Foi
realizado neste domingo, dia 30 de julho o segundo almoço beneficente do ano do
Grupo da Fraternidade Irmão Lauro. Agradecemos todos que compareceram e os
trabalhadores que se envolveram de corpo e alma para realização e sucesso desse
caloroso evento.
“Andar com fé eu vou...”
“Andá
com fé eu vou. Que a fé não costuma faiá”, diz o
refrão da música do cantor Gilberto Gil. Narra a carta aos Hebreus que a
fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das
coisas que se não vêem. Cremos que fé é a certeza da aquisição
daquilo que se tem como finalidade.
Sem
a fé racional, nas situações de crise, seja de ordem
econômica ou agravamento da insegurança pública, as relações sociais, pessoais
e familiares se deterioram. Diante das incertezas, é comum que o medo domine as
mentes de uns ou de outros. Pensar que não se conseguirá enfrentar uma doença,
lidar com os erros, a perda do emprego ou dos bens materiais amplia o temor de
muitos. Surge o pânico nalguns ante a chegada da velhice, da solidão, da perda
de um amor e assim por diante. Caminha o tímido sob as ansiedade e desconfortos
psicológicos.
Os irrequietos, os estressados
visitam, cinco vezes mais, médicos que uma pessoa normal. O sintoma crônico da
ausência de fé e do medo estão gerando enigmas físicos e emocionais, tais como
infarto do miocárdio, úlcera e insônia. Para nós, estudiosos do Espiritismo,
sabemos que a solução para o enfrentamento dos embates da vida e do medo é o
exercício da fé coerente, apontando-nos o rumo do equilíbrio emocional. É
igualmente a certeza da reencarnação e a convicção da imortalidade que nos
reforça o alimento da fé diante dos desafios do viver.
Fundamentalmente, a fé deve apoiar-se
na razão sempre. Até porque a fé não é um dom fornecido por Deus para alguém em
especial, nem deve ser imposta de fora para dentro. A fé é o produto da
conquista pessoal na busca da compreensão do caminho correto, das verdades que
permeiam a essência das próprias vidas, por meio do conhecimento, da
experiência, das reflexões pessoais e pelo esforço que se faz para o auto amor
e por entender que o amor é a causa da vida, e a vida é o efeito desse amor.
Na
mensagem de Jesus, aprendemos a lição da fé (transportadora de montanhas) da
coragem, do otimismo, do bom senso capazes de renovar nossas tendências,
impedindo que o medo, a depressão e a angústia se apossem de nosso cotidiano.
Até porque “a fé não costuma faiá”.
Jorge Hessen
PS
Crônica: Carta Estimulante
Diz você, meu amigo, que, depois de
haver assistido a alguns trabalhos interessantes de materialização, passou a,
registrar estranhas modificações no modo de ver. Assinalou diversas entidades
momentaneamente corporificada, à frente dos olhos, e, pela surpreendente
claridade que irradiavam, compreendeu a beleza da vida Quando os clarões das
luzes inexprimíveis se apagaram, retomou, quase desacoroçoado, à tarefa comum.
A lembrança das sugestivas revelações perdurava-lhe na memória; entretanto, a
via pública pareceu-lhe mais fria e o ambiente doméstico, onde ninguém se lhe
afeiçoa, as idéias, figurou-se-lhe um cárcere ao pensamento. No dia seguinte,
em retomando o serviço habitual, os companheiros de luta, menos esclarecidos,
eram mais duros de suportar. Deslocara-se-lhe a mente. À maneira do lenhador
que examina uma central elétrica, você passou a sentir o peso do trabalho no
carvão comum. Para, que alimentar o fogo, a toras, de madeira, se há força
acessível e eficiente? Tedioso cansaço assomou-lhe o coração. E marcou,
espantado, o vigoroso conflito entre sua alma e a realidade, através de
incoercível desajustamento. Não seria razoável abandonar toda atividade
considerada por inferior e partir em busca das claridades de cima? Valeria a
pena prosseguir enfrentando o barro da cerâmica em que você trabalha, quando a
imortalidade se lhe patenteou, indiscutível e brilhante? Todavia, é forçoso
considerar que se a semente pudesse despertar ante a grandeza de uma espiga
madura e não se sujeitasse mais ao serviço que lhe compete na cova lodacenta,
naturalmente o mundo se privaria, de pão. O plano espiritual, contudo, não
pretende instalar a fome ou a ociosidade na Terra. O Planeta é uma escola em
que a inteligência encarnada recebe a lição de que necessita. Entre a maloca
indígena e o castelo civilizado, medeiam muitos séculos de cultura, com
experiências vastíssimas e assombrosas, e, entre o palácio dos homens e o
santuário dos anjos, há que andar por numerosos séculos ainda... O
Cristianismo que você abraçou, com tanta sinceridade e ternura, permanece
repleto de ensinamentos nesse sentido. Diante do Tabor, em que Espíritos
bem-aventurados se materializaram, ao lado do Mestre, em transfiguração
indescritível, Pedro, deslumbrado, pede para que uma choupana seja ali construída,
a fim de que nunca mais regressassem ao mundo vulgar; entretanto, o grande
apóstolo é arrebatado, de lá, ao torvelinho de ação rotineira, dentro do qual
perdeu e venceu, várias vezes, sob o tacão de vicissitudes humanas, até
alcançar a verdadeira exaltação pelo martírio e pelo sacrifício. Envolve-se
Paulo num dilúvio de bênçãos, nas vizinhanças de Damasco, mas, ao invés de
acompanhar o Cristo magnânimo que o abraça, de improviso, é convocado a
perambular, por muitos anos, entre desapontamento e pedradas, no seio da
multidão. Que mais? O próprio Mestre, no Jardim da prece solitária, sente-se
visitado por um anjo divino que desce do firmamento, em sublime esplendor;
todavia, longe de segui-lo em carro de triunfo para as Esferas Superiores,
desce para o cárcere, sofre o insulto da turba ameaçadora, e marcha, humilhado,
para a crucificação. Não transforma, pois, a excelência do estímulo revelador
em desalento para o trabalho natural. Valores imperecíveis não surgem de
imediato. Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma. Se os Espíritos
elevados reaparecem no intercâmbio dos dois círculos de vida, a que nos
ajustamos, é que se inspiram no ministério da caridade e desejam acordar os
homens para mais altas noções de justiça e fraternidade, a fim de que se
fortaleçam e aprimorem, perante a continuidade da vida e da individualidade,
além túmulo... Se você foi chamado às tarefas do oleiro, atenda, quanto
possível, ao enriquecimento íntimo, nos estudos e serviços que a nossa,
Consoladora Doutrina oferece, mas não olvide os tijolos e manilhas, telhas e
vasos que a sua indústria foi convidada a materializar. Institua facilidade e
abundância para que os menos favorecidos de recursos e de inteligência consigam
construir seus ninhos aos quais se abrigam pobres aves humanas, em peregrinação
aflitiva na erraticidade. Esforce-se para que seu nome seja louvado e abençoado
pelos que compram e vendem, pelos que administram e obedecem, convencido de
que, se não devemos esquecer a contemplação das estrelas, não encontraremos o
caminho de acesso a elas se não acendermos alguma lamparina no chão.
Chico Xavier
PS
Quem é amigo?
Amigo
é alguém que está envolvido com os nossos ideais e serve de alavanca para que,
juntos, os realizemos.
Amigo não compete: soma forças e acrescenta.
Amigo é alguém que tem mais ou menos o nosso ritmo e não nos
deixa esperando quando o assunto é importante. Aliás, Amigo sempre sabe o que é
muito importante para nós.
Amigo, quando não concorda ou não aprova alguma atitude que
venhamos a tomar, coloca-se de forma direta, sem rodeios. Ele não some, não
fica emburrado, não faz jogo nem nos dá a retaliação do silêncio indecifrável.
Amigo é alguém que, estando acima de nós, nos ensina com bondade e
estando abaixo de nós, aprende com simplicidade. Amigo é instrutor e aprendiz
simultaneamente.
Amigo entende de diferenças individuais e as respeita, sem,
contudo, traçar linhas divisórias intransponíveis que causam desapontamentos e
bloqueiam a livre expressão da nossa maneira de ser.
Amigo é alguém a quem confiamos
desde uma confidência até um testamento.
É alguém para quem podemos ligar ou procurar a qualquer hora
porque há horas na vida que não podem esperar mais um minuto.
Amigo rejubila-se com a nossa vitória e sabe tornar a nossa
derrota suportável.
Para um Amigo podemos contar os nossos feitos sem que pareça
arrogância ou ostentação e podemos narrar as nossas fraquezas e fracassos sem
que pareça humilhação.
Quem tem um amigo assim pode dizer que encontrou um tesouro.
Os demais não são amigos. São colegas eventuais sem
comprometimento e estes sempre temos às dúzias.
Se você tem ao menos um Amigo, erga as mãos para o céu pela dádiva.
Seja para ele tudo que ele é para você e um pouco mais.
Aos colegas eventuais... a eventualidade.
Ao Amigo verdadeiro, a incondicional Amizade!
Autor desconhecido
PS
PS
Crônica: O Menino do Beco
Ingênuo, pensei que conhecia a
criançada, que não haveria outras surpresas que aguardassem um gentílimo amigo
de estripulias no aprendizado cristão.
Era um sábado, como outro
qualquer, a algazarra da meninada se despedindo, entre gritos, risos, e
peraltices. Agradecemos a Deus por aqueles momentos de convivência com os
pequeninos. No decorrer da semana
recebemos a triste notícia que uma de nossas crianças havia morrido. Mas, como?
Sábado ainda brincamos. Às vezes pensamos que estamos preparados para compreender
a morte, descobri nesse momento, que da morte sei tanto, quanto sei de
quântica. Pensei, onde se encontra meu hagiológio e não o encontrei, só
encontrei inconformismo.
Tomei a resolução de me inteirar
do ocorrido. Resoluto, endereço a mão, Lá fui eu. Meu coração como que em
arritmia fazia-me tremer: - O que dizer aos pais? – Que consolo diante do
inconsolável poderia levar? Chequei ao
beco, de muitas vielas sem nome. Encontrei um aluninho (graças a Deus): - o
senhor por aqui? – estou procurando a casa do Menino do beco. Ah! O menino que
morreu de meningite? Venha. E me levou por um labirinto de vielas até porta do
barraco pintado de verde claro, ironia a cor da esperança.
Agradeci, tomei fôlego, pois,
meus olhos desobedientes teimavam em chorar. Disse a mim mesmo: - Você veio
chorar com a mãe e os irmãos, ou trazer o lírio da paz ao coração dos que
sofrem? Na ruela estreita, onde se andava em fila indiana. Parei em frente à
porta, bati, o irmãozinho e a irmãzinha abriram a porta, entrei, minha visão
discerniu o ambiente, cômodo simples, paredes de madeira, uma mesa rústica,
quatro cadeiras, meio sem jeito perguntei:- cadê a mãe do Menino do beco? Ao
sinal das crianças divisei uma moça no cantinho, ajoelhada diante da imagem de Aparecida,
lentamente me ajoelhei ao seu lado e rezei junto.
As crianças na simplicidade me
disseram: - Ele foi levado de ambulância e morreu no hospital – Os médicos
deram injeção em todo mundo... A mãe com voz embargada me informou: - o enterro
será amanhã cedo no Cemitério São Pedro (gratuito, pertence a prefeitura), a
Secretaria da Saúde vai levar o corpo, fez uma pausa, e com os olhos perdidos
em lembranças continuou: - era um filho carinhoso, cuidava dos irmãos mais
novos, nos meus desentendimentos com seu padrasto, dizia: - Tenha paciência, e
me abraçava e beijava. Eu sempre dizia
filho você é a maior riqueza da mamãe, me olhava e sorria, nunca vou deixar você,
aprendi que nem com a morte a gente deixa quem ama, e saia correndo rindo - Se
existe neste mundo amor perfeito esse era nosso amor. Sempre tive medo de
perdê-lo por uma bala perdida no beco, mas, jamais pensei em perdê-lo por uma
bala perdida do céu...
Gentilmente fez um cafezinho que
saboreamos silenciosamente, levantou-se e olhando a imagem de Aparecida, com
voz de gratidão segurou minha mão: - Deus os abençoe pelo que carinho que
tiveram com a minha riqueza.
No dia seguinte esperando a chegada da urnazinha
mortuária, fui informado pela administração que o caixão viria lacrado devido à
doença de meningite meningocócica, sairia do carro funerário para o enterro.
Argumentei - e consegui o velório por trinta minutos na sala E, com os devidos
paramentos. Inesperadamente foram chegando muitas crianças, seus amiguinhos da
escola, dei a eles um botão de rosa vermelha, e eles como anjinhos,
delicadamente colocavam a rosa sobre o caixão. O caixão ficou coberto por um
manto púrpuro, lembrei do manto de Jesus. Fizemos a prece e fomos ao encontro
dos palmos de terra.
Cova aberta rasa, ao lado várias
cruzes de madeira espaçadas no chão com números romanos de identificação, não
poderia se saber a qual cova pertencia. Providenciamos a lápide e a manutenção
do túmulo de dois anos, após esse período seria removido para o ossário coletivo. Pensativos fomos nos afastando a caminho de nossa
casa.
Na semana seguinte fui visitar o
Menino do beco, as flores já haviam murchado, mas a lápide com a identificação
estava intacta. Removi as flores murchas, e plantei em volta da cova mudas de
amor-perfeito.
No mês seguinte novamente fui
à visita ao Menino do beco, e cismava comigo, sem água as mudas secaram... Caminhando
pela alameda até ao túmulo preocupado com as mudas.
Ao avistar a cova era
inacreditável o amor-perfeito, com as pétalas azuis abertas, enfeitavam a cova
do Menino do beco, e a cova matizada pelo azul das flores parecia um pedacinho
do céu- Por dois anos (finados) visitei o pedacinho
de céu...
Voltei ao beco para visitar seus
familiares, mas, disseram que haviam mudado, e não sabiam onde foram morar.
Mas, eu sabia, onde estava o Menino do beco, e onde ele foi morar...
Dan -18;07/2017
In Memoriam ao menino da Evangelização
In Memoriam ao menino da Evangelização
PS
A Opção é Nossa
— Seguramente,
pois que te aconselham.
525 – a. Exercem essa
influência de outra maneira, além dos
pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a
realização das coisas?
— Sim, mas não agem nunca fora das leis naturais.
pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a
realização das coisas?
— Sim, mas não agem nunca fora das leis naturais.
O Espiritismo não está fundamentado em Jesus, nem nos Espíritos e tampouco em Allan Kardec. O Espiritismo está fundamentado nas Leis Naturais. Os Espíritos nos influenciam quando nossa bitola de pensamentos e atitudes se harmoniza com as deles. Com atitudes e pensamentos nobres alinhados com as leis naturais, é que nos libertamos das influências de energias barônticas. Ás vezes nosso campo vibracional obtuso é o autor de nos colocar na condição em que, nos tornamos títeres dos espíritos.
Podem eles nos influenciar, mas não conseguem agir
fora das leis divinas.
A lei natural é a lei de Deus; é a única necessária à
felicidade do homem; ela indica o que ele deve fazer ou não fazer e ele só se
torna infeliz porque dela se afasta. A lei divina ou natural abrange as leis
físicas, as leis do mundo material, e as leis morais na relação do homem com
Deus e com seu próximo. Mas, vamos nos ater as Leis Morais:
Lei do Trabalho – É uma necessidade. A necessidade é a
consciência de que os falta algo. Não se deve confundir trabalho com emprego.
Lei de Reprodução – Relativo à reencarnação. Mostra a
necessidade de purificação do Espírito.
Lei de Conservação –
Depois da vida, sentimos intuitivamente a necessidade de progredir e
aperfeiçoar.
Lei de Destruição – A destruição é necessária para que novos corpos apareçam
mais inteligentes e mais argutos. É a renovação e melhoria dos seres vivos.
Lei de Sociedade –
Todos os indivíduos têm responsabilidade para com os outros seres humanos. Os
mais fortes devem ajudar os mais fracos; os mais inteligentes, os menos.
Lei de Progresso –
Há uma inexorabilidade. Quer estejamos encarnados ou desencarnados, todos estaremos
sujeitos à lei do progresso.
Lei de Igualdade –
Embora todos os Espíritos tenham partido de um mesmo ponto, uns progrediram
mais do que os outros. A desigualdade refere-se apenas ao mérito.
Lei de Liberdade –
Quanto maior for a obediência à lei de Deus, maior a liberdade dos seres
humanos.
Lei de Justiça, Amor e Caridade –
Resume as leis anteriores.
Deus é o modelo das Leis Morais, Jesus é
o guia das Leis Morais.
Os Espíritos encarnados e desencarnados
estão limitados
as leis naturais. Aqueles encarnados ou desencarnados
que se esforçam em exercer as leis naturais sentirão felicidade e enlevação,
quando se afastam das leis naturais sofrem e são infelizes.
A opção é nossa; exercer as leis morais
e nos libertarmos, ou continuarmos em ser co-agentes de influências e pensamentos
nos tornando em bonifrates, como uma grei de afins.
Deus, não quer que sejamos crianças para
sempre. Quer apenas que cresçamos e caibamos em seu abraço.
Dan
Bibliografia:
(Allan Kardec) - LE - VIII – Influência dos Espíritos sobre os Acontecimentos da Vida
PS
Do Pântano aos Páramos do Infinito
Como qualquer outro condenado
não teve foro privilegiado, as argolas de metal prendem suas mãos ao poste,
limitando seus movimentos. Os insensíveis solados se encontravam, munidos do
flagrum1, outro soldado tem em mãos o ábaco2 para aferir
o número de golpes, neste aparato de soldados há os que se incumbem de
acorrentar o condenado ao poste, e permanece na cena para substituir qualquer
soldado destacado para o esquadrão da angústia. E outro soldado é o supervisor
de qualidade da nefasta tarefa.
O condenado geme as
chicotadas, ininterruptas, os golpes se revezando entre os soldados em macerar
o corpo do condenado.
O número máximo de chicotadas
que um condenado pode receber de conformidade com a lei de Moises é de “quarenta
menos um”, pois assim, o condenado estaria fisicamente destruído, mas ainda vivo.
Flagelado sim, morto não, era o mote. O
condenado gritou de dor durante o castigo, estranhamente não vomitou ou teve
convulsões, como costuma acontecer a outros condenados, desidratado, entrou a
noite em estado de choque, pela perda de sangue.
Com as mãos amarradas à frente
volta cambaleante a prisão, os soldados se divertem à sua maneira com aquele
prisioneiro tão especial. O condenado em silêncio tudo suporta. Os soldados
fazem de um caniço um cetro e o ajeitam nas mãos do condenado, debochando do
intitulado rei. Nenhuma piedade aflorou deles.
No auge do desatino preparam a
coroa de rhammus nabeca para coroar o rei. Alguns o agridem com socos, cuspes,
e finalmente o coroam. E enterram a grinalda na sua fronte.
O rei do pântano determina que
quer ver o condenado. O prisioneiro é levado à frente dos sacerdotes. O rei do
pântano grita: - Eis o rei de vocês!
- Mata! Crucifica-o! – respondem os sacerdotes em
uníssimo. Não temos rei, nosso rei é o pântano!
- Que crime ele cometeu? Diz o
rei do pântano.
- Crucificai-o! Respondem os
aduladores do pântano. O rei do pântano
lava as mãos... O condenado é levado ao Gólgota5.
No auge do estertor declama
lamuriante: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
Foi condenado e morto por
ensinar amor e as bem-aventuranças aos que desejam viver longe do pântano.
Pena maior foi estabelecida
pelos sacerdotes que dominavam o pântano ao não aceitaram um simples
ensinamento do condenado: - Aspirais em ser ricos? Então não vos preocupeis em
aumentar vossos bens, mas sim em diminuir vossa ganância.
O condenado emergiu do
pântano, e sua luz resplandecente nos páramos do infinito iluminou o mundo. E o
pântano jamais foi o mesmo... Que o pântano
da ignorância, desamor, indiferença, crueldade e ambição sejam abençoadas pela
luz resplandecente do infinito amor Jesus.
Dan
PS
O Bandoleiro
Dinheirama.
Animado. Astuto.
Esticado na rede em
balanço, o bandoleiro era só suspiro.
- Isso me esfalfa
demais; Céu e Sol...
Sua bela mansão era
pintura.
- Aqui ninguém me
incomoda.
O tempo livre não
acabava nunca.
- Desde que deixei
a taipa de sebe...
Recolhido vivia uma
vida secreta.
Mesmo assim, sentia
que algo o perseguia.
Apareceu um doutor
bem-vestido.
Alto. Barba bem
aparada.
- Desculpe
incomodar, mas... Vim te buscar.
O bandoleiro tirou
os óculos escuros.
- Quem é o Senhor? - Daqui só o diabo me tira.
As algemas em fogo
apareceram, o doutor todo vermelho.
Apontou o
tridente: - O senhor fez malvadeza demais.
- O senhor me segue
por bem ou a força?
Ele jura inocência.
Fora do corpo, o
sol é para todos e o céu é para poucos.
Espírito José
Grosso
Recebido por Dan em
26/06/2017PS
Caridade sempre
Caridade sempre:
Não fazer chorar, os que nos fazem chorar;
Compreender a própria inferioridade e não
exigir dos outros, o que ainda não somos,
Descobrir o bem que existe no irmão em luta,
nas provas que lhe ferem a alma;
Enviar pensamentos de paz para todos;
Comover-se com o sofrimento e sofrer com os que
sofrem;
Sermos agentes de felicidade aos nossos
semelhantes;
Servir de instrumento de alegria aos tristes;
É a ação das mãos levantando os caídos;
É acima de tudo seguir Jesus, amando,
perdoando, aqueles que não pensam como nós;
É a glorificação com que serás recebido na vida
verdadeira;
Viva sob o manto da caridade-amor, e ele nos
aquecerá onde estivermos;
Caridade não é palavra vã, é o sentimento de Deus
no mundo;
Tolerando mais aos outros do que a nós; E,
assim, juntos estaremos no Reino de nosso Pai celestial.
Queridos irmãos, muita paz.
Fabiano
(recebido na quarta-feira dia 08/07/2020 ás 21h00min por ocasião
da reunião do Evangelho-irradiação súplica ao mundo. Neste momento muitos
irmãos do Grupo Lauro estavam reunidos em seus lares no mesmo objetivo).
dan
Solidão
Solidão não é o sentimento de perda de entes queridos que se foram e a gente não sabe quando vai voltar. Isso gente, é saudade.
Solidão não é o retiro em que voluntariamente eu procuro pra realinhar meus pensamentos. Isso gente, é equilíbrio.
Tampouco o claustro involuntário e compulsório em que a natureza nos coloca pra nós podermos refletir e reavaliarmos nossa vida. Isso gente, é o ato da natureza.
Solidão, na verdade, é quando perdemos a nossa maior e melhor amiga, a mais forte e leal amiga. Solidão é quando nós perdemos essa amiga de todas as horas.
Solidão é quando nós não nos encontramos com a nossa própria alma. Isso é solidão, e a nossa alma perdida desaparece no habitante de nossa verdade, de nossos pensamentos.
Solidão, meus caros companheiros, é retermos em nós valores de nossa própria alma, porque o restante são carências, equilíbrio, leis da natureza. Pensem nisso!
Transmitido por psicofonia pelo espírito José Grosso, em resposta a pergunta de um assistente na reunião.
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