Deus ou Mamon?

Para sermos espíritas, precisamos conhecer os verdadeiros objetivos da Doutrina.
Entre eles, o mais importante é a “transformação moral do ser humano”. Quase tudo será em vão, se esse objetivo não for alcançado. O Espiritismo poderá substituir as religiões, mas se não converter a sociedade às Leis de Deus terá fracassado, como fracassaram as crenças substituídas.
O modelo das práticas doutrinárias precisa ser imediatamente repensado, antes que se dê o congelamento de hábitos perniciosos que já reduzem perigosamente a beleza e a pureza dos princípios trazidos pelos benfeitores.
Fracos espiritualmente em suas convicções, muitos reproduzem ações típicas de uma sociedade viciada e competitiva que esta levando o planeta ao caos.
Na crepitante fogueira das vaidades, alguns oradores se substituem na tribuna com reluzentes ternos e gravatas importadas para a de apresentarem shows ensaiados, cujo único fim é a promoção de si próprios. Outros, em triste espetáculo de falta de humildade, não aprofundam questões, não estudam, falam improvisadamente usando a aparência dos simples. Também, não têm compromisso com os sagrados ideais do Espiritismo.
O que dizer das noites de autógrafos de obras de qualidade inferior e autores desconhecidos, a que muitos, cegos de espírito, acorrem, prestigiando o exibicionismo incontrolável de seus promotores?
Diretores ensombreados pelo orgulho, tornam-se proprietários das casas espíritas que dirigem. Não consultam ninguém, desconhecem comezinhos conceitos de convivência cristã e infestam de parentes e amigos os principais cargos e conselhos para não perderem as eleições. Usam mal os recursos da instituição e fazem de tudo  para que pessoas equilibradas busquem outras casas, para dominarem sem resistência.
Inequivocamente, há expressivo numero de espíritas lúcidos e cristianizados que precisam, sem medo, falar, escrever e documentar esses fatos para amplo trabalho de desmascaramento como afirma São Luís em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap.X, item 21.

“Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vitimas”.          


Fonte: Editorial da Revista O espírita ( janeiro/abril 2015) 

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