Segundo Scheilla, este foi o
comandante ideal; conciso nas palavras, objetivo, seguro e muito respeitado por
outros espíritos que lhe dedicavam grande admiração.
Os discos se acham dispostos ao
lado da "vitrola" e, intuitivamente, naquela reunião, são encabeçados
pela terceira Sinfonia de Beethoven.
Os primeiros acordes da
"Eroica" envolvem e transportam os assistentes para a alta esfera,
onde imperam os sentimentos elevados.
Joseph se apresenta
materializado, trazendo em sua mão uma espécie de "lanterna", a
espargir luz, de suave azul, iluminando todo o recinto.
Passa a falar de sua sintonia
com a melodia, que ficou indelevelmente ligada ao seu psiquismo...
De acordo com a crítica musical
da época, Beethoven pretende batizar a Sinfonia de "Bonaparte".
Napoleão, para muitas figuras da época, entre elas Goethe e Hegel, seria a
encarnação da grande personalidade que é chamada a mudar o curso da história
mundial, para fazer triunfar os ideais da Revolução Francesa.
Mas quando chega à Viena, a
notícia de que Napoleão fizera-se proclamar imperador, Beethoven, fortemente indignado,
corta o nome dele do título da sinfonia. O missionário da liberdade se
transforma em um reles aventureiro, a envergar o manto das vaidades terrenas.
Nas palavras de Beethoven, Napoleão teria "golpeado todos os direitos
humanos e ter-se-ia tornado um tirano". É nessa altura da melodia que o
compositor muda o curso da Sinfonia ao ver o ídolo caído e, com a Marcha
Fúnebre, enterra o sonho desfeito...
Prosseguindo em suas dolorosas
lembranças, Joseph Gleber recorda que chefiava o grupo que elaborava os estudos
para o projeto da fabricação da bomba atômica alemã.
Marca-se a data solene para a
entrega oficial dos planos.
Através do sono físico, em
desprendimento, vê-se na presença de entidades espirituais, velhos e queridos
protetores que acorrem solícitos em seu socorro, lembrando-lhe dos compromissos
assumidos com o "Mais Alto", os quais seriam fracassados com a
entrega programada, colocando à disposição do poder, da melancolia e do ódio
destruidor arma tão mortífera!
Ao despertar, em pleno uso de
seu livre arbítrio, decide incinerar o trabalho que lhe roubou horas de sono e
descanso, num trabalho de infindáveis e fatigantes meses.
Rememora os momentos de grande
ansiedade vividos no salão festivo, quando os olhares das personalidades
presentes se voltam, em enorme expectativa, para a sua tão aguardada exposição.
Qual o choque dos comandados por Hitler quando, desapontando a todos, anuncia
que tomara a decisão de destruir o cobiçado trabalho! Muitos dos presentes
tomam sua afirmativa como insana e inoportuna brincadeira, esboçando esgares de
risos nervosos. Quando se certificam de sua inabalável decisão e seriedade,
apelam para o seu bom senso e responsabilidade, oferecendo-lhe vantagens
materiais.
Tudo debalde! Chega a vez das
ameaças de morte por traição, acompanhadas de martírios sofridos pelas torturas
com instrumentos medievais.
É ao som da terceira Sinfonia de
Beethoven que seu corpo, cansado, sucumbe e o luminar espírito se desprende, ao
som da Marcha Fúnebre...
Durante as duas horas do
comovente relato, copiosas lágrimas embaciaram os olhos dos presentes, envoltos
pela emoção.
O azul acariciante de sua
"lanterna" se fez aumentar, como se quisesse agradecer a
solidariedade dos ouvintes ao coração sofrido do mártir, liberto para Jesus.
Foi assim que Jair e demais
companheiros, envolvidos pela emoção, conheceram o Joseph ternura, criatura
sensível, abnegada que, podendo hoje, pelo seu merecimento, desfrutar dos
Mundos Superiores, continua conosco, a orientar e espargir suas balsâmicas
vibrações a todos nós, seres necessitados.
Grupo Lauro
Fui operado (em cirurgia mediúnica) por Joseph Gleber há 4 anos e só tenho a agradecê-lo e ao Templo Espírita Tupyara. Graças a Deus! Obrigado.
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