A CURA ESPIRITUAL
Dr Marlene Nobre - sexta-feira, 12 de junho de 2015
1. A PRINCIPAL FINALIDADE DO
ESPIRITISMO É “CURAR” O ESPÍRITO –
O Espiritismo não tem como
finalidade principal urgente a cura das doenças do corpo. Embora, sem alarde,
coopere nesse setor de ordem humana, o seu objetivo relevante é ensinar, é
orientar o espírito, no sentido de libertar-se de seus recalques ou instintos
inferiores até alcançar a“saúde moral” da angelitude. Por conseguinte, não
pretende competir deliberadamente com a medicina do mundo, conforme pressupõe
alguns médiuns e neófitos espíritas. Se esse objetivo fosse o essencial, então,
os mentores que orientaram Allan Kardec na codificação da doutrina espírita
certamente ter-lhe-iam indicado todos os recursos e métodos técnicos que
assegurassem aos médiuns seguro êxito terapêutico no combate às doenças que
afetam a humanidade.
2. OS ESPÍRITOS INSPIRAM E
COOPERAM, SEM A INTENÇÃO DE DEPRIMIR A PROFISSÃO DOS MÉDICOS
O Alto inspira e coopera nas
atividades terapêuticas utilizando os médiuns, mas sem qualquer intenção de
deprimir ou enfraquecer a nobre profissão dos médicos, cujos direitos
acadêmicos devem prevalecer acima da atuação dos leigos . Embora os espíritos
benfeitores auxiliem por intuição os médicos dignos e piedosos, que se devotam
a curar o ser humano, deveis considerar que os profissionais da Medicina também
constituem uma legião de missionários dos mais úteis à humanidade. Mesmo
porque, tais cientistas, além das suas funções comuns, ainda se dedicam a
pesquisar elementos terapêuticos que vençam as moléstias rebeldes, de
consequências fatais. Eis porque o Espiritismo não é destinado a concorrer com
os médicos terrícolas, nem tem a pretensão de sobrepor-se sua capacidade
profissional.
3. AS CURAS OBTIDAS POR
INTERMÉDIO DA MEDIUNIDADE DE CURA TEM POR OBJETIVO PRINCIPAL CHAMAR A ATENÇÃO
DO ENFERMO
O alívio, o reajuste físico ou as
curas conseguidas por intermédio da faculdade mediúnica, têm por objetivo
principal sacudir o ateísmo do enfermo, despertando-lhe o entendimento para os
ensinamentos da vida espiritual. CENTRO ESPÍRITA – HOSPITAL DE ALMAS
4. CENTRO ESPÍRITA ALÉM DE ESCOLA
TRATA DA ALMA
Nós os Espíritas, aceitamos, sem
laivos de dúvidas, que o Centro Espírita, além de escola onde aprendemos o
mecanismo da vida desvendado pela Codificação Kardequiana, é, também, hospital
onde “as feridas do sentimento encontram medicação e todas as inquietudes
recebem repouso”. Quando transformados em hospital de almas, o Centro Espírita
ministra passes; oferece água fluidificada; favorece a desobsessão; abre canais
de ajuda espiritual pela força da prece e do esclarecimento; revigora a
esperança pela veiculação das promessas de Jesus e torna a fé inabalável com os
alicerces racionais que a Nova Luz outorga a quem deseje, para a reconstrução
de uma nova vida.
5. HOSPITAIS TRATAM O CORPO O
ESPIRITISMO A ALMA
Os hospitais do mundo, atendendo
a sua missão, estão preocupados, apenas com o corpo. O objetivo da Casa
Espírita é o de corrigir as mazelas do espírito. Infelizmente a cirurgia
mediúnica, está mais na moda do que o estudo da Doutrina. Há uma verdadeira
febre antidoutrinária em razão da busca da saúde, como o uso rituais, imagens
ou roupas especiais nas sessões de fluidoterapia, que comprometem a pureza e a
simplicidade da prática do Espiritismo.
6. O ESPIRITISMO NÃO VEIO
COMPETIR COM A CIÊNCIA
Divaldo Pereira Franco em
Diretrizes de Segurança, nos recomenda: “Não devemos trazer para o Espiritismo
o que pertence aos outros ramos do conhecimento. A missão de curar é do médico.
O Espiritismo Não veio competir com a ciência médica. Não devemos pretender
transformar a Casa Espírita em nosso consultório médico”.
Esta recomendação nos conduz a concluir que o Centro Espírita é um hospital para
a alma Não para o corpo. A cura deste poderá vir por consequência, pois Não
desconhecemos as origens das doenças que nos afligem… Se a finalidade do
hospital é curar o doente, quando esta cura acontece, o hospital alcançou o seu
fim. Aí o paciente recebe alta e vai embora agradecendo a Deus Não ser preciso
lá continuar. Já no Centro Espírita tal Não deve acontecer.
7. A FUNÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA É
ESCLARECER
A cura do mal físico ou
espiritual deverá dar ao paciente motivo e condições para que na Casa permaneça,
na busca de entender as razões pelas quais a doença o trouxe até ali e o porquê
da cura. Nesta linha de raciocínio, compete aos espíritas compreender a missão
verdadeira da Doutrina e a função real do Centro. Aquela é chamada com
propriedade, de “Consoladora”, destinada à reforma íntima do homem; a este
devemos dar o epíteto de “Célula Moderna do Cristianismo”, com a tarefa de
interpretar a essência dos ensinamentos evangélicos à luz do Espiritismo, e
divulgá-los ao mundo inteiro,viabilizando a implantação do reino de amor e
fraternidade. Não é o objetivo do Espiritismo remendar corpos; antes, sim,
cuidar de almas.
8. A PRINCIPAL FINALIDADE DO
ESPIRITISMO É “CURAR” O ESPÍRITO
Quando Jesus curava os doentes
que iam ao seu encontro, o seu objetivo era curar os corpos para,
indiretamente, despertar ou “curar” as almas. E a mediunidade de cura tem,
igualmente, essa finalidade. Muitos médicos, embora inconscientes do fenômeno,
agem também como “médiuns”. A mediunidade de cura mediante o Espiritismo, em sua
profundidade, é uma cooperação do objetivo crístico, condicionada a
evangelização do homem. Nosso intuito é esclarecer quanto ao lamentável
equívoco de muitos adeptos espíritas confundirem a finalidade precípua do
Espiritismo, que é a de “curar o espírito enfermo”, e não a de estabelecer-se
na Terra, uma única organização mundial de assistência médica, de caráter
espírita, destinada a cuidar, essencialmente, da saúde do corpo de seus
habitantes.
9. HÁ MÉDICOS MAIS BEM ASSISTIDOS
QUE MUITOS MÉDIUNS DE CURA
Infelizmente, certas criaturas
mercenárias ainda usam a sua faculdade mediúnica como para os negócios escusos,
aliando a prática da caridade na seara espírita com a remuneração fácil da
moeda do mundo!
10. MUITOS MÉDICOS ALEGAM QUE A
CURA ESPIRITUAL É INTROMISSÃO DESLEAL QUE AFETA A SUA ESFERA PROFISSIONAL
Desde que a medicina acadêmica
ainda não consegue curar todas as enfermidades do corpo físico e se mostra
incapacitada para solucionar as doenças psíquicas de origem obsessiva, é
evidente que os médicos não podem censurar os esforços do curandeirismo
mediúnico, que tenta suprir as próprias deficiências médicas no tratamento das
moléstias espirituais. A medicina oficial, malgrado o seu protesto à intrusão
do médium ou do curandeiro na sua área do profissional, fracassa diante dos
casos de obsessões, quando pretende tratá-los de modo diferente da técnica
tradicional adotadas pelos espíritas e médiuns. O médico ou o médium
transformam-se em instrumentos abençoados, quando junto aos enfermos
preocupam-se mais em aliviá-los de sua dor, do que auferir qualquer vantagem
material. Em consequência, o médico também pode desempenhar junto aos enfermos
as funções de médium e atender às intenções dos espíritos benfeitores, caso
seja uma criatura afetiva, sensível, e mais um sacerdote do que um homem de
negócio.
11. AS CURAS ESPIRITUAIS TEM A
FINALIDADE DE DESPERTAR E ATRAIR PARA O ESPIRITISMO AQUELES QUE SE ENCONTRAM
AINDA COM SUA MENTE DISTANTE DE ENTENDER O LADO ESPIRITUAL
Repetimos novamente, que as curas
espíritas incomuns despertam e atraem para o Espiritismo os homens ateus,
médicos ortodoxos, religiosos dogmáticos e até os indiferentes, que depois de
abalados em sua velha atitude mental não podem deixar de respeitar e mesmo
interessar-se pelos ensinamentos valiosos da vida imortal. Muitas criaturas,
depois de exaustas da sua vida “via-crucis” pelos consultórios médicos,
hospitais cirúrgicos ou pelas estações terapêuticas, já decepcionados e
descrentes das chapas radiográficas,dos eletro-cardiogramas, da radioterapia,
da encelografia, ou mutilados pela cirurgia, aceitam incondicionalmente os
princípios morais e espirituais do espiritismo, depois de cura dos
extraordinariamente pela água fluidificada, pelos passes mediúnicos ou
medicamentos receitados pelos espíritos desencarnados.
12. O BEM DAS CURAS ESPIRITUAIS
SUPERA OS EQUÍVOCOS DO MEDIUNISMO
Embora o Espiritismo não seja um
movimento com o intuito de competir com a medicina oficial, ele corresponde, no
entanto, à promessa abençoada do Cristo, quando prometeu o envio do Consolador
no momento oportuno para curar os enfermos de espírito, embora isso os homens
ainda devam conseguir atraídos primeiramente pela cura do corpo físico. Embora
nem todos os familiares dos enfermos beneficiados simpatizam, de início, com os
preceitos espiríticos, muitas vezes, os mais sensíveis terminam aceitando a
tese da reencarnação e a ação cármica da Lei de Causa e efeito que rege os
destinos da alma em prova educativa na matéria. Eis os motivos por que os
mentores espirituais ainda endossam o receituário mediúnico sob o patrocínio do
Espiritismo, apesar das receitas inócuas, esdrúxulas ou completamente
anímicas,produto da precipitação, ignorância ou puro animismo dos incipientes.
O bem espiritual já conseguido no serviço benfeitor do receituário mediúnico
sob a égide espírita, supera satisfatoriamente os equívocos e as imprudências
de um mediunismo de urgência, mais preocupado pela cura do corpo físico, do que
mesmo com a saúde do espírito imortal.
13. OS HOMENS AINDA NÃO FAZEM JUS
À SAÚDE FÍSICA ABSOLUTA
Na realidade, os homens ainda não
fazem jus à saúde física em absoluto, ante o desvio psíquico que exercem sobre
si mesmos, no trato das paixões e dos vícios perniciosos que perturbam a
contextura delicada do perispírito.
14. SÃO CURADAS AS PESSOAS QUE
ESTÃO COM SUAS PROVAS CÁRMICAS TERMINADAS
As pessoas de melhor graduação
espiritual, ou que se encontram no fim de suas provas cármicas dolorosas pelo
sofrimentos ou vicissitudes morais já sofridas nas vidas anteriores, realmente
são eletivas e beneficiadas pela homeopatia, irradiações fluídicas, passes
mediúnicos ou água fluidificada, dispensando a medicina cruciante das reações
tóxicas. Eis por que há tanta decepção e variedade quanto ao êxito do
tratamento dos homens, na Terra, pois a terapêutica salvadora de determinada
criatura é completamente inócua aplicada a outro enfermo nas mesmas condições
físicas.
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