Instigante Interrogação


Reflexão proferida na reunião de quarta-feira (08/03)  sobre o tema “A quem muito foi dado, muito será pedido”. [1] Por estas palavras: “Se   fosseis cegos, não teríeis culpa”, Jesus confirma que a culpabilidade está na razão do conhecimento que se possui. [2] 


O conhecimento e aprendizado intelectual e moral fixado na memória psíquica do espírito numa experiência humana, permanecem em sua cognição desde tempos imemoriais, e como cegos os convertemos em conformidade ao egoísmo prazeroso.

470 AC, os sábios [3] debruçavam-se na definição sobre o amor. Definir o amor em uma única palavra ao entendimento humano. Divagaram sobre as formas de amor e suas características, em seus devaneios, concluíram: Eros, o qual remetia a ideia de fertilidade; era dominada pela impulsividade; Philia assentava-se na amizade, à lealdade entre seres unidos por vínculos fraternos; Ludus seria o prazer, e a alegria com boas companhias, e a satisfação de se estar ao lado de que gostamos; Ágape era Caritas, a caridade, àquele que faz do próximo seu irmão; Pragma avalia o lado prático das coisas, transmutado em respeito, e admiração em longos relacionamentos e convivências; Phiautia, a alegria da convivência, ou seja, quanto mais se ama, mais o amor tem a ofertar.

O mais sábio dos sábios recomendou: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

Não exageremos como o convertido Paulo: o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Aportamos no século XXI, "esquecemos" o que nos ensinaram praticar, e criamos nossos próprios preceitos aliados ao que o mundo impõe a nossa vaidade: O amor celular, perfumado pelo whatsapp da “bondade” virtual, afastada do real: o amor facebook entre “amigos” desconhecidos reunidos numa insegura nuvem de dados; o amor academia, sarados e moldados no corpo; o amor moda, hipnotizados pela relativa e duvidosa beleza exterior; o amor sensualidade, troféu de autoafirmação momentâneo.

Meditemos, analisemos nossas ações, sentimentos, a fim determinar em nós que espécie de amor convertido se acomodou em nosso psiquismo espiritual.
O amor a que nos confiamos será a nossa companhia, e a luz que nos acompanhará até além da morte.

Que em cada um de nós suscite instigante interrogação: Qual amor vive em meu espírito?


Autor Dan
“O sofrimento é o resultado de como traçamos nossa vereda espiritual” - Dan


[1] O Evangelho Segundo Espiritismo – Allan Kardec
[2] O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capitulo XVIII – Itens 10 e 12.
[3] Um café para Sócrates – Salte Marc.


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