No capítulo XXVI, segunda
parte de “O Livro dos Médiuns”, Kardec aborda o assunto, perguntando quais as
perguntas que se poderiam dirigir aos Espíritos. Infelizmente, muitas pessoas avessas ao
estudo e à leitura, ainda vêm no Espiritismo uma espécie de “buena-dicha”, ou
simplesmente um meio de adivinhação. É o
Espiritismo luz para nortear o caminho da Humanidade.
É claro que os Espíritos
podem responder às perguntas que lhes são formuladas, sempre que têm por
objetivo o bem e os meios que podem resultar em avanço para as pessoas. Entretanto, o mais comum é vermos pessoas querendo
saber alguma coisa sobre o seu futuro, sobre a saúde, sobre questões
financeiras e emotivas. Esquecem-se, ou
não sabem, que nossas provas foram escolhidas por nós mesmos, visando o próprio
progresso. Assim, os acontecimentos que
estão dentro do plano pré-estabelecido não podem ser modificados, sob a pena de
maiores dificuldades no futuro.
Aqueles que vêm nas
comunicações espíritas apenas uma distração ou um passatempo agradam muito aos
espíritos inferiores que, como eles, querem apenas se divertir, pouco se
importando em enganar sua credulidade.
“Uma das coisas que
compreendi de imediato, e que me evitou muitos aborrecimentos – diz Kardec –
foi saber que os Espíritos não sabem tudo, e que o seu saber está relacionado
com o grau de sua evolução”. O desconhecimento
desta verdade faz com que muitas pessoas abandonem os Centros, frustradas,
atribuindo à própria doutrina os erros que, na verdade, foram causadas por elas
mesmas, quando aceitaram sem maior análise as informações recebidas dos
espíritos.
É preciso não esquecer que,
entre os Espíritos, como entre os homens, há falsos sábios e semissábios,
orgulhosos, presunçosos e sistemáticos.
Como não é dado, senão aos Espíritos perfeitos, tudo conhecer, há para
os outros, como para nós, mistérios que explicam à sua maneira, segundo suas ideias,
e sobre as quais podem dar opiniões mais ou menos justas que, por amor-próprio,
fazem prevalecer, e que gostam de reproduzir em suas comunicações (Ver “O Livro
dos Médiuns”, Cap.XXVII).
Ao homem não é dado conhecer
o futuro, para não negligenciar o presente.
Desconfie sempre das previsões que não tenham por objetivo o bem geral.
Grupo Lauro
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