Tributo ao adeus de Mariana

Nove de dezembro de 2016, eu Dan, adentrei ao Hospital, estava em digressão: Há dois mil anos o Amor se tornou tangível e permaneceu entre os homens breve tempo. Foi sacrificado por amar. Porém o hálito de seu amor permanece no mundo.
Prestam-se hosanas e tributos das mais variadas excentricidades. Mas, do espaço infinito o Amor inocula as almas humanas. Algumas indelevelmente sentem no âmago lampejos desse amor; outras indiferentes arrastam a bola corrente dos prisioneiros do egoísmo.
O Amor emite seus raios a todo espírito receptível e o insensato cobre-se da purpurina da vaidade...
E em silencio ao lado de Mariana em seu leito,e ela em catarse de emoção, murmura com dificuldade:
-Não consigo aceitar o que me aconteceu, não sei por que Deus fez isso comigo, logo eu que era tão feliz, que tinha tantos planos, jovem bonita, por que meu Deus, por quê?
Sinto-me enfraquecida, doente, desesperada. Tenho saudades da minha casa, da minha mãe, da família.
Tenho saudades do meu noivo! Já havíamos combinado os preparativos do casamento, até que senti aquela dor terrível que muito vinha me incomodando, mas eu atribuía do dia a dia. Até que a dor chegou implacável, arrastando-me ao hospital, o diagnóstico terrível, o câncer pulmonar avançado, não havendo nada a ser feito. Como sofri, minha família sofreu, meu noivo, ah meu amor que dor ter que te deixar como éramos felizes juntos... Não mais deixei o hospital, esta cama parece meu tumulo.
Sofri e sofro muito, não quero partir, tenho vontade de viver, vontade de continuar... mas percebo que estou no fim, nem minha força de vontade e a minha determinação em não deixar a morte me levar são capazes de  me manter viva. Deus! Quero meu corpo de volta... -voz embargada-, preciso de ajuda, alguém me ajude! Pelo amor de Deus. E num espasmo mais forte tombou a cabeça e parou de respirar... Nesse instante entre lágrimas percebi o Amor tangível segura-la no colo, suas dores desapareceram e ela sorrindo, fala timidamente:- Senhor, por que demoras-te tanto.
Deixei o hospital vagarosamente solicitando também o Amor tangível.


Dan

    

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