Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de Finados ou Dia dos Mortos é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.
"Descanse em Paz" |
O homem é
um ser complexo. Nele se combinam três elementos para formar uma unidade viva,
a saber:
O corpo, envoltório
material temporário, que abandonamos na morte como vestuário usado;
O perispírito, invólucro
fluídico permanente, invisível aos nossos sentidos naturais, que acompanha a
alma em sua evolução infinita, e com ela se melhora e purifica;
A alma, princípio
inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
A alma, desprendida do
corpo material e revestida do seu invólucro sutil, constitui o Espírito, ser
fluídico, de forma humana, liberto das necessidades terrestres, invisível e
impalpável em seu estado normal. O Espírito não é mais que um homem desencarnado.
Todos tornaremos a ser Espíritos. A morte restitui-nos à vida do espaço.
Que se passa no momento da
morte?
Como se desprende o
Espírito da sua prisão material?
Que impressões, que
sensações o esperam nessa ocasião temerosa?
É isso o que interessa a todos
conhecer, porque todos cumprem essa jornada. A vida foge-nos a todo instante:
nenhum de nós escapará a morte.
Deixando sua residência
corpórea, o Espírito purificado pela dor e pelo sofrimento, vê sua existência
passada recuar, afastar-se pouco a pouco com seus amargores e ilusões; depois,
dissipar-se como as brumas que a aurora encontra estendidas sobre o solo e que
a claridade do dia faz desaparecer. O Espírito acha-se, então, como que
suspenso entre duas sensações: a das coisas materiais que se apagam e a da vida
nova que se lhe desenha à frente. Entrevê essa vida como através de um véu,
cheia de encanto misterioso, temida e desejada ao mesmo tempo. Após, expande-se
a luz, não mais a luz solar que nos é conhecida, porém uma luz espiritual,
radiante, por toda parte disseminada.
Pouco a pouco o inunda,
penetra-o, e, com ela, um tanto de vigor, de remoçamento e de serenidade. O
Espírito mergulha nesse banho reparador. Aí se despoja de suas incertezas e de
seus temores. Depois, seu olhar destaca-se da Terra, dos seres lacrimosos que
cercam seu leito mortuário, e dirige-se para as alturas. Divisa os céus imensos
e outros seres amados, amigos de outrora, mais jovens, mais vivos, mais belos
que vêm recebê-lo, guiá-lo no seio dos espaços. Com eles caminha e sobe às
regiões etéreas que seu grau de depuração permite atingir. Cessa, então, sua
perturbação, despertam faculdades novas, começa o seu destino feliz.
A entrada em uma vida nova
traz impressões tão variadas quanto o permite a posição moral dos Espíritos.
Autor: Léon Denis
“Nascer, morrer, renascer
ainda e progredir sempre, tal é a lei”.
Autor: Léon Denis
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