O Amor dos Amores




Espíritas ou não ao abordarem o tema amor, cada um expõe seu entendimento, na tentativa de arrazoá-lo com a assertiva do Espiritismo ou tese própria.
As explanações providas no “segredo” vivencial de cada um deles situam o amor no lugar comum do humano. O abrigo temerário da “erudição” como fachos se alimentado das verdades eternas.


Ante o Amor humano:

Os velhos que fizeram bodas de ouro, afirmam que o amor é - paciência - tolerância e completam, que amor são também companhia, amizade e saudade. Será que o amor envelhece?

Os jovens que sonham no namoro ou recém-casados, dizem que o amor é principalmente toque, é pegada. Todos os sonhos das meninas e meninos estão errados? São coisas que se lêem, aquelas banalidades em textos sem pé, sem profundidade. Devaneios e idealismos e renúncias e purezas, que alguém publicou... Quando o homem casa, é que se vê que o amor não passa de idealismo do eu. Será que o amor desvanece pelo tédio da rotina?

O Pai de família, com olhares no horizonte - Amor é coisa da juventude. Depois de certa idade, amor é mais costume e costume sai de moda. Será que o amor é costume?

A mãe da família - Amor? Bem, têm amor de noiva, que é quase só castelos de nuvens. Tem o de jovem casada, que é também flocos de nuvens. Será que o é um floco de nuvens?

O solteirão, que se imagina irresistível e incansável - Amor é perigo. Só é bom com mulher sem compromissos. O melhor é amor forte e curto, que embriaga enquanto dura e não tem tempo para se complicar. Será que o amor embriaga?

O Religioso protestante afirma que o amor é sublimar a atração entre os dois seres, é atingir a mais alta e pura das emoções. Será o amor atração sublimada?

O religioso católico não elimina o sexo do amor - pelo contrário, o sexo, no amor, é tão importante como os seus demais componentes - o altruísmo, a fidelidade, a capacidade de sacrifício, a ausência do egoísmo. Será que amor é para os santos?

A matrona sossegada - Amor? Amor é uma coisa que dói dentro do peito. Dói devagarzinho, quentinho, confortável. É a mão que vem da cama vizinha, de noite, e segura na sua, adormecida. Será o amor uma mão que segura a sua?

Amor é ter medo - medo de quase tudo - da morte, da doença, do desencontro, da solidão. Amor pode ser uma rosa e pode ser um cumprimento, um beijo, uma xícara de chá. Mas o Amor dos amores, mais importante e verdadeiro, é o Amor que sobreviveu à Cruz...

Por Dan – 10/08/2017 às 02h30min 


PS

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