Celebrando o Natal



Quando estiveres celebrando o natalício do Messias recorda que Ele deixou-se imolar para que todos tenham vida, e a tenham em abundância.
O banquete proteico fortalece o corpo sólido, o licor estupefaciente satura a sensibilidade pensante em projeções desconexas de euforia ou de melancolia.
O corpo é uma benção a ser reverenciado a todo respirar. Cuida-o - cuidando do corpo cuidarás da conexão com tua própria alma. A alma é a inquilina na transitória morada corpo.
Celebrando o natalício do Messias lembre-se que Ele deixou o corpo no madeiro afrontoso, dediquemos a Ele os sentimentos de alma para alma:
No amor incondicional,
No acolhimento indistintamente,
No lenitivo aos prantos anônimos,
No brilhar do sorriso na sombra da tristeza,
No clamor em prece no chão da marquise,
No cobertor aos que tem o relento como cobertura,
No leito de agonia e dor, o lenitivo de um pensamento,
No coração transfigurado, subjugue a si mesmo,
Repleto do amor do aniversariante a nossa sintonia estará Nele e Ele estará em nós.

Espírito Fabiano
19/12/2017 – 02h30min – Dan

PS

O Passe

Todo o encanto dos ensinos espíritas, oriundo da fé racional considerando o potencial do magnetismo pelo passe, desaparece ante as ginásticas pedantes e caricatas de tratamentos “espirituais” ultimamente praticados em algumas instituições espíritas mal administradas.

Dos muitos disparates que já ouvi nas hostes espíritas de Brasília, um deles é que a aplicação do passe quando “concentrado” (concentrado???….!!!) e muito demorado pode causar “congestionamento fluídico” (congestionamento fluídico???…!!!) e com isso o assistido pode se sentir mal (sentir mal???…!!!) Acredite se puder!
Ora, na aplicação do passe oferecido numa casa espírita bem dirigida, os Benfeitores manipulam e espargem os fluidos exatamente na quantidade necessária para cada assistido, nem mais, nem menos. Nunca em excesso.
O passe não poderá, em tempo algum, ser aplicado com movimentos bruscos, com malabarismos manuais, estalos de dedos, cânticos estranhos e, muito menos ainda, com passistas incorporados com “aconselhamentos” para o assistido.
Por conseguinte, na aplicação do passe não se fazem necessários a gesticulação violenta, a respiração ofegante ou o bocejo contínuo, e que também não há necessidade de tocar o assistido. A transmissão do passe dispensa qualquer recurso espetacular.
São ridículas as encenações preparatórias com as mãos erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente, para “melhor assimilação” fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a livre passagem dos fluidos, e assim por diante – só servem para achincalhar o passe, o passista e o paciente.
A transfusão sanguínea promove a renovação das forças biológicas. O passe é transfusão de energia psíquica e magnética. A diferença é que os recursos sanguíneos são extraídos de um reservatório limitado, mas os elementos psíquicos são retirados do reservatório interminável das forças espirituais.
A transfusão ocorre através do períspirito, órgão sensitivo do Espírito, que interage de forma profunda com o corpo biológico, razão pela qual as energias psíquicas, transmitidas pelo passe e recebidas inicialmente pelos “centros de força”, alcançam o corpo físico através dos “plexos”, proporcionando a renovação das células enfermiças. As energias psíquicas poderão ser espirituais, considerando o magnetismo advindo dos desencarnados que participam dos processos, e fluidos humanos, através do magnetismo animal pertencente aos passistas encarnados.
O passe é prece, concentração e doação. A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. Por ela, consegue o passista duas coisas importantes: primeiro, expulsar da mente os sombrios pensamentos remanescentes da atividade comum das lutas materiais diárias; segundo, sorver do plano espiritual as substâncias renovadoras a fim de conseguir operar com eficiência em favor do próximo.
Por questão de bom senso, o passe deverá sempre ser ministrado de modo silencioso, com simplicidade e naturalidade. Todo o potencial e toda a eficácia do passe genuinamente espírita dependem do espírito e da assistência espiritual do passista e não apenas do passista. Jesus utilizou o passe “impondo as mãos” sobre os enfermos, a fim de beneficiá-los. E ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram largamente nos tempos apostólicos.
Vale relembrar aqui que apesar dos estranhos passistas que criam confusões ao aplicarem o passe, reconhecemos que muitos encarnados e desencarnados são beneficiados pela transfusão dos fluidos psíquicos, pois sabemos que é manifestação do amor de Deus, esse sentimento sublime que abarca a todos e os alivia.
Importa-nos lembrar, porém, um pensamento de Chico Xavier: o passe, tal como terapia, não modifica necessariamente as coisas, para nós, mas pode modificar-nos a nós em relação às coisas.



Jorge Hessen

PS

O Presente do Lauro


Entrega dos presentes de Natal, emoldurado pela alegria das crianças. 



Fotos





PS

Reclamações e Vitimismo











Por Marco Milani *
           
Reclamar é uma atitude humana. Alguns reclamam mais, outros menos. Alguns com razão aos olhos do próximo, outros com razão somente aos próprios olhos.
Ao nos manifestarmos sobre o que acreditamos ser necessário e correto, exercemos o livre-arbítrio e buscamos o aprimoramento de determinado contexto, entretanto, nem sempre o que reivindicamos guarda relação com a justiça e com a verdade. Em nosso acanhado nível evolutivo, não é raro observarmos o orgulho e o egoísmo motivarem essas manifestações.
Uma forma orgulhosa e imatura de posicionamento é culpar terceiros pela situação em que o reclamante se encontra. Os outros seriam os responsáveis diretos pelas infelicidades e desconfortos percebidos. Se não fossem aquelas pessoas, tudo seria diferente...
O centro espírita não está imune desses comportamentos, pois não é o rótulo que determina o comportamento dos frequentadores.
Podemos encontrar queixosos recorrentes que alegam ser vítimas de dirigentes, por não terem suas ideias e propostas revolucionárias acatadas na casa espírita. Algumas queixas podem ser justas e outras não.
Muitos reclamantes se consideram perseguidos e vítimas das circunstâncias por não terem todos os seus desejos satisfeitos.
Alguns potencializam suas queixas nas redes sociais, tentando cooptar simpatizantes em causa própria. Acusam dirigentes de entidades espíritas de impedirem o desenvolvimento do espiritismo no Brasil e no mundo, por não lhes oferecer a tribuna para se apresentarem ou por não obterem espaços privilegiados em eventos para venderem os seus livros.
Mas críticas a dirigentes existem desde os primórdios do espiritismo, pois Kardec mesmo foi chamado de centralizador e acusado por adeptos místicos de impedir que 'novos ensinamentos', obtidos sem qualquer critério metodológico sério fossem inseridos no corpo doutrinário. Um desses queixosos foi o advogado Jean-Baptiste Roustaing, que afirmava ter recebido 'novas revelações', mas como se mostravam bem distante do bom senso e da coerência doutrinária foram justificadamente rejeitadas por Kardec.
Nos dias de hoje, basta um clique para se fazer circular eletronicamente textos elaborados com as mais variadas intenções, sendo cômodo para algumas pessoas simplesmente se afirmarem vítimas injustiçadas de malvados dirigentes de centros espíritas, que tolhem suas maravilhosas iniciativas. Servindo-se do discurso acusatório atual, Roustaing chamaria Kardec de conservador, retrógrado, reacionário e outros adjetivos da moda.
Certamente, todos erram e podem melhorar. Portanto, o diálogo respeitoso e racional sempre será o melhor caminho para os esclarecimentos necessários às partes envolvidas em divergências de ideias. As conquistas morais, entretanto, não são obtidas por reclamações ou vitimismo, mas por trabalho e mérito.

*Economista e professor da Unicamp. Diretor do Departamento do Livro da USE Regional SP.

Publicado no Jornal Correio Fraterno – Edição 477 setembro/outubro 2017.


PS

Crianças do Irmão Lauro na Sitiolândia



Passeio das crianças na Sitiolândia – 02/12/2017








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