Filomena |
Por
volta do ano de 1.998, apresentou-se em nossas reuniões um espírito, sensível,
bondoso e repleto de emoção. Manifestou-se pela psicofonia e psicografia. Em
uma de suas presenças pela psicografia escreveu e revelou no acróstico:
A mor era
minha razão na região que vivi.
B ondade
lá eu aprendi.
C
aridade me permitiu hoje estar aqui.
Na ocasião, o então "colaborador do mediúnico" (entre aspas), que
havia residido em São Bernardo Campo, em São Paulo, entrou em contato com os
confrades de lá, e identificou amigos e parentes do Espírito Filomena. O fato é
que no ano de 2.000, em determinada reunião, de surpresa organizada pelo Diretor
Mediúnico, compareceram vários amigos e parentes, ávidos de “reverem” Filomena.
Curiosamente, registramos a presença do espírito em grande comoção, de forma,
que sua presença pela psicofonia ou psicografia não foi possível, e a vimos
sendo conduzida pelo Benfeitor Espiritual José Grosso.
Todos ficaram frustrados e decepcionados, e
pensamentos se plasmaram: O médium não está em condições... Nesse dia recordei
o Livro dos Médiuns, na questão, 275. Entre as
causas que podem opor-se à manifestação de um Espírito, umas estão nele mesmo e
outras lhe são estranhas. Devemos colocar entre as primeiras as suas ocupações
ou as missões que desempenha, das quais não pode se afastar para atender aos
nossos desejos.
Filomena escreveu várias mensagens e algumas
delas estão Livreto Diálogos de Luz e continua a participar nas reuniões.
Ao final da reunião, os seus amigos e
parentes, nos ofertam como presente sua foto e biografia, a qual a transcrevemos
na intriga elaborados pela sua filha IARA.
“Filomena
Rocha Cassilhas nasceu na cidade de São Paulo, no bairro de Pinheiros, em 02 de
novembro de 1927, e desencarnou em 05 de fevereiro de 1980, aos 52 anos na
cidade de São Bernardo do Campo, onde residia desde 1950.
Filha
de imigrantes portugueses, Manoel Rocha e Perpétua Mendes Rocha, nasceu em
berço espírita kardecista.
Filomena
R. Cassilhas, de origem humilde, teve pouca oportunidade para cumprir o estudo
básico. No entanto, seu prazer por aquisição de conhecimento era latente.
Casou-se
aos 20 anos, com Manoel Cassilhas, filho de imigrantes espanhóis, dando a luz à
Maria Cecilia Casilhas e Iara Silvia Cassilhas.
Autodidata,
era portadora de grande cultura, provavelmente, acumulada em sua bagagem
evolutiva.
Era-lhe
própria grande fonte de inspiração, onde compunha poemas e escrevia crônicas.
Devido
a essa facilidade com as letras e a comunicação em geral, chegou a exercer
atividades na radio local de sua cidade, com um programa feminino diário.
Colaborou
também com um pequeno jornal da cidade, escrevendo artigos semanais sobre
assuntos da atualidade.
Portadora
de profundo senso crítico e justo, era reconhecida e procurada pelas pessoas do
bairro onde morava, para fazer por elas reivindicações de ordem social e
política.
Tornou-se
conhecida junto aos órgãos públicos, sendo não raro em sua residência a visita
regular do prefeito da cidade e vereadores, devido a sua forte influência uma
faixa da população.
Participou
ativamente durante muitos anos do Grupo de Fraternidade João Ramalho, exercendo
a tarefa da mediunidade, junto às salas de passes, exposição de tribuna e
também a responsabilidade do Departamento Social.
Demonstrava
grande facilidade para a psicografia.
Observadora
que era, e baseada na Reforma Íntima de sua irmã Conceição Rocha, compôs o
seguinte poema em vida intitulado:
Inspiração
E dificando um templo do
Saber
S obre as bases do Amor
e Perdão
C aminhando na trilha do
Dever
O nde a Justiça é a
maior razão,
L evando as almas a
compreender
A verdade pregada e que
não foi em vão;
D emostrando que apenas
pelo Amor
E pela caridade verdadeira
A lcançamos a essência
da mensagem
P regada pelo Mestre ao
mundo inteiro;
R enunciando ao nosso
próprio bem
E m benefício de algum
irmão
N Ada esperando, em
troca, de ninguém
D ando somente, sem
retribuição;
I gnorando glórias e
grandezas,
Z ombando mesmo, às
vezes das cruezas
E m que a vida nos
obriga a enfrentar
S omente graças
deveremos dar
D e termos encontrado o
rumo certo
O caminho que a Deus irá
levar
E scola santa que ensina
a bem viver
V erdade pura, onde se
aprende a ver
A s belezas da vida sem
falsidade,
N em artifícios de
efêmera vaidade.
G rande em essência,
imensa na bondade,
E nsinando a nós, cegos
a enxergar a luz,
L uz de esperança do que
sendo em Deus,
H omem se fez para os
socorrer.
O nosso amado e divino
Mestre, que é JESUS.”
Ave Cristo - Dan
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