquer, a algazarra da meninada se despedindo, entre gritos, risos, e peraltices. Agradecemos a Deus por aqueles momentos de convivência com os pequeninos.  No decorrer da semana recebemos a triste notícia que uma de nossas crianças havia morrido. Mas, como? Sábado ainda brincamos. Às vezes pensamos que estamos preparados para compreender a morte, descobri nesse momento, que da morte sei tanto, quanto sei de quântica. Pensei, onde se encontra meu hagiológio e não o encontrei, só encontrei inconformismo.

Tomei a resolução de me inteirar do ocorrido. Resoluto, endereço a mão, Lá fui eu. Meu coração como que em arritmia fazia-me tremer: - O que dizer aos pais? – Que consolo diante do inconsolável poderia levar?  Chequei ao beco, de muitas vielas sem nome. Encontrei um aluninho (graças a Deus): - o senhor por aqui? – estou procurando a casa do Menino do beco. Ah! O menino que morreu de meningite? Venha. E me levou por um labirinto de vielas até porta do barraco pintado de verde claro, ironia a cor da esperança.

Agradeci, tomei fôlego, pois, meus olhos desobedientes teimavam em chorar. Disse a mim mesmo: - Você veio chorar com a mãe e os irmãos, ou trazer o lírio da paz ao coração dos que sofrem? Na ruela estreita, onde se andava em fila indiana. Parei em frente à porta, bati, o irmãozinho e a irmãzinha abriram a porta, entrei, minha visão discerniu o ambiente, cômodo simples, paredes de madeira, uma mesa rústica, quatro cadeiras, meio sem jeito perguntei:- cadê a mãe do Menino do beco? Ao sinal das crianças divisei uma moça no cantinho, ajoelhada diante da imagem de Aparecida, lentamente me ajoelhei ao seu lado e rezei junto.

As crianças na simplicidade me disseram: - Ele foi levado de ambulância e morreu no hospital – Os médicos deram injeção em todo mundo... A mãe com voz embargada me informou: - o enterro será amanhã cedo no Cemitério São Pedro (gratuito, pertence a prefeitura), a Secretaria da Saúde vai levar o corpo, fez uma pausa, e com os olhos perdidos em lembranças continuou: - era um filho carinhoso, cuidava dos irmãos mais novos, nos meus desentendimentos com seu padrasto, dizia: - Tenha paciência, e me abraçava e beijava.  Eu sempre dizia filho você é a maior riqueza da mamãe, me olhava e sorria, nunca vou deixar você, aprendi que nem com a morte a gente deixa quem ama, e saia correndo rindo - Se existe neste mundo amor perfeito esse era nosso amor. Sempre tive medo de perdê-lo por uma bala perdida no beco, mas, jamais pensei em perdê-lo por uma bala perdida do céu...

Gentilmente fez um cafezinho que saboreamos silenciosamente, levantou-se e olhando a imagem de Aparecida, com voz de gratidão segurou minha mão: - Deus os abençoe pelo que carinho que tiveram com a minha riqueza. 

No dia seguinte esperando a chegada da urnazinha mortuária, fui informado pela administração que o caixão viria lacrado devido à doença de meningite meningocócica, sairia do carro funerário para o enterro. Argumentei - e consegui o velório por trinta minutos na sala E, com os devidos paramentos. Inesperadamente foram chegando muitas crianças, seus amiguinhos da escola, dei a eles um botão de rosa vermelha, e eles como anjinhos, delicadamente colocavam a rosa sobre o caixão. O caixão ficou coberto por um manto púrpuro, lembrei do manto de Jesus. Fizemos a prece e fomos ao encontro dos palmos de terra.

Cova aberta rasa, ao lado várias cruzes de madeira espaçadas no chão com números romanos de identificação, não poderia se saber a qual cova pertencia. Providenciamos a lápide e a manutenção do túmulo de dois anos, após esse período seria removido para o ossário coletivo.  Pensativos fomos nos afastando a caminho de nossa casa.

Na semana seguinte fui visitar o Menino do beco, as flores já haviam murchado, mas a lápide com a identificação estava intacta. Removi as flores murchas, e plantei em volta da cova mudas de amor-perfeito.    

No mês seguinte novamente fui à visita ao Menino do beco, e cismava comigo, sem água as mudas secaram... Caminhando pela alameda até ao túmulo preocupado com as mudas.
Ao avistar a cova era inacreditável o amor-perfeito, com as pétalas azuis abertas, enfeitavam a cova do Menino do beco, e a cova matizada pelo azul das flores parecia um pedacinho do céu- Por dois anos (finados) visitei o pedacinho de céu...

Voltei ao beco para visitar seus familiares, mas, disseram que haviam mudado, e não sabiam onde foram morar. Mas, eu sabia, onde estava o Menino do beco, e onde ele foi morar...    


Dan  -18;07/2017 
In Memoriam ao menino da  Evangelização 


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Amor de Mãe





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A Opção é Nossa




525. Os Espíritos exercem influência sobre os acontecimentos da vida?
    — Seguramente, pois que te aconselham.
    525 – a. Exercem essa influência de outra maneira, além dos 
             pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a 
             realização das coisas?
     — Sim, mas não agem nunca fora das leis naturais.





O Espiritismo não está fundamentado em Jesus, nem nos Espíritos e tampouco em Allan Kardec. O Espiritismo está fundamentado nas Leis Naturais. Os Espíritos nos influenciam quando nossa bitola de pensamentos e atitudes se harmoniza com as deles. Com atitudes e pensamentos nobres alinhados com as leis naturais, é que nos libertamos das influências de energias barônticas. Ás vezes nosso campo vibracional obtuso é o autor de nos colocar na condição em que, nos tornamos títeres dos espíritos.
Podem eles nos influenciar, mas não conseguem agir fora das leis divinas.
A lei natural é a lei de Deus; é a única necessária à felicidade do homem; ela indica o que ele deve fazer ou não fazer e ele só se torna infeliz porque dela se afasta. A lei divina ou natural abrange as leis físicas, as leis do mundo material, e as leis morais na relação do homem com Deus e com seu próximo. Mas, vamos nos ater as Leis Morais:
Lei do Trabalho – É uma necessidade. A necessidade é a consciência de que os falta algo. Não se deve confundir trabalho com emprego.
Lei de Reprodução – Relativo à reencarnação. Mostra a necessidade de purificação do Espírito.
Lei de Conservação – Depois da vida, sentimos intuitivamente a necessidade de progredir e aperfeiçoar.
Lei de Destruição – A destruição é necessária para que novos corpos apareçam mais inteligentes e mais argutos. É a renovação e melhoria dos seres vivos.
Lei de Sociedade – Todos os indivíduos têm responsabilidade para com os outros seres humanos. Os mais fortes devem ajudar os mais fracos; os mais inteligentes, os menos.
Lei de Progresso – Há uma inexorabilidade. Quer estejamos encarnados ou desencarnados, todos estaremos sujeitos à lei do progresso.
Lei de Igualdade – Embora todos os Espíritos tenham partido de um mesmo ponto, uns progrediram mais do que os outros. A desigualdade refere-se apenas ao mérito.
Lei de Liberdade – Quanto maior for a obediência à lei de Deus, maior a liberdade dos seres humanos.
Lei de Justiça, Amor e Caridade – Resume as leis anteriores.
Deus é o modelo das Leis Morais, Jesus é o guia das Leis Morais. 
Os Espíritos encarnados e desencarnados estão limitados as leis naturais. Aqueles encarnados ou desencarnados que se esforçam em exercer as leis naturais sentirão felicidade e enlevação, quando se afastam das leis naturais sofrem e são infelizes.
A opção é nossa; exercer as leis morais e nos libertarmos, ou continuarmos em ser co-agentes de influências e pensamentos nos tornando em bonifrates, como uma grei de afins.
Deus, não quer que sejamos crianças para sempre. Quer apenas que cresçamos e caibamos em seu abraço.

Dan

Bibliografia:

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Do Pântano aos Páramos do Infinito

Como qualquer outro condenado não teve foro privilegiado, as argolas de metal prendem suas mãos ao poste, limitando seus movimentos. Os insensíveis solados se encontravam, munidos do flagrum1, outro soldado tem em mãos o ábaco2 para aferir o número de golpes, neste aparato de soldados há os que se incumbem de acorrentar o condenado ao poste, e permanece na cena para substituir qualquer soldado destacado para o esquadrão da angústia. E outro soldado é o supervisor de qualidade da nefasta tarefa. 
O condenado geme as chicotadas, ininterruptas, os golpes se revezando entre os soldados em macerar o corpo do condenado.
O número máximo de chicotadas que um condenado pode receber de conformidade com a lei de Moises é de “quarenta menos um”, pois assim, o condenado estaria fisicamente destruído, mas ainda vivo. Flagelado sim, morto não, era o mote.  O condenado gritou de dor durante o castigo, estranhamente não vomitou ou teve convulsões, como costuma acontecer a outros condenados, desidratado, entrou a noite em estado de choque, pela perda de sangue.
Com as mãos amarradas à frente volta cambaleante a prisão, os soldados se divertem à sua maneira com aquele prisioneiro tão especial. O condenado em silêncio tudo suporta. Os soldados fazem de um caniço um cetro e o ajeitam nas mãos do condenado, debochando do intitulado rei. Nenhuma piedade aflorou deles.
No auge do desatino preparam a coroa de rhammus nabeca para coroar o rei. Alguns o agridem com socos, cuspes, e finalmente o coroam. E enterram a grinalda na sua fronte.
O rei do pântano determina que quer ver o condenado. O prisioneiro é levado à frente dos sacerdotes. O rei do pântano grita: - Eis o rei de vocês!
- Mata!  Crucifica-o! – respondem os sacerdotes em uníssimo. Não temos rei, nosso rei é o pântano!
- Que crime ele cometeu? Diz o rei do pântano.
- Crucificai-o! Respondem os aduladores do pântano.  O rei do pântano lava as mãos... O condenado é levado ao Gólgota5.
No auge do estertor declama lamuriante: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
Foi condenado e morto por ensinar amor e as bem-aventuranças aos que desejam viver longe do pântano.
Pena maior foi estabelecida pelos sacerdotes que dominavam o pântano ao não aceitaram um simples ensinamento do condenado: - Aspirais em ser ricos? Então não vos preocupeis em aumentar vossos bens, mas sim em diminuir vossa ganância.
O condenado emergiu do pântano, e sua luz resplandecente nos páramos do infinito iluminou o mundo. E o pântano jamais foi o mesmo...  Que o pântano da ignorância, desamor, indiferença, crueldade e ambição sejam abençoadas pela luz resplandecente do infinito amor Jesus.

Dan



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O Bandoleiro







Dinheirama. Animado. Astuto.
Esticado na rede em balanço, o bandoleiro era só suspiro.
- Isso me esfalfa demais; Céu e Sol...
Sua bela mansão era pintura.
- Aqui ninguém me incomoda.
O tempo livre não acabava nunca.
- Desde que deixei a taipa de sebe...
Recolhido vivia uma vida secreta.
Mesmo assim, sentia que algo o perseguia.
Apareceu um doutor bem-vestido.
Alto. Barba bem aparada.
- Desculpe incomodar, mas... Vim te buscar.
O bandoleiro tirou os óculos escuros.
- Quem é o Senhor? - Daqui só o diabo me tira.
As algemas em fogo apareceram, o doutor todo vermelho.
Apontou o tridente: - O senhor fez malvadeza demais.
- O senhor me segue por bem ou a força?
Ele jura inocência.
Fora do corpo, o sol é para todos e o céu é para poucos.


Espírito José Grosso
Recebido por Dan em 26/06/2017
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Caridade sempre





Caridade sempre:
Não fazer chorar, os que nos fazem chorar;
Compreender a própria inferioridade e não exigir dos outros, o que ainda não somos,
Descobrir o bem que existe no irmão em luta, nas provas que lhe ferem a alma;
Enviar pensamentos de paz para todos;
Comover-se com o sofrimento e sofrer com os que sofrem;
Sermos agentes de felicidade aos nossos semelhantes;
Servir de instrumento de alegria aos tristes;
É a ação das mãos levantando os caídos;
É acima de tudo seguir Jesus, amando, perdoando, aqueles que não pensam como nós;
É a glorificação com que serás recebido na vida verdadeira;
Viva sob o manto da caridade-amor, e ele nos aquecerá onde estivermos;
Caridade não é palavra vã, é o sentimento de Deus no mundo;
Tolerando mais aos outros do que a nós; E, assim, juntos estaremos no Reino de nosso Pai celestial.

Queridos irmãos, muita paz.
Fabiano

(recebido na quarta-feira dia 08/07/2020 ás 21h00min por ocasião da reunião do Evangelho-irradiação súplica ao mundo. Neste momento muitos irmãos do Grupo Lauro estavam reunidos em seus lares no mesmo objetivo).

dan
      

Solidão


Muitas pessoas pensam que solidão é não ter gente ao lado pra conversar, pra passear, pra namorar, pra fazer visita verniz. Isso gente, é carência.
Solidão não é o sentimento de perda de entes queridos que se foram e a gente não sabe quando vai voltar. Isso gente, é saudade.
Solidão não é o retiro em que voluntariamente eu procuro pra realinhar meus pensamentos. Isso gente, é equilíbrio.
Tampouco o claustro involuntário e compulsório em que a natureza nos coloca pra nós podermos refletir e reavaliarmos nossa vida. Isso gente, é o ato da natureza.
Solidão, na verdade, é quando perdemos a nossa maior e melhor amiga, a mais forte e leal amiga. Solidão é quando nós perdemos essa amiga de todas as horas.
Solidão é quando nós não nos encontramos com a nossa própria alma. Isso é solidão, e a nossa alma perdida desaparece no habitante de nossa verdade, de nossos pensamentos.
Solidão, meus caros companheiros, é retermos em nós valores de nossa própria alma, porque o restante são carências, equilíbrio, leis da natureza. Pensem nisso!

Transmitido por psicofonia pelo espírito José Grosso, em resposta a pergunta de um assistente na reunião.