Imaginário ou Realidade?


Imaginário ou Realidade?
Navegando pelo blog, vi, do acervo pessoal de Dan, algumas fotografias de espíritos materializados. Muitos, se virem as fotos, poderão se perguntar: será fraude, montagem ou “coisa psíquica”, como diz um conhecido opositor do Espiritismo? Ou será uma verdade, dado que há, nestas fotos, a reconhecida assinatura de Francisco Cândido Xavier? A mim, todas são verdadeiras. Não tenho a pretensão de defender o Espiritismo e fazê-los crer que os espíritos existem, mesmo porque o Espiritismo não tem o propósito de angariar adeptos, antes disso, a sua proposta é de nos auxiliar a nos fazer melhores a cada dia. O fato é que, ao ver essas fotografias, captadas por câmera de magnésio, veio a minha lembrança encontros que participei quando ainda era assídua frequentadora da Casa Irmão Lauro.
Jovem ainda, pude participar de reuniões de materialização, em que fenômenos, a maioria explicável à luz da ciência, ocorriam em pequena sala da casa espírita. Os fenômenos lá ocorridos não podiam se assemelhar aos ocorridos com os médiuns Peixotinho e Chico Xavier, uma vez que o corpo mediúnico da Casa Lauro não tinha a formação ectoplasmática desses médiuns, mas a grandiosidade dos fenômenos era suficiente para, em nossa alma, se tornarem perenes.
Naquela época, costumava-se iniciar os trabalhos com singelo hino espiritualizante, cantado em tom suave e baixo pelos companheiros presentes. Em seguida, éramos interrompidos por um prolongado silvo e por vigorosas batidas que pareciam ser dadas em um forte peito nu. Era o sinal de que precisávamos para compreender que os espíritos amigos ali se encontravam. Começava, ali, o intercâmbio com o mundo dos espíritos.
Era comum também uma voz gutural, vinda da parte mais alta da sala, se dirigir a nós, de forma carinhosa, ao mesmo tempo enérgica, nos chamando às responsabilidades que outrora assumimos. À medida que este espírito a nós se dirigia, luzes cintilavam, assemelhando-se a relâmpagos, na sala escura. A vibração daquele espírito era tão intensa que, por vezes, a voz nos faltava até para pronunciar singela prece.
Entre fenômenos como sapatos transportados, rostos materializados, luzes das mais variadas cores, suave perfume enchendo o ambiente, o forte cheiro de éter, sinalizando que os médicos do espaço estavam presentes para curar as nossas enfermidades, era ali, em pequena sala, com não mais de quinze pessoas, que pudemos conhecer uma das verdades: morre o corpo, vive o espírito.
Há, hoje, quem diga que as reuniões de materialização ou de intercâmbio com os espíritos não são necessárias. Será isso mesmo verdade ou tal fato ocorre por que não há mais “Peixotinhos”, “Fabios Machado” e “Franciscos Xavier” no meio espírita? É preciso refletir, pois nem só de prece vive o homem; espíritas necessitam conhecer espíritos.
As reuniões de materialização ou qualquer outra em que houve o intercâmbio mediúnico das quais participei (asseguro que não foram muitas), não só me fortaleceram na vida, mas também me ensinaram que o Espiritismo somente pode ser vivenciado em sua plenitude com estudo, trabalho, reforma íntima e, quando possível, com a sublime presença do mundo espiritual. Se não pudermos compartilhar disso, nos tornaremos espíritas-teóricos, sem a oportunidade de cumprir o “orai e praticai”.     
               Adriana 

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