Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e
Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no
coração do homem a compaixão e a caridade!
Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito
a consolação, ao doente o repouso.
Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao
espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!
Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre
tudo o que criastes. Piedade, Senhor,
para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a
Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a
paz, a esperança, a fé.
Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode
abrasar a Terra; deixai-nos beber nas
fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão,
todas as dores se acalmarão.
E um só coração, um só pensamento subirá até
Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos
esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh
Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.
Deus, dai-nos a força para ajudar o
progresso, afim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a
razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se
refletirá a Vossa Divina e Santa Imagem.
Assim Seja.
"A prece, denominada De Cáritas, tem sido
querida e contritamente orada por várias gerações de espíritas.
CÁRITAS era um espírito que se comunicava
através de uma das grandes médiuns de
sua época – Mme. W. Krell – em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das
maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir
poesia (que se constitui no ácido da psicografia), da lavra de Lamartine, André
Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na
prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire,
Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.
A prece de Cáritas foi psicografada na noite
de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas, de quem
são, ainda, as comunicações: "Como servir a religião espiritual"e
"A esmola espiritual".
Todas as mensagens que Mme. W. Krell
psicografada em transe, e, que chegaram até nós, encontram-se no livro
Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em maio de 1875 em Bordeaux,
inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de
Cáritas.
A prece de Cáritas é a mais linda e comovente
em toda a literatura espírita, mas sua origem não é muito conhecida: se
perguntarem à maioria dos espíritas como ela surgiu, e o porquê da denominação
de "Cáritas", poucas pessoas arriscarão dar um parecer.
"Chamo-me Caridade, sou o caminho
principal que conduz a Deus; segui-me, eu sou a meta a que vós todos deveis
visar"
O que se apregoa nos meios religiosos, e
principalmente no movimento espírita, é que "Cáritas" é um espírito
que se comunicava através das faculdades de uma das grandes médiuns de seu
tempo: Madame W. Krell, no círculo espírita de Bordeux, na França de Allan
Kardec. A prece foi psicografada na véspera do Natal de dezembro de 1873, há
mais de cem anos.
Acredita-se que esse espírito foi no passado
a figura de Irene, que foi martirizada em Roma no ano 305, quando das
perseguições do Imperador Diocleciano. Canonizada por sua religião – a
posteriori veio a ser conhecida como Santa Irene – ela e suas irmãs foram
convertidas ao Cristianismo. Diocleciano determinou perseguição aos cristãos, e
ela foi acusada de possuir "livros proibidos" e, por isso mesmo, foi
condenada à fogueira, enquanto suas irmãs foram degoladas à sua frente.
Madame Krell, esquecida no presente, pode ser
considerada um dos maiores médiuns psicográficos da história do Espiritismo. A
perfeição extraordinária de mensagens psicografadas dos maiores nomes da poesia
francesa não poderia jamais colocar o nome da médium em cheque. Na prosa Madame
Kreel recebia constantes comunicações do Espírito de/da Verdade, Dumas,
Lacordaire, Lamennais, Pascal, do famoso grego Ésopo, Fénelon e outros, que
foram publicados no livro "Rayonnementes de la Vie Spirituelle", em
maio de 1875. Ressalte-se que madame Kreel psicografava em transe, tendo
colocado no papel o trabalho de Lamartine, André Chénier, Alfred de Musset,
Edgard Allan Poe, Saint-Beuve, além de mensagens como "A esmola
espiritual" e "Como servir a religião espiritual":
"A esmola, meus amigos, algumas vezes é
útil, porque alivia os pobres. Mas é quase sempre humilhante tanto para quem
dá, quanto para quem a recebe. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor e o
beneficiário e, além disso, se disfarça de tantas maneiras! A caridade pode ser
praticada mesmo entre colegas e amigos, sendo indulgentes uns para com os
outros, perdoando-se mutuamente suas fraquezas, cuidando de não ferir o
amor-próprio de ninguém."
Grupo Lauro
Informação maravilhosa
ResponderExcluirNossa, isso é mediunidade, atualmente há muito dos médiuns e pouco dos espíritos!
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