Porque a morte propicia tanto sofrimento e
catadupas de pranto, acarretando desespero no mundo, é válido lembremos que:
A semente morre para que surja a plântula
tenra;
Transforma-se a ostra, de modo a produzir a
pérola preciosa;
Estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que
provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor;
Morre o dia nas tintas do poente, de modo que
o véu cintilante da noite envolva a Terra;
Morre a noite, entre as lágrimas do orvalho,
para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;
O rio morre na exuberância do mar;
Fana-se o homem para que se liberte o
Espírito, antes cativo.
À frente disso, vemos que a morte é sempre a
chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é
transformação, tudo é recriação...
A lágrima de agora se tornará sorriso.
A dor atual prepara a ventura porvindoura.
A saudade que punge hoje fomenta o sublime
reencontro de logo mais.
Morte é vida, agora o sabemos...
Habitue-se, caro coração, a refletir a
respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que,
por mais se aturda desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual
não se conhece exceção.
Prepare-se, amando e trabalhando no bem
grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da
prisão – escola corporal.
A morte tão somente revela a vida mais
amplamente. Pense nisso.
Rosângela.
Mensagem psicografada pelo médium J. Raul
Teixeira.
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