Em O
Livro dos Médiuns, cap. 20 – item 228 contém a seguinte passagem: “Todas as
imperfeições morais são outras tantas portas ao acesso dos maus Espíritos. A
que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é o que a
criatura menos confessa a si mesma.” Com isso a obsessão é um teste de
aprimoramento e reeducação.
Existem
várias portas abertas diariamente para a instalação de um processo obsessivo.
Quais seriam elas?
- O
pensamento fixo;
- As
decepções prolongadas que se tornam mágoas;
- O
rancor que guardamos por alguém;
- As
tendências que lutamos para superar;
- O
interesse pessoal à custa de prejuízo de alguém;
- A
dificuldade em aceitar o outro como realmente é;
- A
presunção de supor-se o melhor em tudo,
- A
irredutibilidade nas opiniões pessoais;
- A fofoca
por maledicência;
- O
costume de enxergar defeitos nos outros;
- Decidir
não perdoar;
- Sonhos
de vida fácil;
- A
preguiça e a ociosidade;
- O
atraso nos compromissos;
- O
excesso de alimentação;
- O apego
à televisão;
- O relax
pelo alcoolismo;
- O excesso
de trabalho.
Será
muita pretensão de nossa parte pensar que a freqüência na casa espírita ou
qualquer templo religioso
será suficiente para nos livrar da possibilidade das interferências obsessivas.
Mais uma
vez é o que se manifesta nos trazendo prejuízo nessa questão.
E o filho
predileto do orgulho, que se chama personalismo, cria uma imagem exagerada de
nossas qualidades e conquistas, ou seja, imaginamos ser o que ainda não somos,
e quando somos convidados a uma viagem interior, que nos obrigue a admitir a
presença de determinada imperfeição, fugimos de todas as formas, porque não
queremos admitir que ainda somos assim.
Observe
que na grande maioria de nossos atos está por trás o orgulho, ou seja, a
vontade de estar em
evidência. E essa atitude invigilante e perigosa por si só, já é uma porta
aberta para o acesso dos maus espíritos.
E como
poderemos enfrentar esse momento de difícil caminhada.
Como
proceder?
Vários
são os caminhos que podemos tomar para o nosso crescimento espiritual:
- Buscar
a reforma interior observando nossas ações;
- Admitir
que temos que estudar, porque por meio dele começaremos a superar a inveja, a
vaidade, a pretensão em nossas vidas, e tantos outros sentimentos ruins que
estão embutidos em nosso íntimo, especialmente na convivência entre
companheiros de jornada, e na mais difícil, com nossos familiares.
Nós
espíritas estamos precisando de muita coragem; coragem para ser humildes,
confessar nossa condição, ouvir nossa consciência, conhecer nossas obsessões e
trabalhar produtivamente para arrancá-las pela raiz.
Não
existe reforma íntima sem dores. Conforme vamos nos descobrindo, vamos nos decepcionando
e nos desiludindo conosco e com o próximo.
“Que você
possa prosseguir confiante na conquista de si próprio e guarda inabalável
certeza de que foste criado por Deus para ser feliz na condição de “Ostra da
Terra” e pérola de Sua Criação.”
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