Anjos e Demônios

Causa estranheza que a maioria dos estudiosos, dirigentes, palestrantes, escritores e os desencarnados fogem de certos temas, talvez por desconhecimento, ou preconceito, ou por sua origem religiosa. O fato é que não é comum o estudioso, dirigente, palestrantes, enveredar na atmosfera do espírito doutrinariamente nos temas: das drogas e drogados, do sexo e da sexualidade e quando o fazem, o fazem de maneira superficial, optam em temas como: Perdão, caridade, bondade, amor, etc., temas, em geral adornados pelo próprio entendimento pessoal.
Agem como se esses temas drogas, sexo e sexualidade do dia-a-dia tanto de encarnados como desencarnados, o sejam das trevas... podem até ser, mas, não em sua maioria.
Os desencarnados na erraticidade ainda se ressentem dessas sensações. (Sensações, Percepções e sofrimento dos Espíritos - cap. VI de O Livro dos Espíritos)
O Espiritismo não crê (o explica) em anjos e demônios, o espiritismo crê em Espíritos (homens) encarnados e desencarnados, com virtudes, deficiências, sensações, dores, gozos e prazeres, são espíritos em busca do equilíbrio.
Os succubus e íncubos são uma lenda medieval, que simbolizam os “demônios” fêmea e macho. É uma lenda originada na idade média, a qual “explicava” especialmente aos incautos os malefícios do sexo, essa lenda foi grandemente divulgada pelos que se perfilaram ao celibato.
O fato é que succubus e incubus como  demônios não existem. Na verdade são espíritos vinculados a energias sexuais descontroladas. Há alguns que erroneamente os denominam de obsessores, se assim o fosse sete bilhões de encarnados seriam obsessores, mas, como? Se sendo uma lei natural, a energia inata que se manifesta no Espírito, essa poderosa energia “vital” a libido se propaga no perispírito e culmina no corpo de uma forma fisiopsiquica.
Sexo é bom e nobre. E apesar de possuir como principal função a geração de outras vidas, não se pode circunscrevê-lo a mera procriação da espécie, nesta tese ultrapassada do “crescei-vos e multiplicai-vos,  ao quais muitos adeptos igrejeiros do Espiritismo ainda se ambientam.
O sexo nas espécies é mecanismo antiqüíssimo cuja energia é a motriz criadora de todo o universo.
A bactéria para transferir seu código de vida, desenvolve uma estrutura chamada plasmideo que funciona como um órgão sexual perpetuador da resistência. O bebê ao sugar o mamilo materno, inicia sua sensibilidade sexual através da oralidade e a própria mãe também possui prazer glandular. As chamadas estrelas, com suas explosões cósmicas, inoculam vida em outros corpos e num mecanismo semelhante à ejaculação humana fecundam espaços ínfimos que mais tarde, como num útero materno, gerarão novas vidas e formas...
A energia sexual, se assim pudermos nos expressar, está em tudo, represá-la simplesmente e o efeito da ignorância, devemos compreendê-la e dela fazermos o uso natural. Não a vulgarizemos e a julguemos a priori como obsessão. Educá-la de maneira harmoniosa nos trará prazer da alegria.
Sexo não é sensualidade. Sexo são vida e sensualidade quando equilibradas é a beleza dos valores bioquímicos e felicidade. Sexo é uma necessidade corporal, sensualidade é a energia fluido que impregna o espírito
O prazer sexual é uma energia divina, e não é essa energia que nos dá maior ou menor dignidade.  
Abismem! alguns já chegaram a idealizar um “recanto” homossexual nas Colônias Espirituais, é preciso considerar que nem todos os que sentem na erraticidade, as sensações do sexo, ou homossexuais, são espíritos decaídos, obsessores, e infelizes, ainda é o ranço do preconceito dos encarnados, tentando idealizar o mundo dos Espíritos, comparando-o erroneamente com o mundo dos homens encarnados. As forças energéticas sexuais são uma realidade, mas não será a sensação da atração energética ou opção sexual, que fará Jesus dar-nos o titulo de escolhido para o Reino de Deus, o escolhido será o que gravita na lei do amor; Reflitamos: O quanto ainda idealizamos o Mundo Espiritual com o nosso. O mundo espiritual é ainda, o que nos move para a Lei de amor, com que Deus governa o Universo. E convenhamos, nada sabemos do amor maior. Vamos reger o nosso universo interior sem crendices, preconceitos e teorias inverossímeis.   

Dan
0207/2017


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