Trabalho e Sacrifício

Fritz Schein
Os Grupos da Fraternidade foram chamados a realizar no mundo moderno o trabalho espiritual com amor e sacrifício.
Não nos importam agora as lutas e divergências doutrinárias, mas interessa-nos principalmente a quota de sacrifício, esforço e dedicação que cada um possa dar.
Não pedimos o mínimo aos componentes dos Grupos, mas exigimos o máximo daqueles que espontaneamente se propuseram cooperar.
É preciso que cada um saiba que aqueles que se ligam aos Grupos da Fraternidade estão dispostos a dar tudo, porque a Espiritualidade que controla os Grupos tudo exige.
Não consideramos, nesse trabalho, a cooperação como expressão da simples boa vontade, mas sim como dever.
Quem não estiver disposto a dar de si mesmo, não esta em condições de fazer parte dos Grupos da Fraternidade.
É natural que venham a estranhar a aspereza das minhas palavras. No entanto, sinto-me na obrigação de esclarecer nossos companheiros, a fim de que melhor compreendam suas responsabilidades.
Nossos Grupos são Grupos especializados de trabalho intensivo em esfera de atividade espiritual e material.
Os enfermos não podem contar apenas com o nosso desejo remoto de servir, mas devem esperar de nós a conduta incorruptível do Cristão que sabe servir.
A fase da caridade como auxílio, simplesmente já passou para os elementos que compõem nossas coletividades. Agora deve dominar-nos o sentimento de que somos obrigados pela compreensão da Lei a dar o máximo de nós mesmos, em favor de nossas atividades de cooperação.
Nosso programa deve ser o programa diário de trabalho sem descanso, sem desânimo e sem aborrecimentos.
Esperam-nos, todos os dias, os desamparados do mundo, mas filhos da Misericórdia Divina. 
Auxiliá-los não será favor, mas oportunidade de ascensão às esferas mais altas do pensamento e da espiritualização.
Quem não quiser servir, não tem o direito de penetrar no santuário de nossas atividades.
Não representamos, em absoluto, agrupamentos que objetivam comprovar a imortalidade, embora isso suceda comumente.
Representamos colméias de trabalho cristão com o Senhor à frente.
As restrições impostas a cada um são determinações da necessidade e da natureza do próprio serviço.
O homem que desce ao fundo do mar dentro de um escafandro, compreende que o aparelho de proteção que usa é uma imposição necessária de seu sistema de mergulhador.  
Não discutirá o aspecto desagradável do escafandro nem as dificuldades de movimentação dentro dele, porque sabe que a sua estrutura representa o esforço de técnicos especializados.
Aceita o escafandro como aparelho protetor de sua própria vida física, nas regiões perigosas que deve penetrar.
Assim também os componentes dos trabalhos de efeitos físicos devem aceitar as restrições referentes à carne, ao fumo, ao álcool, aos sentimentos, aos impulsos, aos pensamentos, como possibilidade de estruturação de um escafandro espiritual capaz de garantir-lhes a incursão nas esferas difíceis do intercâmbio, através da materialização ou da voz direta ectoplásmica.
Nada pedimos que não seja justo e razoável perante as leis divinas.
Comprometemo-nos, em dias que já se vão, a realizar nosso trabalho espiritual e isso faremos, com a ajuda de Deus.
Muito se pedirá a quem muito foi dado e nós recebemos muito.
Mais ainda se pedirá a todos aqueles que chamados a cooperar com o Mestre em favor de todos. Jesus, representação na Terra da Vontade de Deus, e Senhor da Seara e com ELE iremos até o fim.
Não tememos a tempestade do mundo, porque, segundo o Mestre, a imagem deste mundo passa e esta noite mesmo poderão vir buscar nossa alma para a expiação e para responder por nossas próprias responsabilidades.
Temamos, isto sim, nossa indiferença pelas coisas do Espírito e roguemos a Deus para que tenhamos bom ânimo e fortaleza.
 
Fritz Schein
(Mensagem recebida por R. A. Ranieri em 1.956)
Grupo Lauro
    

Um comentário:

  1. Precisamos refletir diariamente. Tirarmos nem que sejam alguns minutos. Como diz o texto: nós recebemos muito...

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