Esqueci de ver as flores*















Passei a vida chorando
Lamentando minhas dores
E o tempo foi passando
Esqueci de ver as flores

Vivi olhando fantasias
Procurando belos amores
Passaram-se as alegrias
Esqueci de ver as flores

Ostentei luxo e riqueza
Nos mais ricos esplendores
Vivi sonhos de realeza
Esqueci de ver as flores

Frequentei castelos suntuosos
Onde habitavam grandes senhores
Visitei templos majestosos
Esqueci de ver as flores

Derrubei galhos e ramos
De variados tipos e olores
Foram passando os anos
Esqueci de ver as flores

O tempo passou a voar
Entretida em minhas dores
Deixei o tempo passar
Esqueci de ver as flores

Hoje, triste e desolada
Ainda chorando as dores
Triste, acabrunhada
Fui correndo ver as flores

E nesse egoísmo profundo
Só sentindo as minhas dores
Esqueci as dores do mundo
E deixei morrer as flores

Quando eu desencarnar
E despertar nos esplendores
Vou pedir a Deus para voltar
E cuidar das flores

Hélia Alves Rodrigues

Autora do Livro O Despertar no Jardim da Poesia.








1º  lugar no Festival de poesias Espíritas Maria Dolores, 3ª edição, A Casa de Cultura Espírita do Estado do Rio de Janeiro, Niterói, 20/11/2004. 
Frequenta atualmente o Grupo da Fraternidade Irmão Lauro.

Degraus Intermináveis - em homenagem a 18 de abril

Se pudéssemos destacar acontecimentos na historia da humanidade, que á guisa de marcos de referência definissem fases de progresso, certamente nos ateríamos àqueles que por sua significação e profundidade, melhor acentuaram a grande caminhada do homem, rumo a Verdade.
Abstraindo o Cristo, cujo significado transcende a nossa própria capacidade de compreendê-lo, teríamos que situar em Copérnico, Darwin, Freud e Allan Kardec, o papel de vanguardeiros, a descerrar novos mundos á mente dos homens.
O primeiro, com o sistema heliocêntrico, abriu horizontes intermináveis á percepção da ciência, dilatando as concepções vigentes. Dir-se-ia que trouxe a luz do sol aos esquemas de então.

Quanto Darwin, inaugurando o evolucionismo, captou os elementos dinâmicos da própria vida, antes confinada e sem brilho. Não deixou de ser, por outro lado, golpe na vaidade humana, a certeza de descender de seres menos evoluídos. Qual o macaco. Assim como ocorreu com a revolução copernicana, que mudou o centro do universo, em detrimento do nosso humilde planeta, a concepção de Darwin abateu o mais exacerbado orgulho humano.

A teoria de Freud, revelando as razões ocultas de nosso comportamento, desconhecidas e, até mesmo negadas por nós, significou novo golpe na vaidade humana, convidando-a á modéstia e bom senso. A revelação do inconsciente, com suas consequências, é uma conclamação á humidade.

Mas não havia terminado a grande caminhada rumo á verdade eterna. Para espanto do homem, foi-lhe revelado o outro lado da vida, confortador para os que sofrem e inexorável para os que erram.

A continuidade da vida, a reencarnação, o espírito em face a face, a lei de causa e efeito, foram o golpe seguinte na vaidade do Homem, mostrando-lhe as dimensões realísticas de sua natureza há um tempo grandiosa e precária.

Kardec, com seu brilhantismo superior codificando o Espiritismo, estabeleceu nova revolução, descortinando um novo mundo e trazendo significado aos desígnios da vida e da morte, qual novo Champolion da Existência.    

O Espiritismo, representando o corpo de doutrina dessas reflexões, representa a quinta dimensão da vida, tornando-a mais bela e mais compreensível, embora ainda inesgotável.

Como gazua dos mistérios, abre as portas antes fechadas ao raciocínio humano, emprestando lógica e sentido a fenômenos até então desconcertantes e derrocando concepções místicas, mágicas e infantis da vida e do mundo.

Homenageemos esses bandeirantes do pensamento, esses arautos da verdade, esses vanguardeiros da consciência.

Louvemos o Espiritismo como consolo e apelo, como amor e verdade, como libertador amigo, a descerrar-nos as magnitudes eternas do mundo interior e exterior, até que venha novo marco evolutivo – presente do criador.

Espírito Luiz Olímpio - Dan





Evangelização Espírita Infantil





O que se faz, na área da infância e juventude, no Brasil, sob a denominação de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, é a transmissão do conhecimento espírita e da moral evangélica pregada por Jesus - que foi apontado pelos Espíritos superiores, que trabalharam na Codificação, como modelo de perfeição para toda a Humanidade. (KARDEC, Allan. "O Livro dos Espíritos". Trad. de Guillon Ribeiro. 60. ed. Rio de Janeiro, FEB, 1984. Questão 625, p. 308.)
O Currículo adotado tem seu conteúdo programático calcado na obra básica e constitui um curso de Espiritismo que se desenvolve ao longo dos anos de sua duração.
Como a preocupação não é somente com a transmissão de conhecimentos mas, sobretudo, com a formação moral, e como a formação moral se inspira no Evangelho, parece-nos muito apropriada a denominação de "evangelização espírita" dada a essa tarefa, por expressar, na sua abrangência, exatamente o que se realiza em nossos agrupamentos de crianças e jovens.
O ensinamento espírita e a moral evangélica são os elementos com os quais trabalhamos em nossas aulas. Esses conhecimentos são levados aos alunos através de situações práticas da vida, pois a metodologia empregada pretende que o aluno reflita e tire conclusões próprias dos temas estudados, pois só assim se efetiva a aprendizagem real.
As aulas são realizadas num ambiente de descontração, como recomenda a Didática moderna, sem misticismo, com respeito e grande aproveitamento, pois o aluno participa, questiona, se informa, dirime dúvida, reflete e conclui.
As aulas prevêem ainda situações de aprendizagem em que o aluno é convocado a opinar quanto à prática dos ensinamentos evangélico-doutrinários que, segundo Kardec, determinarão uma grande melhora no progresso moral da Humanidade.
O Evangelizador é muito mais que um monitor, é o companheiro, o amigo, o conselheiro, aquele que dá vida e dinamismo à aula, aquele que impregna os conteúdos da lição com o calor da certeza que tem na tarefa que realiza. Não é um mero transmissor de informações. Os conhecimentos por ele veiculados guardam a pujança da sua fé e do seu ideal. Vale-se dos recursos técnico-pedagógicos indispensáveis, mas utiliza o amor como técnica por excelência.
Os evangelizadores espíritas, cada vez mais conscientizados da importância do seu trabalho, estudam a Doutrina Espírita, aprofundando conhecimentos doutrinários, e se aperfeiçoam ou se preparam em técnicas de ensino, para melhor atender as exigências do processo ensino-aprendizagem. Tecnologia, conhecimento espírita e evangélico, dedicação, consciência da necessidade de auto-aperfeiçoamento são os pré-requisitos que o evangelizador espirita sabe que deve adquirir para o bom desempenho de sua tarefa.
Não há mais dúvida de que a evangelização espírita da criança e do jovem tem por objetivo a formação moral das novas gerações, embasada nos ensinamentos do Espiritismo e do Evangelho. Também isto não constitui novidade para aqueles que têm acompanhado o esforço de quantos se dedicam a esse mister.
Fonte: FEB
(grifo nosso, Dan)

Sexta-Feira Santa

Desde aquela sexta-feira santa, já se passaram muitos janeiros (59). Mas, nessa ocasião de coroinha, com a vestimenta de batina vermelha com sobrepeliz branca, a frente da imagem de Jesus morto agitava a matraca, ao sinal do Padre Paulo da Igreja Católica Brasileira (missas não utilizavam o latim). Os fieis em silêncio, erguiam as velas, não eram muitos fieis...

Subindo e descendo, aclives e declives, numa lamuriante cantilena desafinada, observava o Padre Paulo de corpo arqueado, com semblante cansado. Não era para menos, enxada na mão havia trabalhado na terra, na pequena plantação de mandioca, milho, bananeiral, e da horta. Mãos calejadas, ásperas, coração bondoso repartia o que colhia. Cuidava sozinho, pois, os fies só apareciam para receber a colheita.
Sentados na sacrista vimos os últimos fiéis se afastarem, mas, antes olhavam a imagem de Jesus e se benziam.  

Intuído por serena voz disse: -Padre percebe que a noite do senhor se aproxima?
-Sim! Mas não tenho medo, por mais longa e fria que seja minha noite, o dia irá nascer. Semeei, boas sementes e as distribui e Deus me fará viver num lugar, onde só há dia...
Fiquei pensando... Rompendo o silêncio disse: Padre aceitei ser coroinha, matutando que fosse a forma de estar próximo de Jesus, e assim, as meninas me vissem como bom menino... decepção, passaram a fazer pouco de mim, na igreja e na escola.
Levantando o olhar calmo e sereno Padre Paulo respondeu:- Meu filho tenha fé. Jesus não faz gracejos, ELE abençoa a todos, sendo assim sinta-se abençoado em servi-lo.
Rezamos o Pai Nosso e Salve Rainha, nos benzemos ante Jesus morto. E nos despedimos.

No dia seguinte a noticia espalhou-se, Padre Paulo morreu dormindo!
Padre Paulo, onde o senhor esteja dai-me sua força, e sentir dentro mim a tua fé, e que tuas palavras fiquem gravadas na acústica da minha alma.
Intuído por serena voz ouvi: - Coroinha percebo que a  noite do senhor se aproxima...
-Sim! Mas não tenho medo, por mais longa e fria que seja minha noite, o dia irá nascer. Semeie, boas sementes e as distribui e Deus me fará viver num lugar, onde só há dia...quiça osculando suas mãos abençoadas.

Dan

  

Ave, 18 de Abril!

Antônio Moris Cury

Foi no dia 18 de abril de 1857, na cidade de Paris, capital da França, que veio a lume "O Livro dos Espíritos", a obra basilar do Espiritismo, ditada pelo mundo invisível e compilada, separada, classificada e codificada pelo ínclito professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que, propositadamente, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, nome que tivera em recuada existência pretérita, a fim de que a obra pudesse ser comprada, se fosse o caso, pelo seu conteúdo e não por quem a assinava, já que era ele muitíssimo conhecido e reconhecido, como professor e como autor de diversos livros, vários dos quais adotados pela Universidade de Paris, notadamente os que versavam sobre educação.
Teve considerável peso também, na adoção do pseudônimo, o fato de que o livro foi ditado pelos Espíritos Superiores, daí o título "O Livro dos Espíritos", não sendo obra dele, professor Rivail, portanto, não obstante tenha nela lançado inúmeros comentários e observações pessoais.
Nota-se, assim, desde logo, por esses detalhes, a conduta reta e ilibada do professor Rivail, o codificador do Espiritismo, que foi discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, famoso educador e fundador do Internato de Yverdon, na Suíça, e, posteriormente, seu substituto predileto, tendo sido considerado pelo célebre astrônomo francês Camille Flammarion "o bom senso encarnado", que, acrescente-se, sempre procurou agir com seriedade e sem rejeições apriorísticas, características do verdadeiro cientista.
Constituía traço característico de sua personalidade, por igual, a preservação da ética, sempre, em suas múltiplas e variadas expressões.
De 1855 a 1869, quando desencarnou em 31 de março, o eminente e ilustrado professor Rivail consagrou sua existência ao Espiritismo.
Em seu túmulo, no Cemitério Père Lachaise, em Paris, uma inscrição sintetiza a concepção evolucionista da Doutrina Espírita: nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei!
Por outro lado, decorridos 157 anos, não se pode deixar de reconhecer que os ensinos contidos em "O Livro dos Espíritos", em sua essência, permanecem absolutamente aplicáveis aos dias atuais, o que, por si, recomenda a leitura, a releitura e, sobretudo, a reflexão, em torno de tão preciosa obra, que contém os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade.
Verdadeira síntese do conhecimento humano, é um tesouro colocado em nossas mãos, que merece, por isso mesmo, repetimos adredemente, ser lido e refletido de capa a capa, palavra por palavra.
Com efeito, para dizer o mínimo, convém salientar que o Espiritismo nada impõe a seus profitentes, e muito menos a terceiros.
Ao contrário, procura orientar sempre, pela palavra escrita ou falada, que somos dotados de livre-arbítrio, da faculdade de decidir livremente sobre quaisquer assuntos, esclarecendo ao mesmo tempo que, exatamente por isso, somos responsáveis pelas decisões que tomemos, sejam quais forem e nos mais variados campos, e naturalmente responsáveis pelas suas conseqüências.
Por outra parte, enfatiza lições seculares, procurando demonstrar com exemplos e com fatos que "a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória" e que "a cada um será concedido de acordo com as suas obras".
Consola, ao salientar que ninguém será condenado irremediavelmente pelos erros, males e equívocos cometidos, porquanto até mesmo em outra reencarnação, que detalha e aprofunda, poderá repará-los, parcial ou totalmente, até quitá-los integralmente, contando com todas as oportunidades de que necessite para tal, uma vez que Deus, sendo o Pai Celestial de todos nós, a nenhum de seus filhos abandona ou desampara.
Consola, igualmente, ao demonstrar cabalmente que as Leis Naturais são perfeitas e por isso mesmo imutáveis, advindo daí a certeza de que a Justiça Divina, que nelas se baseia, é absolutamente imparcial, não havendo seres privilegiados na Criação ou privilégio de qualquer espécie a quem quer que seja, prevalecendo a convicção de que Deus não pune, não castiga e não premia a ninguém, sendo, assim, soberanamente bom e justo, Ele que é a inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas!
Por fim, nestas rapidíssimas observações, o Espiritismo ensina que o amor é a lei maior da vida, consubstanciada por Cristo na sentença que constitui o seu ensino máximo "amar ao próximo como a si mesmo",  vale dizer, aconselhando que façamos ao próximo aquilo que gostaríamos que ele nos fizesse, porque quem assim procede estará, por esse mesmo motivo, "amando a Deus sobre todas as coisas".
Aliás, esta sentença de Jesus de Nazaré, o Cristo, modelo e guia da Humanidade, nosso mestre e amigo de todas as horas, também ensina e deixa muito claro que para que amemos ao próximo é absolutamente indispensável que nos amemos, de modo que é necessário, no mínimo, que tenhamos elevada auto-estima.
Agindo com amor e praticando o Bem, ensina-nos a veneranda Doutrina Espírita, ingressaremos na estrada que nos conduzirá à perfeição relativa e à felicidade suprema, destino final dos seres humanos, sendo certo que, assim, sem dúvida, seremos muito mais felizes, desde agora, aqui mesmo na Terra!
"Com efeito, para dizer o mínimo, convém salientar que o Espiritismo nada impõe a seus profitentes, e muito menos a terceiros."
(Jornal Mundo Espírita de Abril de 1998)

Amar é:

AMAR É:




Caridade em ação.
Humildade abatendo o orgulho.  
Simplificar dentro de si mesmo.
Gratidão como moldura da alma.
Pés descalços, calçado nos pés do próximo.
Orar na alegria e na tristeza.
Perdoar incondicionalmente sempre.
Descer ao entendimento dos outros.
Chorar pelo filho, mas, chorar pelo filho dos outros.
Julgar seus gestos sem citar os do vizinho.
Anestesiar o ciúme enfermiço.
Não temer a vida, nem a morte.
No luto a convicção da imortalidade.
Antivírus do ódio = amor doente.
Jesus suprimindo carências.
Fora da caridade não há salvação.

                        Dan

Allan Kardec - Os 3 beijos de Judas





Allan Kardec, em sua famosa viagem de 1862, contada em livro, diz ter recebido 3 beijos de Judas  (Revista Espírita, março de 1863) referindo-se aos maus espíritas. Os título do artigo é “Falsos irmãos e amigos ineptos”. 







O codificador identifica as vertentes dessas personalidades:


 - Não são prudentes nem moderados.

- Estimulam a divulgação de temas excêntricos.
- Aceitam e divulgam mensagens apócrifas ou mentirosas.
- Outros, adocicados e hipócritas, com olhar oblíquo e palavras melosas sopram a discórdia enquanto pregam a união.
-Usam questões irritantes ou ferinas para provocarem dissidências.

- Excitam a inveja.

Grupo Lauro - Dan




 
  

Aula Construindo o Céu e Inferno


Grupo da Fraternidade Irmão Lauro
Depto. Infantil

Abordagem: Céu e Inferno (Livro dos Espíritos)

Faixa Etária: 04 a 06 anos

Lúdico: Descobrindo o Céu e Inferno

Palitos de churrasco e cartuchos de pipocas: Cada criança recortar o inferno e o céu e colar no saquinho de pipoca o Inferno de um lado e o céu do outro. Após enchê-lo de ar e fixar com fita no palito de churrasco.

           

                                
Concluído; espetar cada céu e inferno (feito pelas crianças) numa placa ou bola de isopor e fixar o isopor  na parede. A placa ou bola de isopor representa a Terra..

                                                 
                             
                                           . 



O Céu e Inferno existem?

Se existem, onde se localizam? Pelo lado material não existem, são simples alegorias, pois por toda parte há Espíritos ditosos e infelizes. Mas pela vivência de experiências, tanto o céu como o inferno podem se tornar uma realidade em nossas existências, ambos de acordo com nossas atitudes. Em nós e conosco trazemos o céu e o inferno, ou seja, cada um tira de si mesmo o principio de sua felicidade ou de sua desgraça.


Esclarecer:
O Espiritismo elucida que não existem lugares para sofrimentos eternos destinados aos Espíritos que erraram, e ensina que também não há regiões de pura contemplação para os bons. As criaturas voltadas ao bem colaboram continuamente com a obra de Deus, desempenhando, entre outras tarefas, aquelas de soerguimento dos Espíritos comprometidos com as Leis Divinas, pois os Espíritos que se entregaram à prática do mal sofrem as suas consequências, e o seu sofrimento dura apenas até o momento em que se disponham à necessária reparação.
O Espiritismo esclarece que não existem céu e inferno localizados, como regiões fixas, onde as almas ou gozam de felicidade estática, contemplativa, ou sofrem dores e castigos eternos. Céu e inferno devem ser considerados como estados da alma, ("Céu e Inferno são estados de consciência") resultantes, na verdade, do comportamento íntimo de cada um de nós.



Após a evangelizadora explicar, numa sala vazia haverá um espelho coberto por um pano, com os dizeres: Quem criou o céu e o inferno? Levar as crianças em fila indiana e adentrando a sala uma a uma devem levantar o pano e descobrir o criador (ou seja, nós mesmos).


                         
No Mundo: Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus e inferno lugar onde se tem de sofrer muito.

Para o Mundo: Nós escolhemos o nosso céu e inferno, o qual está na nossa consciência.

Ênfase: Coordenação motora
              Construtivismo
              Compreensão do textualizado
              Reflexão 
              Analise
              Concluir    



Dan - 24-03-2017



O Pássaro e a Roseira


O pássaro empoleirado no galho mais alto do arvoredo deixava gotejar de seu peito gotículas de sangue e enfraquecido e debilitado, lamentava-se olhando a roseira a baixo:
- Roseira...roseira, porque me feriste de morte? Sempre te brindei com o melhor do meu melodioso canto – Alegrando-te a solidão, cantei as mais sublimes notas para você durante todos esses anos...e agora, olhe para mim...Por quê? Por quê?
A roseira elevando o botão a florir em direção a copa do arvoredo, e empalidecida em sua cor, replica:
- Meu canoro amigo, por que me acusas? Se estou plantada ao chão, prisioneira de fortes raízes, que não me permitem andar...voar... Por que me acusas? Se na tua desatenção te feriram nos meus espinhos, que foram criados para me proteger? Por que me acusas?
O pássaro ouvindo a roseira caiu do arvoredo e morreu em meio as suas pétalas.
Dizem que as rosas vermelhas foram tingidas pelo sangue do pássaro, e até hoje são vermelhas...
Nessa pequena fábula, encerramos nossa participação, deixando à guisa de meditação a seguinte pergunta:
- Na vida quando estamos feridos pelas dificuldades; será que foram elas que nos feriram?, ou nós é que inadvertidamente nos ferimos nelas?...

Espírito Oscar Wilde
Recebido por Dan

Infatigável Vigilância

Estávamos em tarefa, na recuperação de um grupo de espíritos recentemente desvinculados de poderosas forças obsessoras, que por orientação do dirigente maior de nossa colônia, deveriam captar as energias revitalizantes encontradas na natureza terrena.
O luar moldava com graciosidade em contraste às sombras do arvoredo próximo a orla marítima. Os doentes percorriam lentamente as areias, e aspiravam ao oxigênio revigorador a longos haustos. Apurando a visão percebia-se que ainda estavam com pequenos nódulos escuros na altura frontal, sinal indicativo de estarem com pequenas imantações energéticas inoportunas negativas e laivas.
Quando passavam próximo a nós  recebiam um “banho”, podemos assim dizer de fluidos recuperadores emanados e projetados de nossa colônia. Pois, a mesma estava geograficamente acima daquele ponto.
Os fluidos jorravam em profusão, diante de tal dádiva, elevamos nossos olhares ao Alto, e, em uníssimo oramos a Deus pelas benções que recebíamos, foi quando... Pesada turbulência passou a interferir na emissão dos fluidos restauradores, maculando-os de deformidades.

Aglomeramo-nos bem no epicentro de nossa colônia e, oramos buscando o auxílio de Jesus, não por nós, mas para os queridos doentes sob nossa tutela, as lágrimas já nos afloravam, quando serena e maravilhosa claridade rompeu o véu entre os dois mundos, inundando todo o local, a alegria dominou-nos, colocamos os doentes no bojo dessa claridade e foram eles levados de volta a segurança de nossa colônia.

Solicitamos então a permissão do Benfeitor Maior, para nos esclarecer     causa de tão grande desestabilização energética; sua palavra amorosa soou em nossas mentes:
- Filho vá a aprendizado, todavia não esqueçam que estais nas zonas mais densas do mundo corporal, não deveis interferir por mais dolorosa e aflitiva seja a questão, lembrai-vos que Deus é o Pai de todos e sabe que amanhã ou depois seus filhos retornarão ao regaço divino.

Ainda sob o impacto da radiação do Benfeitor, caminhamos alguns passos, e adentramos no arvoredo, algum tempo depois chegamos à pequena clareira, e lá em círculo aglutinavam-se por volta de cem espíritos, os quais se compraziam nas mais torpes vibrações, quedamo-nos em respeitoso silêncio a observar. Ao sentirem nossa presença, aquietaram-se momentaneamente, voltaram em nossa direção, seus rostos disformes e macilentos, olhares encolerizados tentavam nos localizar e não conseguiam.

Após algum tempo um deles que parecia ser o líder, levantou-se, perscrutou com toda acuidade que possuía e voltou, a um gesto seu retomaram aos gritos e a cerimonia continuou.
Atentos visualizamos no centro da cerimonia a “fotografia” da sala em que os amigos encarnados engajados na tarefa de desobsessão, os espíritos a cada um deles dirigiam palavras incompreensíveis e gestos exóticos, culminado com retumbante salva de palmas.

Preocupados com os amigos da desobsessão oramos:
Jesus,
Os irmãos da Terra são nossos colaboradores e sob nossa égide e em aprendizado se digladiam ainda com as imperfeições inerentes a cada um deles.
Jesus ouça esta alma que clama por teu amor...

Intensa luz atingiu a turba ignara, que de olhos avermelhados e dementados, fugiam espavoridos em várias direções. 
A luz pousou...Era nosso Benfeitor Maior que viera em nosso socorro e disse-nos:

- Jesus vos ouviu! Diligenciai para que os amigos engajados na tarefa de esclarecimento tenham os corações constantemente pulsando entendimento e concórdia, afim de que as trevas não projetem suas sombras nas tarefas com Cristo. Desta vez a tarefa somente sentiria pequeno abalo de desentendimento.
Saiba que esses irmãos fugitivos, ainda sob o abrigo do erro, inconformados com a perda de adeptos tentam desestabilizar os componentes da reunião, cuja ação direta de amor são de tua responsabilidade. Fortalecei-vos em Jesus. E serenamente  elevou-se ao infinito.  

Fiquei pensando o quanto a tarefa do bem exige de trabalho de desprendimento e amor, somente dessa forma estaremos abrigados na tutela de Jesus.
Caminhamos rumo a nossa tarefa para mais um encontro com companheiros da reunião, resolvido a alerta-los da necessidade constante de infatigável vigilância
Rogando a todos que não pensem ser estas palavras prosápia de um espírito e abraçamos a todos envolvidos no serviço, e aos que ainda se encontram nas sombras do desconhecimento.

Espírito Fabiano - Dan

As Doze Badaladas

A badalada do sino na sua primeira hora dilacera-me a alma,
A badalada segunda invadiu-me o sentir... pavor do desconhecido,
A badalada terceira o coração prostrado, palpitando e fremindo todo meu ser,
A badalada quarta aprisiona-me a alma, levando-me a uma torrente de lágrimas incandescente,
A balada quinta me desperta, é o torpor. Estatelado olho em derredor... o escuro é inenarrável,
A balada sexta coloca-me na exata posição... herético,
A badalada sétima fulgura-me os olhos da alma o franjar das nuvens num lusco-fusco incompreensível,
A badalada oitava deixa-me extasiado diante das majestosas pinturas...
A badalada nona me posta de joelhos, e os joelhos doem, pulmão dói, minha consciência dói, minha solidão dói...  
A badalada décima leva-me de joelhos a rezar, rezei, ah! Meu Deus, como rezei, fez a minha irreverência tornar-se à pequenez,
A badalada décima primeira permite-me ver, e sentir a presença do amor infinito de Deus,
A badalada décima segunda levanta-me o “corpo” pesado, me vi, diante de imensa luz, seria Jesus? Compreendi! Compreendi! Estava morto!
Encontrei Deus na décima segunda badalada, Meus amigos, não esperem no cárcere da vida as doze badaladas para irem ao encontro de Deus. Um abraço do amigo, que ainda não se libertou do cárcere da reminiscência.

Espírito Oscar Fingel Wilde - Dan      

Prece para afastar um perigo iminente



Jesus,
Proteja-me ante os maus
ante os violentos,
ante os desastres e acidentes.
Amigo Divino,
ampara-me na enfermidade que me visita,
ampara-me da vingança, do ódio e da cólera.
Jesus,
ampara-me do maior perigo iminente...
proteja-me de mim mesmo!
Assim seja
             
Espírito Filomena, Dan em 12.2.98