Se Eu Pudesse



Se eu pudesse, tudo faria,
Mas se eu nada conseguisse,
Eu apenas desejaria,
Ser o riacho que se esfolha nas fontes,
A nuvem de esperança que brilha nos horizontes.

                                                             A lágrima que rola dos olhos,
                                                             Carregada de tristeza e abrolhos,
                                                             Que alivia um coração.

Se eu fosse o nada, alguma coisa ainda seria,
E no grão de areia buscaria,
Sustento para a edificação.

                                                             Se eu não conseguisse aplacar a fome,
                                                             Rogaria a Deus ser a migalha,
                                                             Nas mãos da alma sem nome,
                                                             Afastando a tristeza do corpo vencido.     

Gostaria de ser o sol,
Mas se assim não pudesse,
Que eu seja o raio de luz de uma prece,
No coração enternecido.

                                                           Ah! Se eu fosse a chuva promovendo a plantação
                                                           Toda vida à terra eu daria,
                                                           Se, no entanto não for a chuva, 
                                                           Que eu seja a gota de orvalho a brilhar na noite fria,
                                                           Porque mesmo assim alguma coisa eu seria.

Senhor! Se eu pudesse ser o caminho,
Conduzindo as almas do mundo,
Pois se não conseguir ser o caminho,
Que eu seja o simples atalho,
E mesmo assim Senhor,
Saberei que de alguma coisa neste mundo eu valho.

                                                           Meu Senhor! Eu queria ser uma canção de hosanas!
                                                           Mas se mesmo assim achares que isso ser eu não possa, 
                                                           Permita que eu seja a humilde messe,
                                             Que o coração enobrece,
                                             Pela luz da caridade.

Se nada destas coisas eu puder ser,
Permita Senhor que eu seja o perfume,
Que conduz a flor ao lume,
Da sublime inspiração.

Anastácia

Mensagem psicografada pelo médium Rinaldo De Santis em reunião pública no Grupo Irmão Lauro, na noite de 01 de maio de 1.997.


PS
  


Ela, a “dona” do corpo, tem o direito de matar o bebê no útero?


Ao explanar sobre o assombroso crime do aborto, sucessivamente toparemos com histórias monstruosas, abomináveis e desonrosas. Gerald Warner, no Scotland on Sunday, assegura que “o lugar mais perigoso do mundo para uma criança na Escócia é o útero da mãe. Em 2010, a mortalidade infantil levou 218 crianças escocesas à morte”. [1]
O debate sobre a legalização do aborto no Brasil é mantido pertinazmente pelos arautos da morte. Há expressivos grupos de fanáticos abortistas e feministas de plantão alegando que a mulher é “dona do próprio corpo e deve ter soberania sobre ele, podendo ela mesma auto decretar a interrupção da sua gravidez.
Os insanos defensores da legalização do aborto evocam as péssimas condições em que são realizados os procedimentos nas clínicas “clandestinas”. Porém, em que pese tal argumento, não nos enganemos imaginando que o aborto oficial irá resolver a questão do assassínio das crianças no útero; ao contrário, alargará bastante! É mais do que evidente que seguirá sendo praticado em segredo e não controlado, pois a clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige explicações das mulheres que esconderão da sociedade o monstruoso delito praticado.
É urgente destacar que o primeiro dos direitos naturais do homem é o direito de viver. O primeiro dever é defender e proteger o seu primeiro direito: a vida. Na verdade, a prática do aborto é uma das grandes matrizes de moléstias de etiologia obscura e de obsessões catalogáveis na patologia da mente, levando os seus autores a ocupar vastos departamentos de hospitais e prisões. Além do quê, à luz da reencarnação, o filho que não é aceito no lar, pela gravidez interrompida criminosamente, adentrará um dia no seio da família dos abortistas, na condição de filhos, netos, bisnetos com gravíssimos problemas comportamentais, como consequência natural para a devida reparação moral dos que se comprometeram com o mal.
Não nos enganemos, a medicina que executa o aborto nos países que já legalizaram o assassínio do bebê no ventre materno é uma medicina criminosa. Não há lei humana que atenue essa situação ante a Lei de Deus. Muitos tribunais da Terra condenam, em sua maioria, a prática do aborto. Lembremos também que as Leis Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam. Fixam essas leis no tribunal das próprias consciências culpadas tenebrosos processos de reparação que podem conduzir os culpados às graves moléstias físicas e psicológicas, agora ou mais tarde.
Certa ocasião, Chico Xavier advertiu que “se anos passados houvesse a legalização do aborto, e se aquela que foi a minha querida mãe entrasse na aceitação de semelhante legalidade, legalidade profundamente ilegal, eu não teria tido a minha atual existência, em que estou aprendendo a conhecer minha própria natureza e a combater meus defeitos, e a receber o amparo de tantos amigos, que qual você, como todos aqui, nos ouvem e me auxiliam tanto.” [2]
Não é nossa intenção lançar censuras desapiedadas às mulheres que abortaram, até para que não caiam na vala profunda da desesperança. Nosso objetivo é iluminá-las com o fanal do esclarecimento para que enxerguem mais adiante a opção do Trabalho e do Amor, sobretudo nas adoções de filhos rejeitados que atualmente jazem nos orfanatos.
Urge refletir que Deus é amor e os mecanismos naturais de “causa e efeito” não se traduzem em uma estrada de mão única, são um instrumento para nós nos protegermos de nós mesmos, e tais mecanismos admitem reparações, oferecendo oportunidades ilimitadas para que todos possam consertar seus enganos! Errar é humano e com o erro deve-se aprender e reaprender; deste modo, em vez de se fixarem no remorso inútil, aproveitem a má experiência como uma boa oportunidade para mudança de rumo com o discernimento consciente e responsável.

Jorge Hessen

jorgehessen@gmail.com
 Referências:
[1]        Disponível em http://www.zenit.org/pt/articles/o-aborto-e-o-infanticidio,  acesso 26/06/2018
[2]        Disponível em https://bibliadocaminho.com/ocaminho/TXavieriano/Livros/Eco/Eco19.htm, acesso em 26/06/2018