A badalada segunda invadiu-me o sentir...
pavor do desconhecido,
A badalada terceira o coração prostrado,
palpitando e fremindo todo meu ser,
A badalada quarta aprisiona-me a
alma, levando-me a uma torrente de lágrimas incandescente,
A balada quinta me desperta, é o torpor.
Estatelado olho em derredor... o escuro é inenarrável,
A balada sexta coloca-me na exata
posição... herético,
A badalada sétima fulgura-me os
olhos da alma o franjar das nuvens num lusco-fusco incompreensível,
A badalada oitava deixa-me
extasiado diante das majestosas pinturas...
A badalada nona me posta de
joelhos, e os joelhos doem, pulmão dói, minha consciência dói, minha solidão
dói...
A badalada décima leva-me de
joelhos a rezar, rezei, ah! Meu Deus, como rezei, fez a minha irreverência tornar-se
à pequenez,
A badalada décima primeira
permite-me ver, e sentir a presença do amor infinito de Deus,
A badalada décima segunda levanta-me
o “corpo” pesado, me vi, diante de imensa luz, seria Jesus? Compreendi!
Compreendi! Estava morto!
Encontrei Deus na décima segunda
badalada, Meus amigos, não esperem no cárcere da vida as doze badaladas para
irem ao encontro de Deus. Um abraço do amigo, que ainda não
se libertou do cárcere da reminiscência.
Espírito Oscar Fingel Wilde - Dan
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