A vida é feita de amor



Beijei a boca soturna da noite,
E a noite me respondeu: O mundo é feito de amor,
O nosso amor sibilino não morreu!  

Beijei a boca da flor,
E a flor me disse: sorria, a vida é feita de amor,
E nada existe mais lindo!

Falei com todas as coisas,
Que pelo caminho encontrava;
A pedra me respondia: Que sendo pedra ela me amava!

Busquei nas águas mais claras
Nas profundezas da Terra,
E as aves vieram dizer, no seu canto, som e graal,
Que o amor que trazem no peito,
É sublime e universal!

Busquei ainda as águas mais claras,
Das profundezas da Terra,
E vi o amor que espalhavam
Quando desciam pelas serras...

Eu vi também a beleza,
De amar e ser amado, como se o mundo fosse
Um paraíso encantado!

As estrelas que brilhavam,
No firmamento que eu fito
Eram sorrisos de Deus,
No seu amor infinito!

Espírito Deraldo Neville - Dan

PS


Eu sou Espírita!...






De repente, um dos médiuns da reunião de desobsessão começou a pedir socorro, exclamando:
- Eu sou espírita! Bezerra de Menezes venha me salvar! Eu sou espírita! Tirem-me daqui!

Acerquei-me dela e falei:

- Já escutamos seus apelos e vamos tirá-la daí.

Ela (pois que era uma mulher) estava presa no cemitério e não conseguia sair de lá.

Vamos sair por cima; voando – Disse-lhe. E suspendi um pouco a cabeça da médium, inclinando-a para trás, dando a impressão à comunicante que ela havia sido retirada do local onde estava por uma força que a sugava para cima.

- Saímos! Ponha os pés no chão para verificar que estamos seguros em terra!

A mulher fez como eu dissera e exclamou, aliviada:

- Até que enfim alguém ouviu os meus apelos.

- Como aconteceu isso? – Indaguei.

- Não sei! Eu pensei que por ser espírita teria direito a algo mais que as outras pessoas. Mas isso não aconteceu. O que André Luiz escreveu que a gente vai para uma colônia onde tem escolas, parques, avenidas, tudo fantasia... – Respondeu.

- Mas André Luiz também escreveu que existem regiões de purgação, e que nem todos podem ser agraciados com a cidadania de “Nosso Lar” ou com a companhia imediata dos amigos e familiares. Tudo depende do merecimento de cada um.

- Ora, mas eu fui espírita! Assisti a inúmeras palestras, escutei muitas explanações evangélicas...

- Mas você as colocou em prática? Minha irmã, entrar no Espiritismo é fácil. Difícil é o Espiritismo entrar nas pessoas. Deus não está muito interessado em rótulos doutrinários, mas naquilo de bom que as pessoas fazem. Tomar conhecimento de alguns ensinamentos espíritas só aumenta a nossa responsabilidade frente à vida. Leu a obra de Kardec?

- Sim.

- Não consta em seus escritos que o espírita deve caracterizar-se pelo esforço que faz para renovar-se a cada dia?

- Lembro bem disso. Estou envergonhada. Na verdade nunca fui às visitas feitas pelo centro, aos hansenianos. Nunca dei um único passe; pelo contrário, o recebia semanalmente, mesmo sem necessidade. Estudei pouco e reconheço que me acomodei frente às obrigações de cada dia. Quando despertei naquele cemitério, não tive forças para organizar o pensamento e orar. Apenas caí no desespero e gritei como uma criança assustada. Esqueci principalmente de um dos lemas do Espiritismo; o básico: “Fora da caridade não há salvação”.

- Mas agora você tem os frutos de uma lição prática; creio que não a esquecerá.

- É verdade. Agradeço aos bons espíritos que me auxiliaram e espero poder recomeçar meus estudos espíritas, desta vez com seriedade.
-Desejo-lhe bom ânimo.

- Obrigada. Até um dia.

O diálogo foi uma lição para todo o grupo. Ficou bastante claro que não basta o rótulo, o cargo, a posse...
Deus espalha o bem a cada dia. Muito natural, portanto, que espere de seus filhos algo semelhante.
... É! Não fazer o bem já é um mal, comentou um dos médiuns, preocupado com o que ouvira...

Luiz, lucidez total! abraço Dic


(Do Livro “Histórias Deste e do Outro Mundo” – Luiz Gonzaga Pinheiro)





Espírito Amigo R. A. Ranieri

R.A.Ranieri
Até 1948, Ranieri residiu em Belo Horizonte, onde se deu de fato sua iniciação espírita. Privou longo convívio com Francisco Cândido Xavier e naturalmente amealhou com este, farto material como subsídio de sua futura jornada mediúnica (...). Chico transmitiu-lhe segurança e, com isso, ao par com Jair Soares, exultou-se diante das crescentes responsabilidades que os Espíritos Mentores lhe reservavam. Como o “Movimento” nascente estava revestido de maior abrangência, o comando do próprio destino escapou-lhe às mãos: ainda em 1948, na aurora prenunciadora das materializações luminosas e outro fenômenos ectoplásmicos que encantaram o Brasil, ei-lo transferindo moradia para a cidade do Rio de Janeiro. Lá conviveu com Francisco Peixoto Lins ou Peixotinho, talvez o maior médium de efeitos físicos que o Brasil conheceu Peixotinho, tão rapidamente integrou-se às atividades do Centro Espírita André Luiz, que neste mesmo ano foi investido no cargo de presidente da Instituição. A partir de 1949, em estado de êxtase e certamente sob influência da Espiritualidade Superior, multiplicava-se para atender com a presença, em variados agrupamentos entusiasmados com o ideal de Scheilla: o surgimento de movimento propugnando a união voluntária de criaturas para, sob a égide de Jesus e à luz da Doutrina Espírita, reviver o Cristianismo Primitivo.
Em 1956, quando operava como delegado de polícia em São João da Boa Vista, juntamente com o saudoso Welson Barbosa e outros, fundou o Grupo da fraternidade Joseph Gleber e, em Águas da Prata, o Grupo da Fraternidade José Grosso, aliás, em datas quase coincidentes.
Não teve como se furtar ao assédio da política e acabou prefeito de Guaratinguetá e sua presença ficou marcada por um paradigma: o social como meta política!(...).
Destacam em sua bibliografia obras como: Forças Libertadoras, Materializações Luminosas, Recordações de Chico Xavier, O Abismo, O Sexo Além da Morte, Jerusalém Libertada, Aglon e os Espíritos do Mar, João vermelho no Mundo dos Espíritos, O Palácio Encantado da Mediunidade e o Castelo do Ego.
Ave Cristo!
Era profunda a sua amizade com Francisco Cândido Xavier e o espírito Altino. (...). Uma característica marcante de Ranieri era a sua facilidade de fazer amigos, talvez pela sua postura cativante, palavra fácil, culta e ao mesmo tempo revestida de simplicidade. Ranieri desencarnou em 28 de Maio de 1989, vitimado de derrame cerebral aos 69 anos.

Espírito Amigo Jayme Paganini



Jayme Paganini
(1928-2014)
Jayme Benedetti Paganini um dos últimos dos Quinhentos da Galiléia que ainda se encontra entre nós, certamente sob influência da Espiritualidade Superior foi um dos responsáveis pelo Movimento da Fraternidade, um dos idealizadores da Recifra, contribuiu com brilhantismo no ideal de fundar Grupos de Fraternidade, participou dos Grupos da Fraternidade João Ramalho, Grupo da Fraternidade Irmão de Sagres, Grupo da Fraternidade Irmão Lauro, em São Paulo.
Quando Conselheiro da OSCAL-Organização Social  Cristã André Luiz criou o DEPOSCAL (Departamento de Projetos da OSCAL). Seu idealismo alcançou Brasília na manutenção da ARTECIFRA e junto com R. A. Ranieri e outros companheiros fundou a Edifrater -  Editora da Fraternidade. Movido pela sua dedicação e amor às crianças e a  CIDADE DA FRATERNIDADE  no mais puro idealismo cristão. Companheiro de grande afeto cristão, seu coração bondoso e fraterno o torna merecedor de nossa imorredoura gratidão.
Nasceu na cidade de Itu, no Estado de São Paulo, em  02/06/1928, sendo seus  pais José Paganini e Mariana Benedetti Paganini, vindo de uma família de oito irmãos.
Casado com Dolores Negro Paganini, pai de dois filhos: Silvia Izabel Paganini e José Cristóvão Paganini.
Em São Paulo  radicou-se definitivamente, exercendo suas atividades profissionais na Cia Antárctica Paulista, no Consulado da Dinamarca e na Indelpa – Indústria Elétrica Paulista.  Bom administrador é atualmente sócio da empresa Roatagraf  Industria Gráfica Ltda.
Foi Diretor-Superintendente da Distrital Santo Amaro da ACSP, coordenador da Distrital Sul e membro do conselho Consultivo desta instituição.

Ave Cristo!
Jayme Paganini aos 83 anos olha o seu passado e, sabiamente resume a história de suas conquistas em três palavras: trabalho, trabalho e trabalho e nós acrescentaríamos amor, amor e mais amor.

Regressou à Pátria Espiritual dia 28/02/2014
Grupo Lauro

Espírito Amigo Joseph Gleber


Naquela memorável noite, nos idos de 1949, os participantes foram presenteados com a grata surpresa de conhecer o lado oculto da vida do valoroso alemão Joseph Gleber.
Segundo Scheilla, este foi o comandante ideal; conciso nas palavras, objetivo, seguro e muito respeitado por outros espíritos que lhe dedicavam grande admiração.
Os discos se acham dispostos ao lado da "vitrola" e, intuitivamente, naquela reunião, são encabeçados pela terceira Sinfonia de Beethoven.
Os primeiros acordes da "Eroica" envolvem e transportam os assistentes para a alta esfera, onde imperam os sentimentos elevados.
Joseph se apresenta materializado, trazendo em sua mão uma espécie de "lanterna", a espargir luz, de suave azul, iluminando todo o recinto.
Passa a falar de sua sintonia com a melodia, que ficou indelevelmente ligada ao seu psiquismo...
De acordo com a crítica musical da época, Beethoven pretende batizar a Sinfonia de "Bonaparte". Napoleão, para muitas figuras da época, entre elas Goethe e Hegel, seria a encarnação da grande personalidade que é chamada a mudar o curso da história mundial, para fazer triunfar os ideais da Revolução Francesa.
Mas quando chega à Viena, a notícia de que Napoleão fizera-se proclamar imperador, Beethoven, fortemente indignado, corta o nome dele do título da sinfonia. O missionário da liberdade se transforma em um reles aventureiro, a envergar o manto das vaidades terrenas. Nas palavras de Beethoven, Napoleão teria "golpeado todos os direitos humanos e ter-se-ia tornado um tirano". É nessa altura da melodia que o compositor muda o curso da Sinfonia ao ver o ídolo caído e, com a Marcha Fúnebre, enterra o sonho desfeito...
Prosseguindo em suas dolorosas lembranças, Joseph Gleber recorda que chefiava o grupo que elaborava os estudos para o projeto da fabricação da bomba atômica alemã.
Marca-se a data solene para a entrega oficial dos planos.
Através do sono físico, em desprendimento, vê-se na presença de entidades espirituais, velhos e queridos protetores que acorrem solícitos em seu socorro, lembrando-lhe dos compromissos assumidos com o "Mais Alto", os quais seriam fracassados com a entrega programada, colocando à disposição do poder, da melancolia e do ódio destruidor arma tão mortífera!
Ao despertar, em pleno uso de seu livre arbítrio, decide incinerar o trabalho que lhe roubou horas de sono e descanso, num trabalho de infindáveis e fatigantes meses.
Rememora os momentos de grande ansiedade vividos no salão festivo, quando os olhares das personalidades presentes se voltam, em enorme expectativa, para a sua tão aguardada exposição. Qual o choque dos comandados por Hitler quando, desapontando a todos, anuncia que tomara a decisão de destruir o cobiçado trabalho! Muitos dos presentes tomam sua afirmativa como insana e inoportuna brincadeira, esboçando esgares de risos nervosos. Quando se certificam de sua inabalável decisão e seriedade, apelam para o seu bom senso e responsabilidade, oferecendo-lhe vantagens materiais.
Tudo debalde! Chega a vez das ameaças de morte por traição, acompanhadas de martírios sofridos pelas torturas com instrumentos medievais.
É ao som da terceira Sinfonia de Beethoven que seu corpo, cansado, sucumbe e o luminar espírito se desprende, ao som da Marcha Fúnebre...
Durante as duas horas do comovente relato, copiosas lágrimas embaciaram os olhos dos presentes, envoltos pela emoção.
O azul acariciante de sua "lanterna" se fez aumentar, como se quisesse agradecer a solidariedade dos ouvintes ao coração sofrido do mártir, liberto para Jesus.
Foi assim que Jair e demais companheiros, envolvidos pela emoção, conheceram o Joseph ternura, criatura sensível, abnegada que, podendo hoje, pelo seu merecimento, desfrutar dos Mundos Superiores, continua conosco, a orientar e espargir suas balsâmicas vibrações a todos nós, seres necessitados.

Grupo Lauro

Espírito Amigo Francis Coué

Francis Coué - retrato falado
Nosso primeiro contato com esse bondoso amigo espiritual. ocorreu por volta de do ano de 1.976, numa ocasião em que estávamos as voltas com grave enfermidade. E por isso, estivemos internados no Hospital Mararazzo. Nos cinco primeiros dias de internação os médicos não conseguiam diagnosticar a enfermidade.

Uma noite aproximadamente às 2 horas da manhã, acordamos para a inalação, que o enfermeiro vinha ministrar, como não era o enfermeiro habitual, perguntei-lhe a guisa de ser agradável se estava substituindo algum plantão, ao que me respondeu: – Não, Estou aqui a pedido do amigo Fabiano, o qual solicitou meu auxílio no teu restabelecimento e favorecer o quadro clinico afim de que os médicos iniciem o tratamento medicamentoso.
- Bem, se você não é o enfermeiro de plantão... Então quem é você? Perguntei! – Sou Francis Coué...

E com um sorriso angelical e olhar penetrante, “atravessou" a parede do quarto e desapareceu, por algum tempo permaneceu ainda uma luz indecifrável no aposento. Fiquei olhando, até que desaparecesse por completo.

No dia seguinte os médicos descobriram a causa da enfermidade, eu, estava sendo vitima do bacilo Koch. De fato no dia seguinte devidamente medicado, recebi alta do hospital, continuando a medicação em casa, e retomei as atividades mediúnicas.

Esse bondoso amigo apresentou-se várias, dizendo-nos entre outras tantas coisas, que desencarnou em 1.926, que se dedicou a aplicar seus conhecimentos ao tratamento de enfermos com anomalias nos nervos e fazia atendimentos gratuitos aos enfermos que o procuravam.  Que agora utilizava o pseudônimo de Francis por amor à França, e que participava algum tempo no plano espiritual de um grupo de Espíritos que estavam determinados a auxiliar os doentes, tanto desencarnados e encarnados, solicitava a minha aquiescência para sua atuação por intermédio de minhas possibilidades mediúnicas.

Desde então tem sido um amigo grandioso, que não me julgo merecedor. O Dr. Francis tem auxiliado a muitos irmãos e foram muitos os beneficiados pela sua dedicação e amor ao próximo.
Atua na equipe espiritual composta por vários amigos espirituais, entre outros se encontram: Victor Hugo, Dr. Diógenes Pacheco, Aprendiz, José Grosso...

Nota: se a memória não me falha, há cinco ou seis anos, despediu-se, nos informando que iria reencarnar.

Ave Cristo - Dan - 2017
  






Espírito Amigo Filomena

Filomena
Por volta do ano de 1.998, apresentou-se em nossas reuniões um espírito, sensível, bondoso e repleto de emoção. Manifestou-se pela psicofonia e psicografia. Em uma de suas presenças pela psicografia escreveu e revelou no acróstico:

A mor era minha razão na região que vivi.
B ondade lá eu aprendi.
C aridade me permitiu hoje estar aqui.

Na ocasião, o então "colaborador do  mediúnico" (entre aspas), que havia residido em São Bernardo Campo, em São Paulo, entrou em contato com os confrades de lá, e identificou amigos e parentes do Espírito Filomena. O fato é que no ano de 2.000, em determinada reunião, de surpresa organizada pelo Diretor Mediúnico, compareceram vários amigos e parentes, ávidos de “reverem” Filomena. Curiosamente, registramos a presença do espírito em grande comoção, de forma, que sua presença pela psicofonia ou psicografia não foi possível, e a vimos sendo conduzida pelo Benfeitor Espiritual José Grosso.
Todos ficaram frustrados e decepcionados, e pensamentos se plasmaram: O médium não está em condições... Nesse dia recordei o Livro dos Médiuns, na questão, 275. Entre as causas que podem opor-se à manifestação de um Espírito, umas estão nele mesmo e outras lhe são estranhas. Devemos colocar entre as primeiras as suas ocupações ou as missões que desempenha, das quais não pode se afastar para atender aos nossos desejos.

Filomena escreveu várias mensagens e algumas delas estão Livreto Diálogos de Luz e continua a participar nas reuniões.
Ao final da reunião, os seus amigos e parentes, nos ofertam como presente sua foto e biografia, a qual a transcrevemos na intriga elaborados pela sua filha IARA.

“Filomena Rocha Cassilhas nasceu na cidade de São Paulo, no bairro de Pinheiros, em 02 de novembro de 1927, e desencarnou em 05 de fevereiro de 1980, aos 52 anos na cidade de São Bernardo do Campo, onde residia desde 1950.

Filha de imigrantes portugueses, Manoel Rocha e Perpétua Mendes Rocha, nasceu em berço espírita kardecista.
Filomena R. Cassilhas, de origem humilde, teve pouca oportunidade para cumprir o estudo básico. No entanto, seu prazer por aquisição de conhecimento era latente.
Casou-se aos 20 anos, com Manoel Cassilhas, filho de imigrantes espanhóis, dando a luz à Maria Cecilia Casilhas e Iara Silvia Cassilhas.  
Autodidata, era portadora de grande cultura, provavelmente, acumulada em sua bagagem evolutiva.
Era-lhe própria grande fonte de inspiração, onde compunha poemas e escrevia crônicas.
Devido a essa facilidade com as letras e a comunicação em geral, chegou a exercer atividades na radio local de sua cidade, com um programa feminino diário.
Colaborou também com um pequeno jornal da cidade, escrevendo artigos semanais sobre assuntos da atualidade.
Portadora de profundo senso crítico e justo, era reconhecida e procurada pelas pessoas do bairro onde morava, para fazer por elas reivindicações de ordem social e política.
Tornou-se conhecida junto aos órgãos públicos, sendo não raro em sua residência a visita regular do prefeito da cidade e vereadores, devido a sua forte influência uma faixa da população.
Participou ativamente durante muitos anos do Grupo de Fraternidade João Ramalho, exercendo a tarefa da mediunidade, junto às salas de passes, exposição de tribuna e também a responsabilidade do Departamento Social.
Demonstrava grande facilidade para a psicografia.
Observadora que era, e baseada na Reforma Íntima de sua irmã Conceição Rocha, compôs o seguinte poema em vida intitulado:

Inspiração  

E dificando um templo do Saber
S obre as bases do Amor e Perdão
C aminhando na trilha do Dever
O nde a Justiça é a maior razão,
L evando as almas a compreender
A verdade pregada e que não foi em vão;

D emostrando que apenas pelo Amor
E pela caridade verdadeira

A lcançamos a essência da mensagem
P regada pelo Mestre ao mundo inteiro;
R enunciando ao nosso próprio bem
E m benefício de algum irmão
N Ada esperando, em troca, de ninguém
D ando somente, sem retribuição;
I gnorando glórias e grandezas,
Z ombando mesmo, às vezes das cruezas
E m que a vida nos obriga a enfrentar
S omente graças deveremos dar

D e termos encontrado o rumo certo
O caminho que a Deus irá levar

E scola santa que ensina a bem viver
V erdade pura, onde se aprende a ver
A s belezas da vida sem falsidade,
N em artifícios de efêmera vaidade.
G rande em essência, imensa na bondade,
E nsinando a nós, cegos a enxergar a luz,
L uz de esperança do que sendo em Deus,
H omem se fez para os socorrer.
O nosso amado e divino Mestre, que é JESUS.”




Ave Cristo - Dan




Espírito Amigo Edinho

Edinho - Retrato falado*














Corria o ano de 1.976, em cinco de junho, um Amigo Espiritual, se apresentou segurando a mãozinha de uma criança, e atrás dela outras dez crianças os acompanhavam.  Fiquei embevecido pelas crianças, pois, desde sempre as crianças são meu encantamento.
E o Amigo Espiritual nos disse: - Essa nossa criança se fará presente, daqui algum tempo; tempo necessário para os dois criarem afetiva simbiose.

De fato, cinco anos após, em meados de 1.980, essa criança começou a comparecer em nossas reuniões mediúnicas. Espírito alegre, jovial, cativante e comoventemente sagaz na sua inocência de criança.  

Revelou-nos cheio de graça e espontaneamente:
Que se chamava Edinho, desencarnou com 7 anos e tinha vivido numa cidade no interior do Estado de São Paulo, longe da periferia dessa cidade. Pobre, vivia com seu pai e sua mãe, e, um dia, seu pai alterado pela bebida, discutia com mãe, em discussão aproximaram-se da cisterna, quando o pai agrediu sua mãe, correu e colocou-se ao meio, nesse momento recebeu violento soco que o projetou cisterna abaixo. Via seu corpo cair e inerte no fundo e ao mesmo tempo um anjo o retiravam da cacimba.

Esse fato correu em 1.968, e em 1.974, recebeu seu pai e o acolheu no plano espiritual. Tempos depois sua mãe iria se casar novamente e inconformado, pois, o pretendente não era boa coisa, passou criar situações embaraçosas para a mãe, a maior situação foi esconder os sapatos dela momentos antes subir na carroça que a esperava para ir à igreja, a procura pelos sapatos causou grande atraso, quando chegou à igreja o pretendente havia sumido, e rindo dizia salvei minha mãe de mais surras...

Quando sua mãe morreu, recepcionou sua chegada ao plano do espírito, e feliz, promoveu em outro momento o reencontro de seu pai e sua mãe, num emocionante perdão.
Dizia ele, que precisaria reencarnar três vezes para “crescer”, um dia despediu-se informando que iria reencarnar. Dois anos depois voltou como de habito, dizendo- agora só faltam duas para “crescer”, apesar de ter sido abortado, por “mãe” na favela da vila prudente essa reencarnação valeu.

Na sua graciosa e luminosa presença diz que, onde se situa , há uma arvorezinha, onde ele pendura o nome de todos que precisam de ajuda, e, embaixo dessa arvore ele reza para Jesus.

Revelou ainda, que traz na  sua mão esquerda três “bolinhas” uma é para ajudar as pessoas com dodói, outra para trazer “carrapichos” (obsessores) e a outra para descobrir os segredos das pessoas.

Sua presença irradia no ambiente, sempre espirituoso e envolvendo a todos numa alegria cristã. Está sempre acompanho de um Espírito que ele denomina de professor.

Ave Cristo - Dan -2017


* O retrato falado foi pintado pela sensibilidade da irmã Tânia Cazzamatta.



Espírito Amigo Irmã Scheila



                
Peixotinho, em Macaé-RJ, iniciou um trabalho de orações para as vítimas da Segunda Grande Guerra. Foi então que, de repente, chegou lá e se materializou um espírito chamado Rodolfo (nas primeiras vezes em que psicografou mensagens, assinava "O Fuzilado"), que contou que era de uma família legitimamente espírita, morando na Alemanha. Ele teve que servir na guerra como oficial-médico e o pai dele, Dr. Fritz, muito reservado, educado, severo, muito autêntico, que passou muitas idéias humanitárias aos filhos, havia lhe dito:
- Matar nunca.
Ao que Rodolfo respondeu:
- Pai, não é isso, vou servir como médico.
Pois bem, em certa ocasião, o Dr. Rodolfo foi chamado como oficial para integrar um pelotão de fuzilamento. Ele, então, disse:
- A minha missão é salvar, não matar.
E, de acordo com o regulamento militar, ele passou a ser considerado criminoso, porque deixou de servir à pátria, pois a pátria pedia a ele que matasse alguém e ele se negou. Então, disseram-lhe:
- Já que você não vai executar esse homem, você vai ficar junto dele para morrer como um traidor.
E ele foi fuzilado na mesma hora. A essa altura, manifestou-se (espiritualmente) ao pai e disse:
- Pai, já estou na outra dimensão da vida. Cumpri a palavra empenhada: não matei, preferi morrer.
Para que não continuasse no ambiente de guerra, foi amparado espiritualmente aqui, no Grupo Espírita Pedro (Macaé-RJ). Peixotinho, por ter sido militar, em razão justa, como espírita, tinha esse trabalho de preces em benefício das vítimas de guerra e pela paz. E esses fatos se deram no auge da Segunda Guerra Mundial, quase no final. Certo dia, Rodolfo (espírito) disse, assim, no Grupo de Oração do Peixotinho:
- Orem por minha irmã, ela está correndo perigo.
E como a voz do alemão, através da voz direta por ectoplasmia, não era bem nítida, um sotaque carregado, a pronúncia do nome da sua irmã não saía boa, ao invés de Scheilla, saía Ceila. Passado alguns dias ele disse:
- Minha irmã acabou de desencarnar. Foi vítima de bombardeio da aviação. Ela e meu pai desencarnaram.
Dias depois, para agradável surpresa da equipe, materializou-se uma jovem loura e disse:
- Eu sou Scheilla.
Foi muita alegria! Os irmãos ficaram cheios de júbilos espirituais.
Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e a outra na Alemanha, onde desencarnou em 1943 (como Scheilla). Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon, a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins, a 13/12/1641. Ao entrar na história, ficou mais conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casou-se aos 20 anos com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, abandonou o mundo com seus 4 filhos, partilhando o seu tempo entre as orações, as obras piedosas e os seus deveres de mãe. Em 1604, tendo vindo pregar em Dijon, o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, submeteu-se à sua direção espiritual. Fundaram em Annecy a congregação da Visitação de Maria (1610), que contava, à data de sua morte, com 87 conventos e, no primeiro século, com 6.500 religiosos. A baronesa de Chantal dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que havia fundado em Paris, no bairro de Santo Antônio. Em Paris, instalaram-se em pequena casa alugada em bairro pobre. Passaram por grandes necessidades, mas a Ordem da Visitação (de Paris) foi aumentando e superou as dificuldades. Em 1619, São Vicente de Paulo ficou como superior do Convento da Ordem da Visitação. Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem da Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. A Santa várias vezes tornou a ver São Vicente de Paulo, seu confessor e diretor espiritual.
É um espírito esplendoroso pela luz que esparge, e sua presença é notada por ondas perfumadas que imprime ao local.
Ela era enfermeira e trabalhava no socorro às vítimas da Segunda Guerra Mundial.
Sua morte aconteceu aos 28 anos em decorrência do mais violento ataque aéreo em julho ou agosto de 1943, na cidade de Hamburgo, no campo de batalha, enquanto socorria os feridos.
Depois disso, o espírito de Scheilla vinculou-se a grupos espirituais que atuam em nome de Jesus.
A característica do seu trabalho é na área humana, assistindo aos doentes.

O livro "Materializações Luminosas", Autor: R. A. Ranieri, descreve a querida Scheila. 
Grupo Lauro
 

Espírito Amigo Jair Soares















Foi o fundador do Informativo "Voltando às Origens" e do Grupo da Fraternidade Irmã Ló, aos quais emprestou o calor de sua dedicação, com o mais puro idealismo. Tornou-se, assim, merecedor de nossa imorredoura gratidão.
Nasceu na cidade de Teixeiras, no Estado de Minas Gerais, em 27/02/1910, sendo seus pais Manoel Luiz Soares Gomes e Laura Augusta Nogueira Soares. Aos 29 anos, veio para Belo Horizonte, então bucólica cidade, a qual passou a amar como a própria terra natal, traduzindo em obras beneméritas o seu afeto cristão.
Aqui se radicou, definitivamente, exercendo a profissão de Técnico de Contabilidade para várias casas comerciais, até a merecida aposentadoria. Dotado de ilibado caráter, profundo conhecedor da ciência contábil, conquistou invejável reputação no comércio atacadista local.
Casou-se em 22-09-1932, com a confreira Elvira de Barros Soares, a Dª Ló, corno era conhecida na intimidade. Foi o seu anjo bom pela vida afora. Do consórcio nasceram os filhos Ed, Edgard, Elcy e Vilma, que lhe sobrevivem. Nascido de família católica converteu-se ao Espiritismo em 1934, trazido pela amorável esposa.
Desde quando se mudou para a Capital, passou a colaborar ativamente no Centro Espírita Oriente, emprestando o brilho de sua dedicação a várias diretorias.
Fez, ainda da própria residência, à Rua Paraisópolis, no Bairro de Santa Tereza, verdadeira Meca do Espiritismo, com a fundação do Grupo Scheila, destinado à materialização-amor dos Espíritos Benévolos, para tratamento direto de enfermos do corpo e do espírito. Foi a primeira vez que soubemos dessas reuniões para aliviar a dor e não para provar a sobrevivência da alma.
Sessões memoráveis foram realizadas, com os médiuns Fábio Machado, Francisco Lins Peixoto, o “Peixotinho”, Levi Guerra e Ênio Wendling. Os livros Materializações Luminosas e Forças Libertadoras, do escritor R. A. Ranieri são repositórios de algumas dessas reuniões, que constituíram fase brilhante de materialização em nossa Pátria.
Na residência do incansável nasceram o Hospital Espírita André Luiz e o Movimento da Fraternidade, fundados, respectivamente, a 25-12-1949 e 04-11-1046; o primeiro, modelar instituição filantrópica, dirigida pela "Oscal -Organização Social Cristã Espírita André Luiz" e o seu departamento "Cidade da Fraternidade", em Alto Paraíso -GO. Através do Movimento da Fraternidade, que conta com dezenas de Grupos em vários Estados da Federação, consubstanciava-se o seu plano de ver o Brasil coberto pela Fraternidade.
Em 21-06-1952, fundou o Grupo da Fraternidade Irmã Scheila, à Rua Aquiles Lobo, que mantém três núcleos assistenciais: o "Centro Espírita Oriente". a "Casa do Caminho Irmão Jerry" e a "Casa Espírita André Luiz", que beneficiam a incontáveis pessoas carenciadas.
Após o desencarne de Dª Ló, ocorrido em 18-01-1971, adaptou a própria residência para o funcionamento de um Centro Espírita e, em 1983 nela instalou o Grupo da Fraternidade Irmã Ló. Passou a viver, então, inteiramente dedicado á intensa atividade espiritual e assistencial.
Em outras instituições que receberam também o esforço de sua dedicação, está o “Abrigo de Jesus”, a respeitável obra fundada pelo irmão Osório de Morais, que acolhe e educa crianças desprotegidas. Durante anos foi seu diretor-tesoureiro, donde se afastou para fundar o Hospital André Luiz.
Como queria Jair Soares, o seu velório foi assinalado por preces e suaves canções espíritas, entoadas pelos Corais “Irmã Ló” e “Irmã Scheila”, dentro do cenário de resignada saudade. Falaram a confreira Ruth Birman e os confrades Pedro Ziviane e Jarbas Franco de Paula. E, na tarde do dia 03-08-1992, da sede do Grupo da Fraternidade Irmã Ló, com grande acompanhamento, saiu o féretro em direção ao Cemitério da Saudade. e elevou-se ao céu.

Ave Cristo!