A prática mediúnica deve ser gratuita,
como orienta o princípio do Evangelho Segundo o Espiritismo que reflete o pensamento
de Jesus: “Daí de graça o que de graça recebestes”
Em mediunidade, o agente ativo é
o espírito comunicante e o agente passivo é o médium.
É comum, em reuniões mediúnicas o
dirigente responsável pedir passividade ao médium, ou seja, submeter-se a ação
do espírito, benfeitor ou não. A passividade mental possibilita autenticidade
ao fenômeno. Diferentemente a atividade mental pode propiciar animismo. A
passividade ideal compreende conhecimento e disciplina, anulando hesitações e
interferências.
O componente moral é indispensável,
por sabermos que o controle das comunicações passa pelos valores íntimos do
médium. Quanto mais aperfeiçoamento moral, abnegação, domínio das técnicas mediúnicas,
desinteresse por resultados e obstinação em servir, mais reais e construtivos
serão os resultados.
Os espíritos em desequilíbrio
assim serão contidos para o esclarecimento desejado e os benfeitores com no
nosso magnetismo enobrecido operarão, como o oleiro molda o vaso perfeito na
docilidade do barro que se oferece para obra de arte.
Vale ainda considerar que o
médium não deve ser endeusado. A mediunidade não é mágica, não é sobrenatural,
não é milagrosa, muito menos castigo ou punição como afirmam alguns. Ela é
acima de tudo uma ferramenta de trabalho, de serviço ao próximo. A ignorância dos
seus reais objetivos tem gerado um perigoso fenômeno na comunidade espírita e
não espírita, que é a promoção dos médiuns á categoria de pessoas especiais.
Essa ocorrência é comum quando se tratam dos médiuns curadores (efeitos
especiais), que acabam sendo guindados á condição de superstars. A mediunidade
não pode se reduzir a um balcão de atendimento para a solução de problemas
imediatos. A mediunidade de efeitos intelectuais, relegada por vezes a um
segundo plano, é sem dúvida a mais útil para o nosso processo de crescimento,
pois possibilita verdadeiramente o intercâmbio superior e o acúmulo de
conhecimentos nobres.
Nessa linha sugerimos o estudo
dos livros “Desobsessão”, “Nos Domínios da Mediunidade” todos de autoria de
André Luiz pelas mãos fiéis de Chico Xavier.
“Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que
fazes dela”
Seara dos médiuns- Emmanuel
Grupo
Lauro – Extraído da Revista O Espírita – Set/dezembro 2018
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